Friday, March 30, 2007

"O texto é livre de contexto." Será mesmo?

Sem contexto

A menina: Aff! Tá mole, tá mole. Não adianta fazer força, que não fica duro. Bora! Se esforça! Vai! E faz o que eu tô pedindo...

Com contexto

O contexto: Quando a menina queria alguma coisa, ficava batendo incessantemente com o dedo indicador no braço das pessoas. Num dia desses, enquando ela batia incessantemente com seu dedinho e insistia para que o menino lhe fizesse um café, ele contraiu o bíceps para ver se o dedo dela doía e ela parava com aquele ritual sádico. Mas o músculo estava um pouco flácido e por mais que ele fizesse força para contrair...

A menina: Aff! Tá mole, tá mole. Não adianta fazer força, que não fica duro. Bora! Se esforça! Vai! E faz o que tô pedindo...

Thursday, March 29, 2007

Enquete

"Eu quero que vocês estejam fazendo uma ficha de leitura que não pode ser em tópicos, vocês vão estar escrevendo texto corriiiiiiiiiido mesmo. Não é um mero resumo não, viu?" (Respondendo a uma pergunta de uma aluna) "... não, também não é exatamente um resenha crítica, mas vocês podem estar opinando, desde que estejam embasados para isso. Vocês também devem estar colocando citações, assim, tipo autor-vírgula-data, blá blá blá" De que gênero textual estamos falando?

a) Ficha de resenha.
b) Resumo crítico que não é resumo.
c) Ficha de gerúndio.
d) Gerúndio crítico devidamente embasado em manuais de telemarketing, mas sem estar expressando opinião de qualquer natureza, embora opine.
e) Texto não-pertencente a qualquer gênero, adequado para o ato de estar inflando lingüiças em avaliações acadêmicas pseudo-relevantes.

(Isso vai mudar minha vida!!! Não sei como vivi até hoje sem isso...)

Sunday, March 25, 2007

The world is flat

It is not too late to carry on
So you’ve made mistakes
And here’s another one
Oh but you deserve another chance
Chase it round until you face yourself

The world is flat and we are insane
And we have fallen off again
It really helps to know the way

What if you take more than you deserve
What if you give all and you get nothing back
Sell your soul not your stereo
Take your favourite songs and sail off

The world is flat and we are insane
And we have fallen off again
The world is right and we are mad
And world opinions where it’s at
Don’t rate the score, don’t take the blame
The world is flat and we’re insane

I won’t be sad I won’t be sorry
I’ve no regrets and I don’t worry
I’ll roll the sail and I won’t let go
I’ll ride the wave until tomorrow

There are some who do and some do not
There are some who can’t
And we’re the other ones
Shape your fate, let your body go
Take your favourite songs and sail away

The world is flat and we are insane
And we have fallen off again
The world is right and we are mad
And world opinions where it’s at
Don’t rate the score, don’t take the blame
The world is flat and we’re insane

Echobelly

Balõezinhos de pensamento...

A professora fala, a menina pensa.

A professora: Gente, os trabalhos ficaram bons, acima da minha expectativa; mas as provas ficaram um pouco aquém, vocês foram muito concisos... (A menina: No meu tempo de reles estudante de Comunicação Social, concisão era qualidade, e prolixidade era defeito. Será que mudou a legislação?)

A professora: Eu perguntava: "O que é condicionamento operante?". Respondiam: "Condicionamento operante é isso e isso...". (A menina: E condicionamento operante não é isso? Pediu justificativa? Exemplos?)

A professora: A prova é a oportunidade de vocês estarem mostrando todo o conhecimento de vocês, estarem escrevendo muito. (A menina: Será que falar muito dizendo pouco é garantia de sucesso na vida acadêmica? Quantidade é qualidade?)

A professora: Na próxima prova, é pra vocês estarem escrevendo muito, estarem discorrendo sobre tudo o que aprendeu, blá, blá, blá... (A menina, um pouco sem paciência: Não acredito que estou recebendo dicas de escrita de uma pessoa que tem síndrome do gerundismo.)

A professora: blá, blá, blá... (A menina, irritada: P*** que pariu!)

A professora: blá, blá, blá... (A menina, irritada: P*** que pariu!)

A professora: blá, blá, blá... (A menina, irritada: P*** que pariu!)

Será que o retorno à vida acadêmica gera traumas?

Notícias em tópicos

  • A prova de Matemática foi horrível, mas, como já tinha dito, não esquento nem por decreto.
  • Na hora em que eu ia estudar ontem (umas 23h45), convenceram-me a ir à farra. Eu nem queria mesmo...
  • Perdi o arquivo que seria minha parte do trabalho. Mas não esquento nem por decreto.
  • Vou para o mesmo lugar onde estava domingo passado. Mas amanhã não pretendo acordar cantando a versão brasileira de Everything in its right place.
  • Vou aprender a fazer uma ficha de leitura que não é em tópicos e não pode ter uma síntese do conteúdo. O que será ficha de leitura mesmo???

...

Thursday, March 22, 2007

Amar uma mulher

Da autoria de Gilberto Camargos.

Recebi de uma amiga por e-mail. O título me pareceu piegas, mas o conteúdo expressa o óbvio, que muitos homens (e mulheres) não conseguem enxergar. Abaixo o universo cafuçu!

Amar uma Mulher

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo, fui assistir a uma
palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava,
entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a
sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase:
"para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher". Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou.
"Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por
mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher
em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso", afirmou.

O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de
mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade
de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita. Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia, não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.

Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar
com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega
do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso, que é muito mais espontâneo que o nosso. Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente
todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu
homem não gosta de mulher.

O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele
comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida. O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no
corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade. "Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro",
afirmou Vinícius de Morais no poema Para viver um grande amor. Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência
para lhe seduzir várias e várias vezes, este, minha amiga(o), não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher. Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que
tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostam de mulher são aqueles que conquistam várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade.
Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês - por
incrível que pareça, para um nacionalista e antiimperialista convicto. É a Have
you really loved a woman?
, do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco e, em uma tradução livre, quer dizer "Você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos,
dar-lhe apoio, para amar realmente uma mulher. Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso.
"The world is flat, and we're insane."

Monday, March 19, 2007

Parafraseando Radiohead nos moldes brasileiros

"Yesterday I woke up sucking a lemon" (+ aguardente, açúcar e gelo).

(Everything in it's right place - Radiohead)

Saturday, March 17, 2007

Um sábado pacato. Tranqüilo não: pacato. Na companhia dos livros. Como é que poderia ser tranqüilo com a prova se aproximando? Algo me diz que vou me f****, e não é a subjetiva intuição feminina: são os fatos mesmo. Tudo bem. Não esquento nem a pau, é promessa. Se der, deu; se não der, vocês conhecem a rima...

Pois bem. Dá pra acreditar que a professora marcou aula pra hoje? Sim, sábado mesmo. Nove horas da manhã, e eu na faculdade, um misto de cara de vigia com urso-panda, uma coisa linda de se ver. Munida de um discman (mp3 player um c*****; se é pro meliante roubar, que roube o mais barato) com o fone em apenas um dos ouvidos, olhava para a blusa de patês num discreto tom pink da professora. Quando o tédio se intensificava, eu tirava os óculos e olhava para a sóbria vestimenta: e, assim, o desfoque característico da miopia somado ao reflexo luz do dia nos paetês cor-de-rosa tinham um efeito visual que provavelmente corresponte e a uma viagem de algum tipo de alucinógeno. Aliás, aos lombreiros, vai um recado: quem precisa ficar chapado quando se tem uma professora tão fashion?

Sei que isso é pura leseira, mas não conseguia pensar em outra coisa durante a "aula". Para cada 30" de conteúdo, meia hora de autobiografia, grandes conquistas, feitos memoráveis, autosuperação etc. etc. etc. Às vezes me virava pra alguém do lado e perguntava: e isso cai na prova? Então, eu me punha a pensar m**** de novo, imaginando que a prova dela seria como a prova de Literatura dos vestibulares: "vida e obra". Estudaríamos a biografia dela, assim como fazíamos com Cruz e Souza, e então sairíamos estabelecendo pontos de convergência entre sua vida e sua obra.

Ô manhãzinha improdutiva! Pelo menos teve chamada...

Wednesday, March 14, 2007

"I see the sunshine in your eyes
I'll try the things you'll never try
I'll be the one that leaves you high"

Pavement

Saturday, March 10, 2007

A good day

A good day
To watch the world pass you by
Pretend
There’s a friend in the herd
You ache for the real thing
But it’s hard to be sure
A shame
So much love had to die

When all the ones that bait you come by
And all that matters shakes you to your core

Then you remember how it was
Before the clamour of a strange dilemma
Before the flicker of a cold-eyed change
It will never be the same

Regret
Leaves no room for mistakes
You hate
All the more that you love
They say “it’s the same thing”
But it’s hard to be sure
A good day
To watch the world pass you by

Run through it all, run through it all
Does it trigger thoughts that you never told?
Run through it all, run through it all
Does it trigger thoughts that you can’t control?

And you remember how it was
Before the clamour of a strange dilemma
Before the flicker of a cold-eyed change
It will never be the same

A good day
To watch the world pass you by

Echobelly
Sem comentários. Amo essa música.

Friday, March 09, 2007

Um diálogo

O menino disse para a menina que ela tinha os dedos das mãos desconfiados uns dos outros. Ela, inconformada, ...

A menina: Minhas mãos são lindas. Eu tenho um sinal exótico, é na palma da mão, aposto que você não tem.
...
Silêncio
...
O menino: Eu tenho um sinal num lugar exótico. Aposto que você não tem.

Sunday, March 04, 2007

Bendita festa pagã! (E a semana pós-carnavalesca)

Sim, eu sobrevivi ao carnaval... Há quem diga que no lugar do meu fígado ficou apenas um ponto de interrogação. Faz um certo sentido. Mas, como Prometeu (é isso aí, Coleguinho, vou seguir seu conselho), eu espero ele se recompor pra detonar de novo.

O carnaval começou em janeiro pra mim. Tava todo domingo lá, exceto quando tinha muita coisa pra estudar. Aí eu ficava em casa, com uma vontade danada de ir pras prévias. Mas o parangolé se intensificou mesmo quando entrei de férias do trabalho. Que férias! Nossa, como eu tava precisando de férias, trabalho e faculdade pesam. (O curso de Administração não é tão light quanto o de Comunicação, mas até então tem valido o esforço.) Como eu tinha planejado, as férias coincidiram com as do meu irmão, e ele veio para cá. A gente foi prum monte de coisa, prévia, carnaval di-cum-força...

Alguns pequenos excessos alcoólicos também fizeram parte da festa. Pequenos mesmo, vu? Consigo me lembrar de tudo. Mas, convenhamos, tomar umazinha no carnaval não é exatamente um pecado. Não é todo dia que posso acordar tarde, reunir amigos, sair com meu irmão e minha cunhada (é sempre bom revê-los), tomar sol, dormir a hora em que eu quiser e fazer um monte de coisa que só depois de um bom descanso se pode fazer.

As férias deixaram saudades. O carnaval, muito mais. Agora, disposição total para trabalhar e estudar. Eu quero é produzir! Ano que vem tem mais. Uhuuuuuuuuu!