Friday, January 30, 2009

A descabelada das férias

Janeiro foi meu mês oficial da baranguice. Até que voltei ao trabalho com visual pós-férias de dezembro, bronzeada do sol, cabelos esvoaçantes e douradinhos sob efeito do solzinho de verão e meus xampuzinhos de camomila, amora, bambu, etc. (Parece bizarro, mas eu sou a única perturbada que gosta de comprar shampoo aos "mói".)

Bem, tive a ideia de estudar durante as férias da faculdade pra não perder o tal do ritmo. Já que inventei de fazer outra faculdade depois de formada, no mínimo preciso fazer bem-feita. O fato é que com essa historinha estou barangando de vez. Minha sobrancelha tá uma mata. Minhas pernas idem (desenvolvi uma alergia a depilação, sei lá como vou dar jeito nisso). Meus cabelos são os menos sofridos da história: faz mais de um ano que não pinto, e cuido do bichinho o melhor que posso. Mas ainda não sei o que fazer pra minimizar o efeito estufa que provoco nele mais de uma vez por semana. É que esse negócio de ficar sem lavar porque escovou é nojento, assim preferi montar um arsenal lá em casa e estico o dito cujo várias vezes por semana.

Pra concluir, faz quase um mês que comprei uma estampa suuupertravecosa e ainda não levei à costureira (que é vizinha, pasme!) porque ainda não tive tempo de desenhar um croquis. Pode?

Não reclamo. Adoro tudo isso. Sem essa correria eu não sou eu.

Wednesday, January 28, 2009

Digo, de antemão, que eu não comprei minha carteira na revista Hermes nem ela veio de brinde no Mc Lanche Feliz...

Eu, p da vida comigo mesma

Mermão, como pode alguém ser tão burra? Consegui arranhar a porta do meu carro de novooooo, que saco! Isso me rendeu uma tarde de mau humor. Mas deixa estar... Nada que uma dose de fluoxetina no juízo não resolva. Tipo...

Sem fluoxetina: "Drogaaa, arranhei o menino!"
Com fluoxetina: "Até que ficou bonitinho com essa textura nova!"

Thursday, January 22, 2009

Minutos de Grosseria*

* porque minutos de sabedoria é um troço piegas.

estávamos todos conversando sobre bon jovi, outras músicas velhas e saudosismo...

eu: mas sabe o que é bom mesmo? ouvir música velha lendo diário velho.

ele: no dia em que eu fizer isso, vai ter um negão atrás de mim...
olhando um mapa do império bizantino...

eu: eu gosto tanto da palavra bizantina, me lembra brilhantina.

ele: fútil!

eu: eu nunca disse que era uma menina cabeça...

Monday, January 19, 2009

Uma pirueta, duas piruetas...

Mês de férias é assim: a casa vira uma delegacia de polícia, sobretudo quando se tem uma prima adolescente passando férias lá. Duvida? Animadíssima minha casa...

O detalhe é que ontem eu esqueci que não tenho mais 11 anos como ela. A farrinha começou quando a mãe dela (minha prima, ex-bailarina) me mostrou as sapatilhas de ponta novas e pediu que eu calçasse para a filha dela ver porque a ponta dela tá um pouco meia-boca. E a sem-noção aqui esqueceu que alguns anos decorreram desde que au abandonei a dança: mais de dez, pra ser mais precisa. E lá vai eu calçar ponteira, meia sapatilha e qual não foi minha suspresa? A ponta estava lá, do mesmo jeitinho que há dez anos, com o mesmo equilíbrio. Então minha prima pediu que eu abrisse escala, e lá estava eu esticana do chão com aquela cara de "nossa, ainda consigo!".

Foi tudo lindo ontem, mas hoje minha musculatura resolveu me lembrar que eu não tenho mais 11 anos e que alongamento de vez em quando é bom. Resultado: estou moída. Preciso me mexer.

Friday, January 16, 2009

Sobre medo de trovão

A gente cria medo e trauma de cada maneira estranha. Pelo menos comigo foi assim. Todo mundo ri da minha cara porque não tenho medo de barata, rato, esses bichos nojentos e tal, mas morro de medo de trovão. E daí? Meu medo é uma longa história.

Começou quando eu tinha mais ou menos uns 17 anos e tava uma história de cair prédio adoidado. Todo dia era uma má notícia, e essa coisa de desabamento sempre mexeu muito com meu juízo (se é que tenho algum). O fato é que, lá por essa época, tive um sonho muito doido em que o prédio que eu morava estava caindo aos poucos. Assim: dava uns estrondos e, a cada estrondo, explodia e destruía um pedaço. Quando faltava um último pedaço desabar (justamente a parte em que eu estava), eu acordei com mais um estrondo. Tava caindo a maior chuvona lá fora, e os estrondos do meu sonho eram justamente os trovões. É aquela história do estímulo sensorial que entra ou desencadeia o sono. Tem algo do tipo no livro A Interpretação dos Sonhos, de Freud (muito bom, hein? recomendo).

O fato é que noiei com essa história pra sempre. A, desde então, trovão me dá nos nervos.
Tá caindo a maior chuvona lá fora to tipo: água no meio da canela. É impressionante como o Recife não tem a mínima infraestrutura (agora é coladinho, sem hífen. que feio!) pra receber dez minutos de chuva. E ainda ouvi um escrotinho dizer: "Isso é Santa Catarina lançando moda". Bleargh! Superdemaugosto! Extreeemo mau gosto.

A manhã aqui no escritório foi divertida. Todo mundo olhando de instante em instante pra ver se os carros já estavam flutuando na água. Eu espero que, na hora de sair, a coisa já esteja (ai! um trovão! detesto) mais tranquila (sem trema, letras não têm mais sardas) porque, se eu já dirijo estranhamente em dias insolarados, realize debaixo dessa chuva. Digo logo que morro de medo.

O bom é que aproveitei a hora do almoço pra tirar uma soneca, e nesse friozinho foi ótimo. Queria poder hibernar agora e acordar cheia de energia pra dar conta das (muitas) coisas que estão pendentes. Nada mal, né?

Thursday, January 15, 2009

Depois de mais de uma semana da última visita ao hospital (suspeitinha básica de dengue), o lugar onde o cidadão perfurou pra injetar o soro continua inchado, roxo e dolorido. E ninguém me venha dizer que é frescura, porque, se eu tivesse medo de agulha ou algo do tipo, não tinha um mói de tatuagem. Vôti! Parece que eu malhei loucamente depois de dez anos de sedentarismo e fiquei com o braço f*****. Logo o que eu mais uso pra escrever.

Depois das férias ensolaradas e radiantes, retornei ao processo de embarangamento mais uma vez. Voltei ao meu ritmo de trabalho di-cum-força e chego em casa um caco. Resultado: num faço nada, meu cabelo num vê um cuidadinho faz dias, minha chapinha deve estar com teia-de-aranha. As unhas tão um bagulho e minhas pernas... sem comentários. Todo mundo que me vê na rua faz: "O que é isso nas suas pernas?". Cheias de coisinhas e irritaçõezinhas cuja causa eu acho que descobri, já que num arrumei tempo pra ir à dermatologista: é o tal do Satinelle, tá cravando tudo que é pelo (é, agora não tem mais acento). Bem, o jeito vai ser deixar virar perna de caranguejo de novo e então apelar para a depilação tradicional num salãozinho com sala de espera e mulher falando besteira. Ai, ai, ai. Pelo menos tem revista Gloss pra eu ler (isso se eu não estivar ocupada lendo algo enquanto espero a tortura). Vai saber... Tem tanta coisa pendente que uma lista organizada e um dia 50% maior talvez não resolvesse. E tenho sido acometida por uma estranha preguiça que não me é costumeira e está boicotando meu projetos (que já são escassos, bichinhos). Ah... tem outro detalhe: minha sobrancelha tá parecendo uma fita isolante, num vê uma pinça desde o ano passado. E a história da academia morgou di-cum-força, mas tem o lado bom de tudo isso: tenho lanchado frutinhas (e um passatempo eventualmente) como nunca antes e nem estou achando tão ruim assim. Essa semana já comi um mói de maçã, uva, "jambre" e banana, não é legal? Até iogurte eu encarei, de tanto as meninas dizerem que eu vivo adoecendo porque só como porcaria.

Mas ainda tem um monte de coisas que eu preciso pôr no lugar e aproveitar esses mais de dois meses de férias da UFPE pra deixar de fazer corpo mole e funcionar como sempre funcionei. Deveria trocar Maysa e A Favorita por um mói de livro, mesmo durante as férias, mas esse grau de evolução eu ainda não atingi. É, a luta continua...

Monday, January 12, 2009

2009: o ano dos tranquilos

Àqueles que sempre ignoraram a existência do trema, a tranquilidade chegou para ficar. O problema é começar o ano deixando pra trás grafias com que convivemos (no meu caso) há mais de vinte anos. É escrever jóia em um dia e no outro ter de lembrar que não é mais jóia, e sim "joia". Fiquei pensando em Bechara, tão otimista, defendendo o Novo Acordo... E se ele for preencer um cheque (coisa que geralmente a gente faz no automático, mais atenta aos números que às letras)? Será que vai pôr "cinquenta reais" ou insistir nos pontinhos? Das mudanças que o Novo Acordo provocou na nossa ortografia, a queda do trema é a que mais me incomoda. Penso na criança que está se alfabetizando: como vai saber se pronuncia aquele "u"? Cada palavra vai exigir dele um pouco mais até que, pela memorização (e não pela lógica), vai distinguir os sons mudos dos pronunciados. Bizarro? Imagine a minha cabeça. Esse acordo já é realidade há mais de seis meses pra mim (e ainda não superei o trema). Já é realidade desde quando a única fonte de consulta de que se dispunha era uma cópia do documento oficial, todo datilografado e cheio de coisas esquisitas (nem errata tinha ainda). E aí, da noite para o dia, revistas exibem infraestruturas, ideias, autoestimas, autorregulamentações, anti-inflamatórios, etc. E eu leio as notícias e começo a viajar de novo... Nos livros didáticos "obsoletos" que foram inutilizados, das embalagens plásticas e de papel que também sairão de linha, de tudo que se irá desperdiçar para fazer valer o novo. Numa época em que se fala insistentemente em sustentabilidade (que, a propósito, continua com a mesma grafia), vamos derrubar mais árvores ou gastar mais polietileno para recepcionar o novo. E produzir mais... inclusive mais lixo!

Comunidade lusófona, fiquemos todos tranquilos: reflorestamento e reciclagem continuam sem hífen. Senão seria mais um obstáculo pra se pensar em "desenvolvimento" sustentável.

Saturday, January 10, 2009


As publicitárias juntas dois anos depois. Saudade de vocês, meninas. Companhia das manhãs no CAC.

Thursday, January 01, 2009