Monday, December 01, 2008

Alguém se lembra daquela última faixa do primeiro álbum da Xuxa, cuja capa exibia a rainha do baixinhos com uma blusa ligeiramente transparente? Miragem Viagem, aquela que é interpretada pela ex-Trem da Alegria Patrícia, uma das vozes mais afinadas que já ouvi. Pois bem, se olharmos direitinho no rótulo do vinilzão, tem lá, entre parênteses, Black Orchid. Alguém por acaso conhece essa música? Tenho uma curiosidade enorme de conhecê-la. Pois creiam que, mais de vinte anos depois de ganhar esse disco, continuo adorando a música. Não sei se pela voz de Patrícia, ainda criança (uma coisa doce mesmo de se ouvir), ou se pela relação que a música tem com um sonho da minha infância, que data da época em que ganhei o disco (idos de 1986). Como era o sonho? Não me pergunte, pois, curiosamente, eu não lembro. Sei que ele era bem viajado e que mexeu um bocado com minha cabeça na época. Dele, só me restou uma recordação: Miragem Viagem.

Será que uma regressão me ajudaria?

Wednesday, November 26, 2008

Eu me abestalho com cada coisa...

Depois de uma terça-feira irritante, a vontade de rir um pouquinho. Ontem recebi a notícia de que vou ter de esperar mais uma semana pelas férias, quer dizer: eu mesma me dei a notícia ao entregar a prova praticamente em branco e confirmar minha presença na final.

Passei o dia chateada com isso, vez por outra pensando no assunto, na iminência de uma reprovação. Até que abro um e-mail velho, que visito a cada trezentos anos, pertencente à lista de discussão da turma de publicidade. E aí, um achado. Fotos do último churrasco da turma, quando terminamos o oitavo período e viramos pré-publicitários. Um mói de gente que nunca mais tinha visto, as amigas que fiz naqueles quatro anos, os demais colegas, meus cabelos vermelhos, farra, tiração de onda, uma catarse... E, olhando para aquela cena, senti um alívio tão grande, lembrei que tudo isso vai passar antes do que a gente imagina...

Depois do fumo de Administração Financeira, rever minha turma de publicidade e ver que tudo isso vai passar foi reconfortante. Mas aqueles cabelos vermelhos...

Wednesday, November 19, 2008

Body Piercing

"'Você fura todas bem assim?' Diga aí se não é uma boa cantada? Sério, pô, num é boa não pra um cara que faz piercing?"

Juro que já ouvi isso. E era sério.

Sunday, November 16, 2008

Um domingo ensolarado e um pouco mais iluminado para mim. Fui encontrar Josefina; tentando resolver coisas. Depois de um sábado tão psicossomático, tão atribulado. O domingo doeu menos. Deu até algum prazer. Acho que foi o primeiro dia numa seqüência (ainda com trema) de coisas novas. Aprendendo a ser mais gente, eu acho. Criando novas prioridades. Novos sentidos talvez. É hora de levantar (na medida do possível). E começar (quase) tudo de novo. Fazer certo.

Desejem-me boa sorte.

Thursday, November 13, 2008

A baranga

Tem uma cidadã que me aparece todo dia no banheiro: cabelos desgrenhados, unhas esculhambadas, sobrancelhas cabeludas, pele cheia de cravos; dá a sensação de que ela vestiu a primeira peça que pulou ao abrir um armário bagunçado, sem mesmo se dar ao trabalho de escolher ou combinar. Ela me olha com um rosto meio triste, tem olheiras, cara de cansaço e preocupação. Ela me olha porque é o jeito, porque eu olho para ela e fico observando esses detalhes.

Preciso comprar um espelho novo. Acho que o meu tá com defeito.

Wednesday, November 05, 2008

O próximo passo é benzer todos os meus objetos: roupas, perfumes, acessórios, bolsas, documentos, produtos de cabelo, secador, chapinha, chave do carro, chave de casa, maquiagem, sapatos, canetas, etc. (aceito sugestões).

Pois, acreditem, mais um FDP cruzou meu caminho, e o alvo dele foi... meu carro! Corria tanto que eu até hoje não sei qual era o carro da criatura (quanto mais a placa!). Vinha feito doido, tudo indica que acabara de roubar aquele carro, furando sinal, tirando fino e, claro, batendo de raspão no meu (nada demais, só raiva!).

Benzer tudo! Tudo mesmo!

Eu recomendo.

Thursday, October 30, 2008

Eu luto contra a gravidade que tenta me prender à cama todo dia pela manhã. Não é como aquela saudável preguiça, aquela inércia gostosa de quem tá com sono. É uma sensação diferente, de não querer sair da cama não por cansaço, mas porque isso aborrece, porque acordada a gente pensa e pensar algumas vezes dói. Na cama, é como se tivesse um escudo que me protegesse das preocupações, do dia lá fora, das responsabilidades que me esperam lá fora, dos compromissos, dos medos e dos perigos...

É coisa demais pra cabeça de menos.

(Era mais legal quando eu usava a cabeça pra fazer escova progressiva.)
Gravity pulls...

Wednesday, October 29, 2008

Tuesday, October 28, 2008

Eu reviro CDs velhos e decido escutar Legião Urbana. Às vezes, ouvir som ajuda. Se Renato Russo falava de si ao escrever "Já estou cheio de me sentir vazio", eu posso imaginar exatamente como ele se sentia. E eu, como em Baader-Mainhof Blues, também já estou cheia disso. Farta desses dias que mais parecem um amontoado de horas. Um amontoado de horas que não vão nem vêm. Tem horas em que até o sono acaba. Quem agüenta dormir tanto? Mas dormir ajuda a não ver esse amontoado de horas que, em alguns períodos, parecem despropositadas. E, se o sono não vem espontaneamente, por que não a ajuda de uns fitoterápicos?

Isso passa, sempre passa. O grande desafio é não permitir que cada fase dessa leve consigo um pouco de mim. Mas eu gosto de desafios. E nunca deixo que elas levem. Por isso, não me desespero, não me preocupo, tampouco perco meu tempo pensando em soluções a curto prazo. Não adianta enrolar o tempo. Na hora certa, acordo disposta de manhã e vou fazer escova nos cabelos.

Na hora certa...

Mas não adianta desesperar enquanto a hora não chega. Deixa vir. É preciso respeitar o tempo. Mesmo estando "cheia de me sentir vazia".

Friday, October 24, 2008

Alguém, por favor, me dê uma pimenteira

É fato: estou carregada. E, se é verdade que detectar e relatar o mau olhado ajuda a eliminá-lo, aí vai. Leiam, todos, por favor! É importante pra ver se dissipa isso. Em tópicos, pra não deixar faltar nada:
  • Fui tirar o carro do estacionamento e quase passo direto de uma altura de mais de 2 m.
  • Um cidadão decidiu dar ré e ignorar o retrovisor e bateu no meu carro (não aconteceu nada, só raiva).
  • Por pura burrice, bati numa carroça que vinha na contamão.
  • Minha colega foi estacionar para me dar uma carona e seu pneu furou (começamos o dia aprendendo a trocar pneu).
  • Meus antidepressivos têm feito o mesmo efeito que água (pena que custe um "pouquinho" mais caro que um botijão de água mineral).
  • Meu psiquiatra está viajando e não atende o celular nem por decreto (e é claro que o plano de saúde não disponibiliza outro).
  • Arrumei uma faringite e estou sem voz há quase uma semana e com a maior tosse de cachorro.

Alguém, por favor, me dá uma boa receita de um banho de descarrego?

Friday, October 17, 2008

História de peixe-fora-d'água

No intervalo
Ela: Ei, você parece com John Greenwood.
Ele: Quem?
Ela: John Greenwood, do Radiohead.
Ele: O que é isso?
Ela: O que você gosta de ouvir?
Ele: Saia Rodada.
Ela: Ah...

Na aula de Psicologia
Professora: [...] primeiro, é preciso entender o significado do termo discriminação. Todo mundo acha que discriminar é sempre uma coisa negativa, mas a palavra tem outros sentidos que não necessariamente esse...
Aluna: Eita, professora, me poupe! E qual é a discriminação que é boa pra alguém?

Na aula de TGA 2
Professor: [...] temos inúmeras características, como o predomínio do Poder Simbólico...
Aluna: Professor, só não entendi uma coisa: o que é simbólico?

- e mais -

Friday, October 03, 2008

"Eu perdi o meu medo, o meu medo, o meu medo da chuva."
Raul Seixas

(Calma, eu ainda não fiz escova progressiva este mês.)

Wednesday, September 24, 2008

Não tem muito o que se dizer depois do fumo da prova de ontem. Às vezes penso que estudar Administração tem sido uma grande perda de tempo. Não sei o que vou ganhar com isso, só sei às vezes enxergo apenas um monte de aborrecimento despropositado, como o de ontem.

Em vão, procurei alguém que tenha feito boa prova. Nenhuma alma penada. Penso que poderia ter passado meu fim de semana na praia ou dando um destino àquelas Smirnoff Ice que estão mofando na minha geladeira, enquanto eu estudo feito um corno e crio centenas de aftas.

Está decidido: não importa quantos seminários estão por vir, não importa quantas provas vão inventar na última hora, próximo fim de semana me recuso a estudar. Agora, só daqui a duas semanas.

E tenho dito!

Sunday, September 21, 2008

Meu FDS é: Tópicos Especiais em Organizações, Cultura Organizacional, Administração Financeira I e Microanálise das Organizações. É também alguma desocupada que desconheço se esgoelando enquando cospe as letras cretinas de Cazuza. Mô véi, se já é um tiro-no-ovo ouvir o próprio cantando, realize essa desocupada.

Tuesday, September 16, 2008

Live to tell

I have a tale to tell
Sometimes it gets so hard to hide it well
I was not ready for the fall
Too blind to see the writing on the wall

A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me

I know where beauty lives
I've seen it once, I know the warm she gives
The light that you could never see
It shines inside, you can't take that from me

A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me

The truth is never far behind
You kept it hidden well
If I live to tell
The secret I knew then
Will I ever have the chance again

If I ran away, I'd never have the strength
To go very far
How would they hear the beating of my heart
Will it grow cold
The secret that I hide, will I grow old
How will they hear
When will they learn
How will they know

Madonna

Monday, September 15, 2008

Confissões de uma pedestre II

Av. Agamenon Magalhães, 23h15. A cidade já dorme, e eu gostaria de poder fazer o mesmo. Mas se fizer corro o risco de perder a parada (talvez alguns pertences). Eram 6h35 quando vesti a roupa que estou usando agora...

Eu sou mais uma entre um "mói" na integração, tentando preservar o mínimo de sanidade mental a despeito de toda essa correria, das minhas escolhas estranhas e despropositadas. Sabem o que eu vou ganhar com tudo isso? Eu também não.

Tive um dia dos mais compridos. O primeiro ônibus do dia atrasou dez minutos, o que significa uns trinta de retenção mais pra frente. É a estranha matemática do trânsito: apenas dez minutinhos fazem toda a diferença. Duvida? Experimente sair de casa um dia às 7h e no dia seguinte sair às 7h10 fazendo o mesmo percurso. No fim dele, serão mais de 20 minutos de diferença, é a exótica progressão geométrica do atraso. Pensava nisso enquanto olhava a Agamenon pela janela do ônibus: vazia às 23 e tantas... Acho que tenho dificuldade em fechar Gestalts: para mim, é como se fossem duas avenidas, uma clara e tumultuada e outra escura, cheia de refletores e vazia de trânsito. Desde pequena tenho o hábito de olhar o mesmo ambiente de dois ângulos e enxergá-lo como se fossem dois dintintos. Vá entender...

O segundo ônibus (calma, são cinco) ficou um século num congestionamento na Av. Rosa e Silva. O motivo? Sei não. Resolvi aproveitar que o busão não tava trepidando para ler. O terceiro ônibus foram dois: uma para a integração e outro para a universidade. Assim que cheguei ao ponto na integração, o ônibus fechou a porta para sair. Nem sequer tinha dado ré quando acenei. O motorista me ignorou solenemente e saiu. O quarto ônibus foram dois: busão e metrô. Mas foi na estação Barro que não agüentei mais: estava com sono, cansada, precisando de um banho e ainda muito longe de casa. Chorava enquanto o metrô demorava uma eternidade. Me angustiava estar ali. Me angustiava me angustiar por uma coisa tão normal, por chorar por tão pouco. E aquelas pessoas ali? Quantas delas não estariam mais cansadas que eu? Quantas não trabalham muito mais, não estudam muito mais, não chegam muito mais tarde em casa?

O último ônibus do dia (o quinto que na verdade foi o sétimo) me ajudou a recobrar a paciência. Uma mulher que se dizia epilética pedia ajuda. Tinha já uma certa idade. E me incomodou tanto sonhar cum um carro enquanto bem perto de mim há alguém que apenas deseja comida. É estranho ser gente...

Friday, September 12, 2008

Acabo de levar uma mijada de uma cliente histérica. É f***!

Thursday, September 11, 2008

Confissões de uma pedestre*

Já me disse, uma certa vez, um sábio: "A vida é como um ônibus lotado; quando você pensa que aquele foi o pior, vem outro mais cheio ainda para desmenti-lo".

Que fosse lotado, que cheirasse mal, que tocasse brega, que queimasse parada... tudo isso seria mais suportável se as pessoas com quem divido - muito a contragosto - aquele espaço tivessem o mínimo de boas maneiras. E, se boa educação é pedir muito, que pelo menos tivessem respeito ao próximo.

O ônibus é um verdadeiro laboratório do comportamento humano. É naqueles pequenos gestos que você vê do que cada um ali seria capaz se tivesse um pouquinho mais de poder. Como diria ironicamente uma colega: "Respeito pra quê, né?". Penso no cara que passa descaradsamente na frente dos outros. O que mais ele seria capaz de fazer para levar vantagem dos outros. E se ali fosse uma fila de doação de órgãos, e não de ônibus, numa oportunidade ele tomaria a vez do outro?

Penso que a falta de caráter se manifesta assim, em coisas mínimas, e que a capacidade de ser FDP com coisas mais sérias é apenas uma questão de expoente: a base é a mesma. Em outras palavras, a situação é quem define a sua capacidade de ser canalha. É o "expoente". O cara que recebe cinqüenta centavos a mais num troco e faz vista grossa, mesmo sabendo o mal que vai causar ao cobrador, falaria pro caixa se recebesse cinqënta a mais? E quinhentos? E 5 mil? O caráter a sua base, a situação é quem exponecia. O cara que perturba a viagem do outro pregando "a palavra da salvação" respeitaria o sono de uma criança em detrimento de uma festa no fim de semana? Penso que não. A situação apenas dimensiona a capacidade de f**** o outro, a "feladaputisse" está na base do ser humano. E isso é lamentável.

Andar de ônibus seria tão mais suportável se cada um tivesse 10% a mais de respeito ao próximo.

Bendita coletividade! E eu cheia de cuidado para não machucar ninguém com minhas bolsas enormes... pra cinco minutos depois pisarem na minha sapatilha de veludo! M***!

Seria mais fácil se fosse uma escolha...

* Este post é dedicado ao FDP que veio pregando a viagem inteira no busão de Porto de Galinhas, à vagabunda que passou na minha frente no terminal de integração (jurando que eu num percebi), ao cretino que parou para provocar a cobradora e atrasou minha chegada ao trabalho, entre outros FDPs. Queria ser um homem de dois metros para descer a mão em vocês, mas, como sou pequena e magra, desejo sinceramente que vocês vão tomar n...

Monday, September 08, 2008

A gente recarrega as baterias, foge um pouco enquanto se prepara para mais uma temporada de estresses acadêmicos. Lindo o fim de semana de um casal com quase trinta, mas que passeia pelo balneário como dois adolescentes. Entre um raspa-raspa e outro, a gente ri das mulheres que vão à caça. Sim, é a bertura do verão em Porto, é divertido ver as patricinhas catando turistas. Ou simplesmente querendo pegar alguém.

Um cara aborda a gente, "Eu vi vocês hoje de manhã na praia". Eu penso "Impossível não ver um casal exótico como a gente". Me divirto vendo as pessoas nos olhar com cara de espanto, como se um cara muito alto não pudesse namorar uma menina de 1,61 m. Fico rindo por dentro com a cara de mané das pessoas. Insisto em não usar salto. Insisto em rir da jeguice feminina, as obesas de calça ultra-apertada, as peruas de salto alto na praia usando maquiagens que são verdadeiros rebocos na cara. Dá a impressão de que, a qualquer sorriso, o reboco vai rachar e cair. A gente ri de a gente mesmo. Ri dos outros.

O Carreteiro finalmente gelou. A gente dá um trato no vinho lá no jardim da pousada pra não perder o costume. E fica até a hora de dormir contando traquinagens.

Depois do café da manhã e de oziar na rede, o bom-senso manda voltar pro Recife antes do rush. Combinamos dormir no busão. Nada feito. Um cara resolve pregar durante a viagem inteira. Lê insistentemente alguns trechos da Bíblia que tem na mão (antes fosse uma gramática). Grita, esbraveja, julga e condena (e isso, eu creio que ele não tenha aprendido na Bíblia) enquanto assassina cruelmente a língua portuguesa e perturba uma viagem que dura em torno de duas horas. Dessa vez quem reza sou eu, para ter autocontrole e não pular no pescoço daquele FDP. Ele permanece gritando, parece sentir prazer em ver as pessoas irritadas. Tenta converter as pessoas enquanto eu sonho armar um barraco e chamá-lo de tudo que ele precisa ouvir.

Será esse o preço de uma fim de semana?

Filhos da p*** à parte, sempre vale a pena.

Monday, September 01, 2008

Pensar é perigoso. Falar é perigoso. Ter opinião formada acerca de algo é ainda pior.

Mas, se você a tem e isso é inevitável, pelo menos guarde-a para si.

Monday, August 18, 2008

Monday, August 11, 2008

eu me revelei na arte de fazer mussolini, todos lindamente trifásicos

pena que eu não lembre que gosto exatamente aquilo tem...

Friday, August 08, 2008

O que é direito?

"direito é uma coisa da rurgs puon que expõe a reks twuturais [...] é a regueque roisti a ongs troloris tworiqui coquais"

aprendam, vu?

Wednesday, July 30, 2008

Beleza contagia

Para quem gosta de boa publicidade, aí vai.

http://www.youtube.com/watch?v=jtEWDp3RyH8

(Essa menina bem que podia passar perto de mim :))

Monday, July 28, 2008

Elevate me Later

Well you greet the tokens and stamps
Beneath the fake-oil burnin' lamps
In the city we forgot to name
The concourse is four-wheeled shame
And the courthouse's double-breast
I'd like to check out your public protests
Why you're complaining? ta!

You sleep with electric guitars
Range rovin' with the cinema stars
And I wouldn't want to shake their hands
'cause they're in such a high-protein land
Because there's 40 different shades of black
So many fortresses and ways to attack
So why you complaining? ta!

Pavement
Tentando começar uma vida nova depois do último piti periódico.

Monday, July 14, 2008

Friday, July 11, 2008

Eu estou uma caricatura de mim mesma: o rosto descama, me aparecem umas centenas de espinhas não-sei-de-onde, a pele parece uma lixa, despontam umas seis aftas. "Bendito" o dia em que decidi, por minha exclusiva conta, que deveria suspender meu tratamento alegando que a causa de meus problemas não era meu organismo, mas o que eu andava fazendo da minha vida, "e isso remédio nenhum conserta".

Toco minha rotina elétrica pra frente sem qualquer miligrama de fluoxetina e acho que está tudo maravilhoso porque mantenho o bom humor apesar de toda a pressão. É depois que a pressão alivia, que você fica relativamente de férias (eu acho que minha cabeça nunca entra em clima de férias), que vem a vontade de trabalhar loucamente para não perceber que tá tudo um saco e que não tenho vontade de fazer nada, nem dormir, nem tomar banho (calma, eu tenho feito a despeito da minha falta de disposição). É sempre chato lidar com essa falta de energia que nos puxa para o chão. Para o sofá mais próximo, quando a sensação de que um quilômetro de corredor nos afasta da cama (mesmo sabendo que a apartamento é pequeno).

Chegou a hora de admitir: o tratamento está fazendo falta. Isso está estampado no meu rosto.
Literalmente.

Friday, July 04, 2008

São férias, férias mesmo, nem imaginava, mas passei em tudo porm média. Pela primeira vez, depois de uns sete anos de Federal, estou experimentando a sensação de ter férias em julho. E eu digo: é estranho...

Friday, June 20, 2008

O fumo de Matemática dos Mercados Financeiros foi maior do que eu imaginava. Antes não tivesse passado o dia inteiro (atenção: o dia inteiro mesmo!) estudando...

Thursday, June 12, 2008

A Empreitada

Se é verdade que as melhores surpresas chegam quando a gente menos espera, pode-se dizer que eu sou testemunha disso. E, como sempre acontece em histórias do tipo, eu não fazia a menor idéia de que junho se tornaria um mês cheio de boas razões pra comemorar. Porque foi em junho que, formada em Publicidade há apenas alguns dias e a caminho da universidade para meu primeiro dia de aula no curso de Administração, pensava em como seria desagradável começar tudo de novo. Mais desagradável ainda era pensar que não se tratava de começar tudo de novo, afinal não havia tudo que havia anos atrás: ali não era o CAC, eu não tinha mais 20 anos e o povo dali gostava de forró. Pensava: "No mínimo, vão me convidar para o Bar da Kelly (argh!)". E me convidaram mesmo! E foi replicando o convite com outro convite para uma bar mais próximo (o Bigode) que encontrei ali, caladinho, um cidadão que também conhecia o Bigode. E que era mais velho que eu. E que já tinha estudado no CAC. Eu num tava sozinha nessa empreitada!

Apesar da identificação imediata, a disância também o foi e, cheia de prioridades, tive de deixar a nova faculdade em standby. E, convenhamos, ser administradora nunca fora o sonho da minha vida. Mas, para quem não acreditava que eu fosse voltar, deve ter sido estranho ter me visto ali de novo, dessa vez assídua e sem os tradicionais cabelos vermelhos. Acho que até meu amigo ex-CAC estranhou também.

E então passou-se o primeiro período, ainda distante, com direito a uns poucos encontros, horário de almoço e baile carnavalesco. E veio o segundo período com direito a encontros diários na bibliotecas para conversar... o quê mesmo? Apenas conversar. E veio junho: jogo de futebol, jantar no chinês encontro no cinema errado. E veio a idéia de marcar na minha casa pra tomar uns drinques artesanais. E aí já não éramos mais tão (só) amigos. E, já que não teríamos a primeira aula naquele dia 12, por que não jantarmos juntos?

E então terminou o segundo período. Veio o terceiro. Veio o quarto. E seguimos juntos nessa idéia de ter Passe Fácil e pagar meia no cinema por mais alguns anos. Pode ser até que viremos administradores em conseqüência de tudo isso. Só sei que é por causa dele que não estou sozinha nessa empreitada até hoje.

Wednesday, June 04, 2008

Dando o anel

Calma, num é nada do que mentes poluídas podem estar pensando. Apenas trocamos alianças. Alianças (porque anel é um termo ambíguo).

Monday, June 02, 2008

Enquanto eu ouvia Tear, do Red Hot Chili Peppers, lembrava da minha terapeuta dizendo que nosso discurso atrai os fatos. "Cada palavra proferida atrai energia equivalente, boa ou má." Sempre achei isso uma grande conversa pra boi dormir, da qual as pessoas assinam embaixo pra evitar que o estresse e a insegurança gerados pelas idéias negativas as tirem da sua zona de conforto. Ou uma bela desculpa para editoras empurrarem goela abaixo livros de auto-ajuda com títulos óbvios, quando não cretinos.

Se procede, eu não sei. O fato é que, passados quase cinco anos, pensei que isso talvez fizesse algum sentido ao me lembrar daquele bloquinho. (Gostava de comprar bloquinhos e escrever esporadicamente, já que a correria não me permitia escrever diários e a verba não me permitia pagar terapias.) Pensei... Será que abrir com os versos "This is my time, this is my tear" seria atrair fatos ou prevê-los inconcientemente (tem também aquela história de intuição feminina; observe quantas coisas interessantes eu aprendi lendo livros de bruxaria...)? Fiquei pensando se essa coisa toda de atrair teria alguma relação com meu bloquinho, já que os fatos registrados ali terminaram por me levar ao último destino aonde eu queria chegar. Mas o fato é que cheguei e, olha, tudo fez um sentido enorme. Por isso que, longe de achar que tudo isso foi uma grande m*** e arrumar mais um sintoma de TOC, toda vez que eu achar que as coisas andam meio malassombradas,compro um novo bloquinho e começo tudo de novo. Vai que minha terapeuta tem razão.

E o bloquinho? Por onde anda? Se a umidade ainda não o tiver consumido, eu deveria catá-lo e escrever no rodapé da última página escrita "The sun will make and I will take breath to be sure of this".

Falta tempo para mais bloquinhos...

"Say it now because you never know
Oh! Never know"

Friday, May 30, 2008

Lixo Tattoo

Tatuagem é como um filho: nunca se sabe o que vai sair depois de pronto. Todo dia você tem que agradecer por ele ter nascido perfeito.

http://www.fotolog.com/lixotattoo

Enjoy it!

Monday, May 19, 2008

Ouro de Tolo

Eu devia estar contente porque eu tenho um emprego
Sou dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz porque consegui comprar um corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos aqui na cidade maravilhosa
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora me pergunto: e daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concebido o Domingo
Pra ir com a familia no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos
Ah! Mas que sujeito chato sou eu, que não acha nada engraçado
Macaco, praia, jornal, tobogã, eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
E que só usa dez por cento de sua cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
E que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social
Eu é que não me sento no trono de um apartamento
Com a porta escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador

Raul Seixas

Wednesday, May 14, 2008

Eu sempre saio de casa com meu kit autista: música bem alta nos ouvidos numa tentativa de me isolar do ambiente saudável que é o transporte coletivo. (Quisera também poder isolar o olfato.)

Uma semana dessas atualizei minha sempre eclética lista do mp3 player, coloquei umas novas do Echobelly, umas do New Order, algo de Madonna e umas do meu álbum preferido do Offspring (Ixnay on the hombre). Enquanto ouvia Amazed, pensava: "Putz, já se passaram dez anos". Já se passaram dez anos daquele dia em que Fábio (meu então melhor amigo) me acordou às 9h da manhã do sábado de carnaval com um embrulho na mão, pedindo que eu fizesse cara de surpresa, como se não soubesse que ali estava o CD do Offspring que ele me prometera de aniversário.

Acho que nunca ouvi tanto um CD em um ano. Sempre estudava ouvindo música (ser hiperativa tem lá suas vantagens). Mas aquelas palavras me pesaram horrores: dez anos, dez anos. Será que realizei tudo que tinha projetado para esses dez anos? Chega de pensar nisso. Vou escutar Pavement.

Thursday, May 08, 2008

Abre fácil

Sem contexto:

"Eu nunca abro fácil."

Com contexto:

Comendo na cunzinha da inguinorança. As coleguinhas lutavam bravamente com uma embalagem de bolacha, dessas com aquela fita abre "fácil".

A coleguxa: "Odeio essas embalagens com abre fácil. Eu fico meia hora apanhando da embalagem e termino rasgando tudo."

A menina: "Eu nunca abro fácil."


Atenção, designers de embalagem: elas não estão abrindo fácil! Olhem o prejuízo. Precisamos rever esses projetos.

Wednesday, May 07, 2008

É, começo a me convencer que, de fato, Recife é o lugar mais quente do mundo. (Se houver algum pior, por favor, me avisem pra eu passar bem longe.) E ainda dizem que as mulheres pernambucanas são as mais jegues do Brasil. Também pudera, né? Ninguém fica elegante com a pele oleosa e suando feito porco. Aliás, por falar em pele, eu desafio qualquer Dior, Lancôme, Dolce & Gabbana da vida a fazer uma base que resista a essa suadeira toda. Eu saio de manhã para o trabalho e chego com a sensação de que posso fritar um ovo no meu rosto a qualquer momento. Porque calor e óleo não faltam.

Se alguém souber de algum concurso, mestrado, pós-graduação, qualquer coisa, lá por Curitiba, Floripa ou Porto Alegre, façam a gentileza de me avisar.

Sunday, May 04, 2008

Dando adoidado

Sem contexto:

Ela chega à cozinha no exato momento em que a coleguxa dispara a declaração bombástica:

"Aí eu saio dando adoidado..."

Com contexto:

Falavam de guarda-roupas lotados, e a coleguxa criticava as pessoas que mantinham guarda-roupas abarrotados e muitas vezes sequer usava metade das peças.

"Podiam doar. Eu sempre faço uma geral pra ver se tem roupa sobrando. Aí eu saio dando adoidado."

Quanta nobreza...

Friday, April 18, 2008

saio enjoada, sem filtro solar, a cara amassada e um humor bizarro. queria não estar fazendo nada. queria a rede, mais nada. deveria fazer uma prova hoje. não sei se vou, não estudei, sei nem pra que lado vai. sem vontade de comprar besteiras, fazer futilidades, rir das piadas cretinas de cada dia, falar ao celular, acessar orkut, usar acessórios travecosos, fazer escova progressiva, pintar as unhas de vermelho. sem vontade de ser quem eu sou todo dia. sem vontade de ser eu mesma, mas sem querer ser outra eu. sem vontade de pontuar meu texto, usar maiúsculas e abrir parágrafos. postando por desabafar.

vontade só de descansar.

Wednesday, April 16, 2008

É chegada a temporada!

Virando máquina de fazer provas...

Tuesday, April 01, 2008

Todo o sentimento

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez

Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu

Cristóvão Bastos - Chico Buarque/1987

Thursday, March 27, 2008

Mais contexto

Na mesa, ele diz:

"Eu já vi um nu com o agudo pra cima".

Ela: !

.
.
.

Falavam da grafia da palavra nu. Ele dizia que já a tinha visto com acento agudo.

Tuesday, March 25, 2008

As horas se arrastam, e a insônia virou rotina.

Como é que numa pessoa tão pequena como eu cabe tanta chatice? Aff!

Friday, March 14, 2008

"Eu acho tão bonito mulheres que se vestem..."

"Que se vestem bem?"

"Não, as que se vestem."

Wednesday, March 12, 2008

Hoje é dia de jantarzinho e contar piadas internas e falar aquelas coisas que só a gente entende.

Tuesday, March 11, 2008

Minha meta é passar sete dias sem adoecer.

(Se der certo, traço metas mais ousadas.)

Friday, March 07, 2008

Coisas estranhas aqui dentro e lá fora

Pois é... vá entender!

Preciso escrever pra ver se de alguma forma consigo digerir isso. Ops! Digerir não tem sido meu ponto forte ultimamente. Auto-sacanagens à parte, tô tentando caber em algum lugar e tem horas que sinto não caber em canto nenhum. Estranho? Tá tudo muito estranhos esses dias, ou melhor essas semanas. Quando brinco dizendo que estou em "maré de azar" ou que "tão me macumbando", é porque realmente não sei se o problema vem de dentro pra fora ou de fora pra dentro. Quando brinco dizendo que "vou mandar bater dez conto de bombo", é porque não sei mais a que recorrer.

Parece brincadeira? Zilhares de médicos opinaram e apontaram possíveis diagnósticos para minhas aftas (exceto a ultracompetente que disse "mulher, e o que tu costuma fazer quando tem isso?"). Até psiquiatra opinou. "É estômago", "é viral", "é estresse", "é o aparelho", "comeu alguma besteira", exame pra ver se tinha bactéria, fungo, cobra, jacaré, elefante... tudo negativo (pelo menos isso!). No fim das contas, não sei o que foi e, sinceramente, o Google me apontou diagósticos e tratamentos mais interessantes.

Passei exatos três dias com saúde. No quarto dia, já não consigo levantar da cama, prassão a 8 x 5 (sim, 8 era a máxima, não a mínima), vômitos, diarréias, febre alta, dores e a sensação de "P*** que pariu, o que é que está acontecendo comigo?". "Gastroenterite viral. Evite café e derivados de leite."

Dois dias perdidos de trabalho. Tá, mas eu fiquei boa. (aparentemente) Mas quer saber? Tá tudo uma grande m****. Não falo do trabalho nem da faculdade, mas de não ter vontade de fazer nada. Aliás, o trabalho e a faculdade são as poucas coisas que me desopilam. Antes dormir resolvia, mas agora não quero dormir: algo me incomoda na minha cama. Deito nela e lembro os espamos que tive até a hora de chamar Raul e pôr até a alma pra fora pela boca.

Eu estava de bom-humor e, quando cheguei em casa, me bateu uma irritação que xinguei até os brasileiros que se f****** na Espanha. É como eu disse, eu num me encaixo em lugar nenhum, é como se eu num fosse de lugar nenhum.

Isso sempre vem e sempre passa, é rapidinho, mas enquanto dura é um saco e parece que num vai acabar nunca. Penso em procurar alguma coisa em que eu acredite (além do receituário médico cheio de verotinas), mas fico ainda mais cética. É tudo muito estranho, vem uma coisa, depois outra, depois outra, e eu começo a acreditar que o problema tá em mim, que eu tô fazendo por onde merecer, que eu preciso descobrir o que ando fazendo de errado, e então esses infortúnios vão passar.

Talvez minha cabeça esteja boicotando minha imunidade. Às vezes ela faz isso.

Deixa eu pelo menos entender, que sempre tem jeito...

Monday, March 03, 2008

Domingo no Campus e afins

Tinha prometido que minha cura seria comemorada com um bom prato de yakissoba cheio de molho agridoce e um sorvete gigante de sobremesa. Jantamos no China de Casa Caiada e depois fomos dar uma volta na praia, a caminhada em busca do sorvete. Não comemos exatamente como queríamos, mas deu pra matar a saudade da comida di-cum-força, depois de duas semana me alimentando como gafanhoto.

Ontem teve domingo no campus, eu e namoladjinho tomamos vinho batizado e raspa-raspa de corante. Nada mais saudável. Espero que meu estômago não tenha atrofiado.

Friday, February 29, 2008

Férias e "inofensivos" pontinhos brancos

Queria que os dias passassem voando, queria dormir enquanto isso, queria não ter mais de acordar todos os dias com aquela dor terrível, queria não sofrer de aftas, não saber que tudo isso iria continuar me acontecendo de tempos em tempos, como sempre foi desde pequena. Depois de duas semanas e um total aproximado de trinta aftas (entre as que cicatrizavam e logo era substituídas por outras aos montes).

Esperava ansiosa pelo fim de semana, sem saber se era em vão como o foi semana passada, mesmo tendo me atrevido a ir ao Central e ao Cinema. Mas tem horas que a dor aperta e não dá sequer pra beber água. É impressionante como pontinhos tão pequenos fazem um estrago tão grande nos nossos dias, no nosso apetite, no nosso humor.

Metade das férias foram embora entre dores e diagnósticos confusos, remédios bizarros e pitacos dolorosos (sal, vinagre e afins), enquanto eu me desesperava e conseguia a façanha de piorar as coisas. A semana acabou. Graças a Deus. Não quero mais outra dessa.

Tuesday, January 29, 2008

Blogando para espairecer

Mais uma semana difícil. Começa no domingo à noite, quando me deparo com as notas de Contabilidade: 32 (de 42) provas foram "premiadas" com zero. Sei que, qualquer que seja a nossa atitude, dificilmente isso será revertido. Foi o golpe mais baixo que eu já vi.

É impressionante como ainda há pessoas que se valem se sua posição hierárquica e de sua autonomia para submeter os outros. É lamentável que pessoas assim estejam exercendo ironicamente uma das profissões mais nobres. Essa será a referência de falta de ética e de valores que guardarei comigo para os momentos decisivos para nunca fazer algo parecido quando as pessoas esperarem de mim uma postura minimamente decente. Como um dia talvez tenhamos esperado desse "professor".

Thursday, January 24, 2008

Cansei

Cansei! Pouco me importa qualquer coisa. Queria não estar aqui. Mas queria não estar em lugar nenhum. Queria estar dormindo. Só acordar quando estivesse sossegada. Mas será que vou ficar sossegada?

Queria fluoxetinas mágicas.

Wednesday, January 23, 2008

Eu estou exausta, um caco, pedindo que tudo isso acabe o quanto antes. Não está sendo nem um pouco fácil administrar essa correria toda, e às vezes a única vontade que tenho é desistir. Faz duas semanas que não paro para fazer uma refeição decente, eu simplesmente troco o almoço por um sanduíche, ou algumas bolachas, ou pastel de nata, ou tapioca, e assim fico com o horário livra pra estudar (ou dormir pra compensar as noites maldormidas em cima dos livros).

No fim das contas, fico sem ter a certeza de que estou fazendo a coisa certa. Só nesse semestre, eu estudei muito mais que em quatro anos e meio de curso de Publicidade (na mesma instituição, por sinal). E, por ironia ou não, vou ter que começar a me familiarizar com coisas inéditas, como final e reprovação.

Estou na final em Introdução à Administração Pública. Corro o risco de ser reprovada. Tudo bem, era só uma disciplina do quarto período que eu estava adiantando.

Tudo indica que eu vá reprovar contabilidade. É pré-requisito. Isso me revolta por saber que estamos sendo submetidos a avaliações muito além do nosso nível. Não há nada que posamos fazer. Eu também não posso me debruçar mais ainda sobre os livros pra correr atrás do prejuízo.

Só me resta me conformar com a reprovação iminente...

Monday, January 21, 2008

Murphy, o incansável

Quem esperava que Murphy não me fosse aprontar mais nada (inclusive eu) dançou. O trabalho de Contabilidade foi uma decepção: ninguém conseguiu bater as contas, nem mesmo os que recorreram à orientação de um contador. Nem contadores conseguiram bater aquelas 182 contas. Revoltada? Sim. Mas não pára por aí. Fui tentar recorrer à coordenadora do curso, que está de férias e só volta em fevereiro. "Não há mais o que fazer neste semestre." Ou seja: começo a me conformar com a idéia da primeira reprovação da minha vida...

Minha cama nova chegou, mas veio empenada. Parece uma gangorrinha. Minha mãe foi à loja solicitar troca: "Dentro de vinte dias". É f***!

Sem comentários. Só de pensar me irrito! Inferno astral retroativo (já que ano passado não tive).

Sunday, January 13, 2008

E eis que a Lei de Murphy vem, e vem decidida a ficar. Começa que estou há mais de três dias com umas crateras (aftas) que me impedem de me comunicar decentemente.

Só para relatar como meu dia começou legal, liga um amigo meu me convidando para Olinda. Eu prontamente disse que havia marcado com uns colegas do trabalho, mas que o dia estava chuvoso e provavelmente eu não ia ter tempo de estudar tudo. Pronto: foi o suficiente para ele dizer que eu estava inventando desculpas. Ora! Poucas coisas me tiram do sério como suspeitar de que eu estou mentindo, ou melhor, "inventando". Ainda mais para uma pessoa que me conhece há alguns catorze anos e sabe que eu não tenho papas na língua para dizer as coisas. Fiquei profundamente irritada. Bela maneira de se começar um dia...

Passamos boa parte do dia calculando índices de preços só para relembrar. E tinha umas fichas pra ler, que, por sinal, ainda não consegui concluir. Almoçamos. A chuva não passou e a quantidade de textos sobre a mesa não diminuía, então ligamos para o povo e desmarcamos a ida ao escritório. Fazer o quê? Prioridades...

E também a minha cama se quebrou. Eu então a desmontei e estou dormindo na auxiliar. É legal, ela é fofinha, mas tem rodinhas e sai do lugar quando eu me mexo à noite.

Espero que Murphy não tenha mais nada para me aprontar. Principalmente no que diz respeito às 153684267458525 provas que vou fazer essa semana.

Saturday, January 12, 2008

Eu passei o dia estudando Economia Brasileira, e ainda assim não adiantei quase nada. Tudo bem: hoje as prioridades são outras. Em primeiro lugar, nossa comemoração de mês de namoro. Teve também a festinha de noivado de Carol. Enfim...

Marcamos às 18h, ele iria lá pra casa só para deixar a mochila e sairmos. Mas, junto com a mochila, ele me trouxe mimos: um bolo de chocolate e uma caixa cheia de bombons Ouro Branco e um vinho de valor estimativo (ele comprara na Bienal do Livro e era o primeiro da tão-planejada-desejada-idealizada adega). Íamos tomar no mesmo dia, mas decidi fazer um jantarzinho pra ele, e só então a gente dá um trato no vinho. Deixa as provas passarem...

Ficamos pouco tempo na festinha de noivado, mas Carol e o Fofinho entenderam. Terminamos a noite no Bar Central, ao som de coisas legais, como Radiohead, e (claro!) comendo tranqueiras.

Friday, January 11, 2008

Eita... e o povo tá achando que a tinta detonou meu cabelo, mas ele não caiu não, tá aqui, do mesmo jeitinho (só mais escuro). Eu só fiz uma variação do chanel de ponta, mas com com desfiado e repicado e irregular e... ai, só vendo.

Wednesday, January 09, 2008

Com o saco definitivamente cheio de andar na rua com aquele cabelo de cantora de brega, decidir pintar e ver no que ia dar. Afinal de contas, o máximo que poderia me acontecer era os cabelos caírem. E ficar sem cabelo naquelas circunstâncias talvez fosse igualmente feio e até mais prático. Enfim...

Funcionou.

Aí mandei cortar bem curtinho e desfiar toda a nuca e agora eu só tenho cabelo na frente. De quebra, aínda mandei o calor da nuca para bem longe.

Estilosinho.

Monday, January 07, 2008

De volta ao escritório

É assim que chamo as prévias de Olinda aos domingos, já que eu assino o ponto lá toda semana. Dessa vez, eu levei meu namorado, um cidadão que "nem gosta de carnaval", mas está doido pra voltar lá no próximo domingo.

"A gente vai voltar a esse pólo gastronômico?"
"Sim."

Ontem, porém, não rolou chutada de balde. Vou fazer prova de TGA hoje e ainda ia estudar quando chegasse em casa. Ou seja: nada de álcool em quantidades generosas. Deixa só essa temporada de prova passar, e aí eu chuto o balde com os dois pés.

Friday, January 04, 2008

Everything is all

You and i are here alone
I can see you in my shadow
We both tolerate the good times
For everybody else
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
Show me what it is

Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
You know, you know
Is there room at the innside?
When you’re going nowhere
Everything is all

I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
But i know i’d like to see it like you do
Show me what it is

Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
You know, you know
When there’s room at the innside
But you’re going nowhere
Everything is all

You’re a face i might have known
Had i seen you in myself
And i sure would like to see it like you do
Show me what it is

Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
Hello, hello
Any room at the innside?
When you’re going nowhere
Everything is all

Echobelly

Estava escutando essa música no busão e lembrei de um colega meu.

Eu não sou consumista

Vou repetir esse mantra pra ver se eu termino acreditando.

Tuesday, January 01, 2008

Seja bem-vindo, 2008!

Não precisa muita coisa para o réveillon ser o máximo. Romper o ano ao lado de duas das pessoas que mais amo vale mais que qualquer megaevento. Eu, minha mãe e meu namorado comemoramos juntos a passagem do ano, regada a vinho espumante, Innamorare, Coca-Cola. O jantarzinho foi feito por nós três, a seis mãos. Uma bela chutada de balde gastronômica para comemorar o término de um ano de chutadas sucessivas de balde e receber um ano que vai exigir de nós um pouco mais de disciplina (mas só depois do carnaval, porque ninguém é de ferro!).

2007 passou num piscar de olhos. O balanço? Positivo! Desde um caranval que foi um verdadeiro videoclipe ao fim de ano digno de bis, só tenho a agradecer. 2008 tem algo particular: começo o ano cheia de expectativas e com alguns projetos ousados. A insegurança não mais me paralisa, e não conseguir alcançar as metas é só uma possibilidade. Ora, se os projetos são ousados, o que se conquistar é lucro, não?

O primeiro dia do ano nos presenteou com um Sol intenso. Na praia de Boa Viagem, ainda sob efeito da lombra da madrugada, fomos tomar o primeiro banho de mar do ano e ficar feito ostras na areia, prestes a dormir a qualquer momento. Mas não: tínhamos hora para voltar. Aproximava-se a hora de voltar para a vida real.

Dormir, né? Amanhã começa tudo de novo.

Feliz 2008 a todos!