Saturday, March 17, 2007

Um sábado pacato. Tranqüilo não: pacato. Na companhia dos livros. Como é que poderia ser tranqüilo com a prova se aproximando? Algo me diz que vou me f****, e não é a subjetiva intuição feminina: são os fatos mesmo. Tudo bem. Não esquento nem a pau, é promessa. Se der, deu; se não der, vocês conhecem a rima...

Pois bem. Dá pra acreditar que a professora marcou aula pra hoje? Sim, sábado mesmo. Nove horas da manhã, e eu na faculdade, um misto de cara de vigia com urso-panda, uma coisa linda de se ver. Munida de um discman (mp3 player um c*****; se é pro meliante roubar, que roube o mais barato) com o fone em apenas um dos ouvidos, olhava para a blusa de patês num discreto tom pink da professora. Quando o tédio se intensificava, eu tirava os óculos e olhava para a sóbria vestimenta: e, assim, o desfoque característico da miopia somado ao reflexo luz do dia nos paetês cor-de-rosa tinham um efeito visual que provavelmente corresponte e a uma viagem de algum tipo de alucinógeno. Aliás, aos lombreiros, vai um recado: quem precisa ficar chapado quando se tem uma professora tão fashion?

Sei que isso é pura leseira, mas não conseguia pensar em outra coisa durante a "aula". Para cada 30" de conteúdo, meia hora de autobiografia, grandes conquistas, feitos memoráveis, autosuperação etc. etc. etc. Às vezes me virava pra alguém do lado e perguntava: e isso cai na prova? Então, eu me punha a pensar m**** de novo, imaginando que a prova dela seria como a prova de Literatura dos vestibulares: "vida e obra". Estudaríamos a biografia dela, assim como fazíamos com Cruz e Souza, e então sairíamos estabelecendo pontos de convergência entre sua vida e sua obra.

Ô manhãzinha improdutiva! Pelo menos teve chamada...

1 comment:

Joanna d'Arc said...

Oh Mi God, eu adoro esses seus textos =^.^=