tag:blogger.com,1999:blog-387607962024-03-05T01:34:23.241-08:00(Nem) Freud Explica...e, se ele não explica, não serei eu quem vai fazê-lo.Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.comBlogger360125tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-54134664869164709012016-07-27T15:19:00.000-07:002016-07-27T15:19:47.373-07:00Cuidando do picumã em tempos de saberes colaborativosDo ano passado para cá, comecei a me interessar pelas rotinas capilares sem sulfato e sem shampoo não pelo intuito de segui-las, mas pelo interesse que eu tinha de estudar as relações de consumo. Enfim, visitei blogs, canais no YouTube e até entrei em um grupo do Facebook que tem a finalidade de reunir informações e oferecer ajuda às iniciantes nas técnicas. Essa busca me fez refletir sobre a quantidade de derivados de petróleo no nosso cabelinho, e terminei por eliminá-los da minha vida, além de reduzir drasticamente o uso de shampoo, optando por aqueles de formulações menos agressivas. <div>
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Nesse processo, a porta de entrada foram os blogs e grupos, mas, como pesquisadora, tenho essa característica de questionar, duvidar, fuçar, e terminei por seguir meu caminho estudando, buscando sites especializados, entendendo a formulação das substâncias. Contou a meu favor o fato de eu ter uma enorme simpatia por química (e ter sido boa aluna em 1900 e ensino médio), de modo que lia textos imensos com toda a boa vontade do mundo - e os entendia.</div>
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Há pouco mais de um mês, voltei ao grupo, agora como praticante de rotina shampoo leve, e fiquei bastante preocupada com as implicações dessa facilidade com que informações se criam e disseminam em ambientes colaborativos. A contribuição das blogueiras para as meninas que optam por uma rotina capilar livre de sulfatos fortes, silicones e derivados de petróleo é inegável, até porque muitas praticantes possuem pouca escolaridade e precisam aprender um troço um tanto complexo (como a composição de cosméticos para higienizar e embelezar os cabelos) numa linguagem acessível. No entanto, o risco de telefone sem fio é real, e eu vejo todo dia as consequências disso. </div>
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Um exemplo desse risco são as famosas "misturinhas caseiras". Longe de mim achar que só o que é produzido pela indústria cosmética tem credibilidade. Acho superválido, inclusive, quem substitui o shampoo por ingredientes naturais. Acontece que manipular substâncias já prontas é algo perigoso, porque há interações. Então, pegar um sabonete, derreter em banho-maria, misturar com óleo de coco e usar como shampoo é extremamente arriscado, não só pela interação entre as substâncias, mas também por fatores como temperatura, acondicionamento, etc. Tudo isso altera a composição original e consequentemente a funcionalidade, a durabilidade, etc. Além de o risco de alergias ser aumentado, você não poderá cobrar do SAC uma posição acerca de um produto que você "batizou".</div>
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Outra coisa que me incomoda é a moda do co-wash (não a técnica em si, eu a utilizo inclusive). A técnica consiste em lavar o couro cabeludo com um condicionador cuja composição não deposite resíduo nos fios (ou seja: sem derivados de petróleo e sem silicones). Os adeptos assumem que a composição do produto é capaz de higienizar o couro cabeludo desde que não haja resíduos dos "proibidões" que mencionei. Os condicionadores específicos para essa práticas contêm um agente limpante suave, como o cocoamidopropilbetaína (o famoso <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Anf%C3%B3tero" target="_blank">anfótero</a>). Isso é importante porque higienizar o couro cabeludo não é só remover resíduo dos produtos usados, mas também eliminar micro-organismos que podem causar uma série de problemas no couro cabeludo, alguns irreversíveis. No entanto, muitas pessoas têm utilizado condicionadores inespecíficos para esse fim. "Ah, se não tem silicones nem derivados de petróleo, então pode, né?" E, sem agentes limpantes, você corre o risco de apenas remover resíduos de produtos, mas manter fungos e bactérias, por exemplo. Algumas pessoas têm optado por comprar o "anfótero" e misturar a seus condicionadores para otimizar a detergência. Qual é a bronca? Manipulam-se duas substâncias cujas formulações podem não ser compatíveis ou cuja interação seja tóxica a seu organismo. </div>
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A terceira, e talvez a mais incômoda dessa jornada, é a imposição do consumo como único caminho para assumir cabelos crespos. "Tem que [sic] fazer cronograma capilar." "Tem que fazer reconstrução." "Tem que fazer umectação" "Tem que ter 'tal produto' no seu 'arsenal'." "Tem que..." Não, eu não tenho de fazer nada. Cronograma capilar não é uma necessidade. Estar com a cabeça carregada de cremes não é um pré-requisito para ter cabelos bonitos. Você não precisa usar óleos no cabelo se não quiser (eu, por exemplo, detesto!). Você não precisa se preocupar com o desejado day-after (o dia após a lavagem, em que, se finalizado com um bom produto, o cabelo acorda ok e não precisa lavar novamente para remodelar os cachos). Eu, por exemplo, gosto de lavar todo dia, mas já li que água demais faz mal (oi? entupir o cabelo de substâncias faz bem, água faz mal, senta lá, Cláudia!). Um dia queriam me convencer a fazer uma reconstrução a pulso, mesmo eu sabendo que meu cabelo é absolutamente saudável, sem química nem danos mecânicos. </div>
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Então, para minhas amigas que estão começando nas técnicas (sem shampoo ou shampoo leve), meu conselho é: estudem como é seu cabelo e seu couro cabeludo e se observem. Observem-se muito porque nem tudo que funciona com a menina do grupo que tem cabelo feshoso vai funcionar com você (eu, por exemplo, passo mais de um ano com um creme de pentear porque se eu puser mais que o tamanho da minha unha o cabelo fica um grude). E encarem essa vivência como uma oportunidade de consumir de forma minimamente consciente, de entender a composição do que você põe na sua cabeça (assim como no seu prato ou na sua pele) ou mesmo de pressionar a indústria cosmética por repensar suas fórmulas (a retirada de parabenos de algumas formulações é um exemplo disso). A quem frequenta salões, é um oportunidade de discutir com seu profissional tudo que será colocado no seu cabelo. Afinal, estamos falando do nosso corpo! </div>
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Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-8225522859307592792015-07-31T09:21:00.002-07:002015-07-31T09:21:24.611-07:00A abominável e tenebrosa "Indústria de Multas"De tempos em tempos, sinto que o Face se transforma num repositório de mimimi, aí eu preciso dar uma fugida pra cá, para espairecer um pouco. Hoje é um desses dias. Tava froids lá pelo Face, precisei sair de casa algumas vezes e pronto: foi o suficiente pra eu me engasgar.<br />
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Esta foi uma semana recheada de salas de espera. Numa dessas, leio uma reportagem de um dos jornais locais sobre a instalação de sensores em duas importantes vias do Recife, buscando inibir excesso de velocidade, fechamento dos cruzamentos, avanço de sinal, parada sobre a faixa de segurança, entre outras infrações. E, claro, meu lado masoquista não resistiu e fui ler a página de comentários. Ainda bem que não tava de estômago cheio, mandaria um raulzão na certa. Não demorou muito para a expressão "indústria de multas" povoar um sem-número de comentários. E, mais uma vez, uma equação que nunca fecha se desenhou na minha cabeça: se você não infringe, por que haveria de temer multas?<br />
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Vamos lá: a gente sabe que a gestão das nossas vias deixa muito a desejar, que a carga tributária não é diretamente proporcional às melhorias das nossas estradas, a segurança pública tá um f*rico e, o mais grave, que o problema não está circunscrito à esfera da ineficiência, mas também da ética. Parece coerente falar em "indústria de multa" quando a gente se depara com N relatos de multas indevidas (que, como nunca me aconteceu, nem sei como funciona, nem tenho argumentos para julgar).<br />
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Mas e o cidadão? Onde ele vive? De que se alimenta? Pois é. Sempre que essas discussões intermináveis rolam, eu fico me perguntando como o cidadão se vê nesse emaranhado de agentes. Ou você acha que o carro se liga e sai andando pelas vias públicas à revelia dos seus proprietários? Por enquanto, um condutor é imprescindível (tem umas tecnologias aí, né?). E quem é esse condutor? E mais: como você se vê enquanto condutor?<br />
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A minha reação quando eu soube que instalariam mais um mói de sensor da "indústria de multas" foi: ok, próxima notícia. Porque me parece tão óbvio que a multa é uma punição por infração, logo quem não infringe ___________ (complete a sentença da forma que julgar mais coerente). Você poderia argumentar que, sim, multas indevidas chegam à casa do condutor (e, claro, isso é um aspecto disfuncional), mas você quer me dizer que todas as multas que chegam à casa do condutor são indevidas, fruto de corrupção, "se-colar-colou"? Você quer argumentar que as estatísticas sobre acidentes motivados por excesso de velocidade, ultrapassagem de semáforos e atos de imprudência diversos são invenção da cabeça mirabolante do Poder Público? Você sustenta o argumento de que, se você respeita os limites de velocidade da via, respeita sinalização e conduz com prudência, a instalação desses sensores vai mudar algo na sua vida?<br />
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Pois bem, eis o que esses sensores mudarão na minha rotina: NA-DA. Não se trata de lamber o próprio saco e pagar de cidadã exemplar, porque eu odeio isso (e tô longe disso), mas como cidadã sempre me pareceu cretino que eu precise ser vigiada para cumprir aquilo que é tão-somente meu dever. Por isso, sensor nunca afetou minha vida... Okay, me sinto incomodada com a instalação de sensores em determinados sinais com histórico de assalto, mas penso que avançar sinais nessas vias não deveriam ser a solução, mas, sim, rever a segurança nesses locais. Ou seja: cobrar ações efetivas de segurança, em vez de cobrar o fim da "indústria de multas".<br />
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Isso não significa que estou passando a mão na cabeça do Poder Público e legitimando as sandices que têm operado nas nossas vias, mas acho que não custa pedir encarecidamente que toda vez que você vir o trânsito parado, "indústria da multa" crescendo e oprimindo cidadãos de bem que sempre respeitam os limites de velocidade, coloque-se na posição de cidadão e pergunte-se em que está contribuindo pra essa m**** toda.<br />
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Pra finalizar, ontem à tarde tava indo ao médico (de busão, porque eu não tô feito corno pra ir àquele balaio de gatos que é Ilha do Leite de carro e ficar mendigando um espaço pra estacionar) e atravessei uma das vias com facilidade porque ela estava completamente parada. Olhei para a frente e percebi que o sinal estava verde, mas ainda assim os carros não circulavam. Mais adiante (eu andava, eles não), percebi que, quando o sinal da transversal ficava amarelo, os carros, em vez de parar, aceleravam e, com isso, fechavam o cruzamento. O trânsito no Recife é assim: cada um que salvaguarde seu c* em detrimento dos outros. Com isso, o sinal fechava, mas o cruzamento estava fechado, e a outra via não avançava nunca. Pensei: seriam esses mesmas pessoas que fecham o cruzamento sem o menor peso de consciência que reivindicam o fim da indústria de multas? Pois meus mais sinceros votos de: multa nelas! E muita, pra deixar a canalhice de lado. E só um toque: se não existissem ladrões, não existiriam cadeados. Pense nisso antes de esbravejar contra o próximo avanço da indústria de multas...<br />
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<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-24178228771913470612015-06-16T11:19:00.002-07:002015-06-16T11:27:10.266-07:00Maternidade voluntária?Eis que do nada me deparo com <a href="http://www.geledes.org.br/e-imoral-que-o-brasil-nao-defenda-a-maternidade-voluntaria/#gs.c8fc85f29a404f4d9a96792c99a9c7b1" target="_blank">este texto</a> sobre maternidade voluntária. Eu leio zilhões de textos não acadêmicos sobre direitos reprodutivos, sigo muitas páginas de feminismo no Face e fatalmente esse tema circula pela minha TL inúmeras vezes por dia. Mas este especialmente me chamou atenção pela expressão <b>maternidade voluntária</b>, que me soou como um soco no estômago. Porque não, a maternidade não é voluntária, não há espaço para a maternidade voluntária na nossa sociedade, e esse incômodo que sinto está longe de se restringir à questão do aborto.<br />
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Explico: não quero ter filhos, mas não gostaria de algum dia na vida precisar praticar um aborto. Embora seja totalmente a favor do direito à interrupção, eu não gostaria de fazê-lo por motivações pessoais (mais precisamente, religiosas), que não cabem ao Estado. No entanto, não sou respaldada na minha escolha, e isso não se restringe ao aborto, mas à própria decisão de não ter um filho. Já perdi as contas de quantos médicos se recusam a implantar um DIU em mulheres que nunca pariram. O motivo? "Pode" causar uma pequena lesão no colo do útero, "podendo" impedir uma gestação futura. Então, diante dessa "possibilidade", não bastaria assinar um termo de consentimento (daqueles que a gente assina quando vai fazer exames que "podem" causar 94848595848 complicações bizarras)? Não, a mulher não é senhora do seu corpo, e como tal não pode assumir os riscos da decisão que toma. Esterilidade permanente também é outra condição que compete ao Estado. Minha mãe estava grávida de mim quando se deparou com a notícia de que ficaria viúva em pouco tempo. Então, ela estaria sozinha numa jornada que dura apenas a vida inteira, numa responsabilidade perene. Minha mãe pôs os consultórios abaixo pedindo para realizar uma laqueadura após o parto, demanda que os médicos recusavam porque ela "precisava ter no mínimo três filhos". Um gozadinho ainda teve o desaforo de dizer que ela estava cometendo crime de "lesa-pátria". Observem: ela "poderia" vir a casar novamente, ela "poderia" vir a querer ter outros filhos, mas o que deveria vir ao caso não deveria ser o que ela queria? Naquele momento, ela queria a esterilidade permanente. Mas o nosso querer não basta...<br />
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O discurso é sempre o mesmo: um dia você PODE vir a querer filhos. Como se não bastasse a crença de que a maternidade é o único curso de ação possível e imaginável na vida de uma mulher, ainda há a crença de que eu não posso decidir sobre meu corpo. Penso que se um dia uma mulher opta pela esterilização permanente e se arrepende, o peso desse arrependimento é algo que só compete a ela (e no máximo a seu companheiro). Então, por que o arbítrio não compete a ela? Sinceramente, até hoje não me foi dada uma explicação convincente.<br />
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Enquanto isso, mulheres que não desejam ter filhos seguem uma vida inteira tomando hormônios sintéticos e lidando com suas complicações (muitas vezes varridas para debaixo do tapete por grupos de interesse - que não são poucos). Que algumas mulheres optem pela pílula ou o preservativo (ou os dois) quando a não maternidade é uma condição provisória, quando em determinado momento desejam interromper essa condição e reproduzir, me parece absolutamente razoável. Mas quem assegura os direitos reprodutivos daquelas que vislumbram a não maternidade como uma condição permanente? A indústria farmacêutica, com seus hormônios sintéticos, de quem serão reféns até a menopausa, lucrando complicações vasculares, mastalgias, enxaquecas e os inúmeros efeitos colaterais das pílulas?<br />
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Não, a maternidade não é voluntária. E a não maternidade é uma condição subversiva pela qual muitas vezes pagamos com a nossa saúde ou mesmo com a nossa vida. Não venham me falar em maternidade voluntária quando a maioria das portas estão fechadas para nós.<br />
<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-75239213825923446612015-02-04T09:09:00.000-08:002015-02-04T09:09:04.334-08:00Meu amigo "veadinho" e os bem-intencionados do nosso círculo socialO <a href="http://www.gogojob.com.br/2015/02/04/gogojob-declara-repudio-a-discriminacao-em-vagas-de-emprego/" target="_blank">caso GogoJob</a> me deixou bem feliz com a postura do portal (sobre ficar triste com a postura da agência, não me surpreendi, sou professora de Administração e trabalho há algum tempo com meus alunos as armadilhas dos discursos bonitos de "gestão de pessoas"). Mas a discussão me trouxe a lembrança de uma situação que vivenciei ano passado. Num salão, tava eu lá conversando com uma das profissionais quando ela me contou que lá não havia um cabeleireiro gay porque o dono era evangélico e acreditava que admitir um profissional com esse perfil iria de encontro à sua religião.<br />
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E continuou: "O pior é que tem muita gente aqui que acha que ele tá certo, sabia?"<br />
Eu, estarrecida: "Como assim?!"<br />
Ela: "Quase batem em mim quando eu disse que queria ter um coleguinha 'veadinho', que adoraria ter um 'veadinho' aqui, esse ambiente de trabalho ficaria bem leve e engraçado. Eu queria um 'veadinho' aqui pra animar nossos dias"<br />
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Respirei fundo. Era só o que eu conseguia fazer naquele momento.<br />
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Esta talvez seja uma das formas mais bizarras de lidar com os LGBTs: como ferramenta, instrumento, meio pra qualquer coisa. Eu poderia dizer: "Amiga, não é bem assim, o seu coleguinha gay, se aqui trabalhasse, teria as mesmas funções que você, seria cabeleireiro/maquiador/esteticista, e não palhaço. Não tá aqui para 'animar' o dia de ninguém". A frase, apesar de "bem-intencionada", tem algo de perverso.<br />
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Nessa linha de pensamento "bem-intencionado" (nunca ouvi frase mais sábia do que "o inferno tá cheio de bem-intencionados"), lembrei da declaração de um conhecido que um dia quase me fez vomitar: "Eu não tenho nada contra gay. Eu acho ótimo que 'minha mulher' [ele deve ter comprado uma] tenha um amigo gay, porque aí ela não me perturba com os problemas dela. Quando ela vem me encher com os problemas, mando ela conversar com o amigo 'veado' dela, porque ele não corre o risco de comer ela mesmo...". Eu nem vou entrar no mérito da qualidade da relação que ele cultiva com a esposa dele (segundo meu bophe, pra esse tipo de homem, mulher é tão somente a parte da b*ceta que ele não come). Mas tratar o gay como um bichinho de pelúcia (porque nem bicho de estimação deve ser tratado dessa maneira) ou a Barbie da sua companheira é no mínimo estupidez.<br />
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Queria dizer que, se você acha que tá contribuindo para a dignidade do LGBT com esse tipo de postura, você tá fazendo isso errado, amigue. Sobretudo porque a dignidade dessas pessoas passa pela atitude simples que é vê-la como igual a você, olhar o ser humano antes da orientação sexual, e não o contrário. Isso parece muito óbvio, mas não entra na minha cabeça que em pleno século XXI saber com quem A ou B vai pra cama seja um critério para definir que papel aquele indivíduo vai ocupar na sociedade. Se mais intimidade tivesse, diria à moça do salão "Amiga, gay não é palhaço e não tá aqui pra te fazer rir, o nome do que você procura é 'cócegas', qualquer criança pode fazer isso por você". Ao conhecido, mandaria confiar mais no próprio pau. No dia em que meu bophe precisar que eu só me relacione com pessoas que não correm o risco de comer, eu mando ele procurar um psiquiatra, não uma companheira. Aliás, companheiro é tudo que o cidadão da história não é. Mas isso é outra - e longa - história...Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-5707434776668668892014-12-02T18:32:00.001-08:002014-12-02T18:32:10.516-08:00Carta a AndressaAndressa,<br />
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Não a conheço, no máximo devo ter ouvido seu nome nesses programas de fofoca que vivem de urubuzar a vida alheia. Mas foi com muito pesar que recebi a notícia de que você foi parar na UTI por um procedimento estético malsucedido. Foi com igual pesar que vi noss@s semelhantes lhe negarem solidariedade e ainda culpá-la pelo sofrimento pelo que tem passado e por uma única razão: porque você agiu movida por um tal "culto à estética", por isso merece um coma. Parece absurdo, não é?<br />
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Não sabia precisar se meu pesar era como cristã, como feminista, como pesquisadora ou simplesmente como ser humano. Mas é como mulher igual a você que me solidarizo e que estimo sinceramente suas melhoras, que você saia dessa, que você seja poupada de um fim trágico ou de uma sequela. Porque da língua ferina você não será, não está sendo poupada. Porque muitas de nossas semelhantes estão neste momento assinando embaixo de toda essa manifestação de preconceito e moralismo raso que só empobrecem nossos direitos.<br />
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Andressa, seu corpo é seu. E pouco me importa se "você ganha a vida mostrando a bunda", como li alguém bradar muito arrogantemente por aí. Isso não te faz menos humana, menos digna de solidariedade, menos dona do seu corpo. O que me entristece, para além da dor de sua família, é também saber que toda essa opacificação da solidariedade se justifica por uma crença profundamente arraigada: a de que o nosso corpo é um domínio público, sobre o qual gente que nunca nos viu na vida se acha no direito de opinar. Além disso, a estética é ao mesmo tempo cultuada e demonizada na nossa sociedade. É meio estranho entender porque as pessoas nos julgam se estamos fora do padrão e nos julga se tentamos aderir a um padrão. Como se não bastassem se acharem no direito de exercer um poder sobre nós, el@s nos fazem da maneira mais controversa possível.<br />
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Gostaria de lembrá-la de que as mesmas pessoas que vão ensinar aos seus filhos que eles devem ser felizes com a sua profissão e escolher um ofício que lhes dê realização também vão censurar a sua profissão. Muitos serão hipócritas ao se deleitar com a imagem de seu corpo numa revista ao mesmo tempo que a censuram pelo oficio que escolheu. Por fim, gostaria de dizer que desejo não só suas melhoras, como que você fique boa, sem sequelas inclusive estética, porque desejo que você seja feliz e bem-resolvida com seu espelho, que você cultive (ou cultue) sua beleza dentro do padrão que você escolheu, porque - nunca é demais lembrar - seu corpo é seu!<br />
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Não por acaso, a música dos Titãs "O Pulso" cita hipocrisia como doença. Por isso, desejo melhoras. Não só a você, pelo seu estado físico, mas à nossa sociedade, por essa mazela, que já se enraizou.<br />
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Macabea<br />
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<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-64705190450319880662014-11-02T12:10:00.000-08:002014-11-02T12:10:23.899-08:00A vida aos olhos de um pessimistaSou pessimista. Sempre fui. Não sei precisar se pessimista de nascença ou de vivência, mas pessimista. Convicta. E, acredite, não vejo problema nisso. Não acho um defeito, a menos pelos outros. É isso. Sabe aquela história de que o problema são os outros. No caso de um pessimista, isso é a mais pura verdade. Não me levem a mal, mas o problema do pessimista são os outros (ou seria o grande Outro?). Não os outros você, minha mãe, meu amigo, colega de trabalho... não. Os outros no coletivo. Explico: não é fácil ser um pessimista. Aí você me diz que sou incoerente por ter dito há pouco que não via problema nisso. Pois é: eu não vejo, outros veem.<br />
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Não é fácil ser pessimista num mundo de otimistas. É duro porque eles parecem ingênuos e é duro porque eles não hesitam em recriminar quem ousa não acreditar nisso. Os otimistas também não têm culpa: somos socializados num mundo em que o fracasso é recriminado, a felicidade é perseguida (seja lá o que ela signifique, porque em cada sociedade ela significa algo distinto), tudo pode, deve, precisa dar certo, dar certo sempre. Então, ser otimista é padrão, ser pessimista é o desvio.<br />
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Eu não gosto de otimismo. Acho muito mais que ingênuo, acho conivência nossa com esse imperativo do sucesso absoluto, desumano com quem não é sempre bem-sucedido (ou seja, todo ser humano normal fora de uma rede social). Eu me sinto profundamente subestimada em minha capacidade de juntar duas premissas e elaborar uma conclusão quando um indivíduo me chega e diz "tudo vai dar certo" sem um argumento minimamente plausível que justifique essa crença. Isso me lembra aquela velha frase-feita (cujo autor desconheço, perdoem) de que todo otimista é um pessimista mal-informado. E que, para mim, faz todo o sentido.<br />
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Pois bem, aonde eu quero chegar com isso? Lugar nenhum. Apenas mostrar que o pessimismo é só mais uma forma de ver o mundo. Não vou ficar horas aqui divagando sobre o mapa cognitivo de um pessimista, apenas ressalvar que, como toda visão de mundo, esta é legítima. Portanto, parem de tratar o pessimismo como um mal a ser combativo e olhar o pessimista como um infeliz, a sua visão de mundo como uma sentença de infelicidade. Porque daqui, do meu cantinho, eu observo o otimista e todo o seu discurso de livro de autoajuda e me pergunto como esse indivíduo lida com a frustração. Se nós, pessimistas, lidamos melhor com ela? Não sei dizer. Apenas posso garantir que, em todas as nossas projeções, ela está ali, como uma real possibilidade. Se isso nos habilita a conviver melhor com ela, isso já é outra história...Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-20765702823199796702014-01-18T09:45:00.000-08:002014-01-18T09:45:00.674-08:00Antirrábica [des]humanaCerta vez, assisti na TV uns veterinários protestando contra a total ausência do Poder Público quanto às medidas de imunização contra a cinomose, uma doença que causa muito mais sofrimento. ao canino do que a raiva. Segundo ele, os representantes do Poder Público alegava que a cinomose não era transmissível aos humanos, não representava um risco para nós e, por isso, não se imunizavam os cães. Fiquei chocada com tamanho antropocentrismo, com esse pressuposto ridículo de que nossos direitos estão acima dos direitos de quaisquer espécies.<br />
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Pois bem... esta semana, cheguei à universidade e fui recebida por uma gatinha que sempre está lá em frente ao centro onde estudo. Ela fica sob os cuidados de um senhor que vende lanches em frente ao prédio. Cheguei lá, falei com ela, ela miou para mim e fiquei alisando, enquanto ela passava a cabeça na minha mão. Num determinado momento, ela me mordeu com força, fazendo um corte meio profundo na minha mão. O senhor me informou que ela era vacinada, que não havia perigo. Mas as pessoas começaram a me botar terror dizendo que animais vacinados não desenvolviam a raiva, mas podiam transmiti-la e... bem, eles venceram: fui a um posto de saúde tomar vacina.<br />
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Foi nesse momento que me deparei com um discurso surreal. A médica disse que os animais da universidade eram um estresse na vida dela, pois estavam sempre fazendo vítimas. Que a federal era um caso de saúde pública, pois estava repleta de animais por toda parte atacando pessoas (pensei que ela estivesse falando de hooligans, mas não, era de animais). Que o "pessoal da defesa de animais" fazia "um trabalho muito bonito", mas que eles não sabiam do risco que aquele tanto de cães e gatos soltos por aí blá bá blá Que já tinha mandado a carrocinha ir lá na universidade uma vez recolher certa cadela, mas que os professores e alunos fizeram um paredão e impediram (ufa!).<br />
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Então, disse que o ideal seria chamar a carrocinha para recolher a gata. Disse-lhe que a gata estava todo dia no centro onde estudo, que eu podia observá-la todo dia sem a submeter a nenhum tipo de sofrimento. Ela então pediu que eu levasse a gata para minha casa e a observasse. Disse-lhe que ela ficava sob a responsabilidade de um senhor, que ele é muito apegado a ela (e ela a ele), que a gata sentiria falta do cantinho dela (na árvore onde ficam sua água e ração).<br />
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Saí de lá com ódio dessa médica. Ela dizia aquele horror todo como se estivesse falando a coisa mais normal do mundo, como se a carrocinha fosse uma coisa boa, como se colocar a nossa saúde acima dos direitos dos animais fosse algo justo e legítimo. Saí de lá com nojo de todo esse discurso. Cheguei à universidade, conversei com o dono da gatinha, ele me disse que ela passava a noite na universidade sozinha, mas que durante o dia estava sempre lá, sob os cuidados dele. Que ela estava vacinada e com toda a documentação em dia. Que uma veterinária voluntária lá da universidade rural prestava assistência à gatinha, ia sempre lá, vacinava, cuidava... aquilo me deu um alívio: o mundo não é só feito de egoístas.<br />
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Quanto à minha mão, tomei antirrábica "humana", amanhã tenho a segunda dose, e todo o grande infortúnio será passar quinze dias sem beber (depois dos cinco meses de celibato pós-isotretinoína). Infortúnio pouco para punir uma pobre gatinha com um destino tão [des]humano.<br />
Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-63578660597408206122013-09-27T07:59:00.000-07:002013-09-27T07:59:47.933-07:00Terceiro mês: coisas estranhas acontecemOntem comecei o terceiro mês, e logo no início da semana marquei uma consulta com o dermatologista. É que no sábado me apareceram manchas vermelhas na pele, que pareciam uma rubéola. Foi para na emergência, onde uma médica supercompetente (SQN) disse que eu tinha brotoejas. Meu namorado me alertou para o fato de que as manchas apareceram após um rodízio de massas e que aquilo poderia ser uma reação aos queijos, embutidos, etc. O fato é que o fígado anda sobrecarregado e precisa de carinho, né? <br />
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Precisei aguardar a segunda-feira, já que a competente da emergência sequer solicitou uma coleta de sangue pra ver a quantas andava meu fígado. E, sim, eu avisei a ela do tratamento. Na segunda cedinho, fiz os exames de sangue e tratei de conseguir um encaixe com o dermatologista. Para meu alívio, todo certo com o figadinho, o colesterol já esboçou melhora, os primeiros resultados do acompanhamento nutricional já aparecem...<br />
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Quanto à pele, ele disse que era uma intoxicação alimentar, que se agravou porque a pele está muito ressecada. Me passou um hidratante e disse que o tratamento estava dando resultados excelentes. Perguntei a ele porque não ocorreu a fase a piora na minha pele. Sério mesmo: em todo esse período, tive apenas três espinhas, sendo duas no rosto e uma no colo. Ele disse que só 30% das pessoas tinham essa piora. Oi? Não entendi nada. Todo mundo que conheço relata esse tipo de reação. <br />
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Pois bem, eis que na terça apareceu uma espinha abaixo do lábio e hoje apareceu outra no queixo. Pequenas e tal, mas apareceram... Às vezes tenho a sensação de que toda vez haverá espinhas na segunda metade do ciclo menstrual, mesmo depois do tratamento. <br />
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O que estou sentindo é que em algumas regiões do rosto tá tudo áspero. Não sei explicar o que é, mas dá uma agonia quando vou lavar o rosto. Eu imagino que seja aquela fase em que a pele cai todinha pra nascer uma novinha e acetinada. <br />
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A ansiedade pelo término só aumenta. Até agora, não tive nenhum daqueles efeitos colaterais bizarros, só me incomoda o lábio mesmo. Mas são pequenas coisinhas de ordem estética e prática que me incomodam:<br />
- Dirigir no sol é um saco, mas não posso usar óculos escuros, já que não posso usar lentes de contato.<br />
- A faltas das lentes é algo muito desagradável, porque às vezes quero sair bonitinha. Também odeio fazer ballet de óculos.<br />
- Eu amo batom matte, mas tentei usar um e consegui ficar no máximo alguns segundos. Aliás, quem tem substituído balm por batom tem minha admiração, porque eu não consigo. Tem que ser balm e potente! Nívea ou aqueles bonitinhos da Quem Disse Berenice? são sugados pela pele em questão de minutos.<br />
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No mais, tudo indo. Honestamente, o grande efeito colateral que tenho sentido é financeiro. Até agora, já se foram duas bisnagas de filtro solar, dois bastões de balm, três potes de hidratante, dois de lágrima artificial e uma bisnaga de creme para a região dos olhos.Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-77211532747471977732013-09-09T13:26:00.000-07:002013-09-09T13:26:05.052-07:00Meu corpo é só meu (pelo direito de fazer - ou não - uma dieta)Muito se discute sobre a ditadura da magreza: ela é perversa, impõe um padrão difícil de ser atingido, desmerece quem tá fora desse padrão (que por acaso é maioria), cria patologias (ana, mia e suas coleguinhas do mal) e zzZzZzzzZZzz... so so boring. O que parece legítimo é o direito de dar pitaco (em casos extremos até arbitrar) sobre o corpo alheio, mais comumente o feminino.<br />
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Por que decidi falar a respeito? Bem, poderia dizer que não tenho problemas nesse sentido se eu não fosse extremamente intolerante com essa prática de a sociedade achar que o corpo alheio é alvo deliberação pública.<br />
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Já falei aqui que semana passada estive na nutricionista. Eu queria ir há tempo, mas com os efeitos do tratamento de acne tomei vergonha e botei a coisa em prática. Lá naquele consultório eu vi o quanto não tô bem com meu corpo. Primeiro, não me sentia à vontade para tirar o casaco. Depois, um certo mal-estar ao subir na balança. Mas o pior de tudo foi levantar a blusa para medir as circunferências da cintura, do quadril e da barriga (aquela pochetezinha que insiste em habitar meu ser). Mas eu tava ali pra isso, e só eu sei o quanto me custou fazê-lo. Ali, como eu desconfiava, estava todo o problema: desproporções bizarras e acúmulo de gorduras em regiões onde elas não deveriam estar. Conversamos a respeito, a consulta foi longa, vimos o tanto de hábito errado que eu precisava consertar, e eu saí de lá com a certeza de que não seria fácil, mas eu precisaria tentar.<br />
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Mas a parte mais difícil para mim não está no plano alimentar, e sim social. Está no julgo alheio. Está na colega que afirma categoricamente que você não precisa perder peso. E afirma como se você estivesse desprovido de suas faculdades mentais, incapaz de conceber o que é melhor para sua autoestima. Quem o faz não o vê como problema, é uma prática tão legítima! Quem o ouve muitas vezes acha legal, sente-se lisonjeada. A verdade é que, embora pareça grosseiro, se você não vê problema algum no corpo da colega, isso não lhe dá o direito de julgar se são reais ou imaginários os problemas que ela vê. Ela simplesmente o vê. Já parou pra pensar que cabe a cada um decidir sobe seu próprio corpo?<br />
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Como boa profissional, a nutricionista disse que eu já sou magra, quantitativamente falando, mas se desejava emagrecer, por razões estéticas, que era justo e legítimo. Disse-me um limite: abaixo daquele peso, poderia comprometer meu estado nutricional. Qualquer intervalo entre meu peso atual e o limite mínimo estava liberado, conforme minha vontade (eu queria perder 4 kg, só poderei perder 2 kg). E lá começamos a programar os próximos passos. Curiosamente, não ouvi nenhuma menção a virar "saco de osso", "alegria da sopa" ou a meu namorado perder o tesão porque "homem não é cachorro para comer osso". Também não me lembro nenhuma menção a "ficar anoréxica" (mudar hábitos alimentares, reduzir/cortar porcarias, fazer atividade física deixa as pessoas anoréxicas; bom mesmo é comer Mc oferta todo dia) ou "ficar com cara de doente". Pois bem, sem julgar minhas motivações, ela programou meus próximos 40 dias e quer me ver de volta - sem a barriguinha (essa que afirmam não existir e que é fruto da minha imaginação). Se vai dar certo, eu não sei. Só sei que estou disposta a mandar à m**** quem insistir em questionar minhas motivações. <br />
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<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-84721640551867917912013-09-04T09:24:00.001-07:002013-09-04T09:24:24.179-07:0035º dia para a frente: retrocesso?Entrei no segundo mês do tratamento com uma sensação estranha: parece que houve um retrocesso. No 35º dia, notei que minha pele amanheceu oleosa. Estranho, pois não esqueci de tomar o remédio nem de fazer todas as coisas nos conformes. De lá para cá, não que meu rosto tenha virado um ovo frito, mas a quantidade de cravos que havia no nariz, que tinha reduzido, e repente e multiplicou. Daí quando eu saio do banho quente e olho no espelho, eles parecem pular pra fora do rosto. Mas não dá pra espremer, pois qualquer toquezinho deixa marca na minha pele. O surgimento de "crecas" pelos braços e pernas parou quando reduziu a coceira. Também do pescoço para baixo, minha pele reduziu o ressecamento. É como se, de repente, eu tivesse parado de tomar o remédio.<br />
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Mas o que me intriga mais é a questão do surgimento de espinhas no início do tratamento. Já passei do 40º dia e até agora nasceram duas espinhas no rosto e uma no colo. E nasceram bem no comecinho. Até a nutricionista se surpreendeu porque ainda não passei pela fase tosca de botar tudo pra fora. Não sei se é porque estava passando tretinoína no rosto antes de começar o tratamento e fazia pouco tempo que a tosquice facial tinha acontecido. Vai ver que já tô limpa. Mas sei lá: quase todo mundo que toma a decisão de tomar isotretinoína sai de uma longa história mal-resolvida de uso de ácido. Eu queria muito que não nascessem, que minha pele virasse um pêssego e prio, porque a cicatrização é péssima com esse remédio e tudo que aparece vira uma mancha rosca tosca. (Desconfio que no fim do tratamento terei de mergulhar numa piscina de hidroquinona pra apagar esse tanto de cicatriz.)<br />
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Na semana passada, visitei a nutricionista. Fui por insistência, porque o dermatologista achou normal o LDL ter subido pra 141, mas eu prefiro prevenir infortúnios. Ela achou precipitado entrar numa substância tão pesada sem antes rever alguns hábitos nutricionais, mas enfim... cada profissional vê o fenômeno sob o ângulo da sua formação, digo isso todo dia pros meus alunos: "toda visão de mundo é parcial, galera". Ela cortou o leite da minha alimentação, pois disse que o leite desnatado é hiperandrogênico, logo pode estar relacionado ao surgimento de hirsutismo e acne (coisas que me acompanham desde a adolescência, já levei até nome de mulher barbada). Ela disse que, quando tomamos isotretinoína, precisamos ter o cuidado redobrado com o intestino, pois se a eliminação não se der corretamente você pode reabsorver substâncias muito tóxicas que ficam retidos. Daí o remédio pode causar constipação (assim diz a bula) e, para alguém que já sofria do mal (como eu), isso pode causar danos ao fígado e ao intestino.<br />
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Ela não propôs dieta, não cortou alimento algum (além do leite desnatado), mas disse que eu precisava tratar o intestino o quanto antes. Os derivados de leite foram liberados (nem preciso dizer que é com moderação - tudo que se come deve ser com moderação), pois ela disse que a bronca mesmo é o soro. Estou no meu terceiro dia sem leite e prestes a endoidar (foram 31 anos ingerindo uma média de 1l/dia), mas nos próximos exames vou ver o que os resultados me dizem.<br />
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<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-27834562050594647402013-08-23T10:12:00.001-07:002013-08-23T10:12:28.250-07:00Dias difíceis à vistaOs primeiros indícios de que o tratamento será doloroso começaram a aparecer. Os lábios, que eram apenas ressecados, começaram a arder. Foi meio que do nada. Fui dar aula na manhã de sábado, larguei ao meio-dia e, depois de um cochilo pós-almoço (com Epidrat nos lábios, claro), acordei com eles ardendo. Quando olhei no espelho, vi que tinha umas pequenas bolhinhas vermelhas, semelhantes a uma rubéola, e entrei em pânico. É que, independentemente do tratamento, sofro muito com aftas e lesões nessas mucosas e já cheguei a ter 33 aftas ao mesmo tempo. Nesse dia, perdi o bloqueio com gosto/cheiro/textora horríveis do bepantol e passei nos lábios antes de dormir.<br />
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Acordei melhor da ardência e sentindo menos atritos das bolhinhas ao passar um lábio no outro. Mas elas continuaram ali, só que discretas. Com o passar dos dias, elas estavam lá, mas sem incomodar muito. Justamente na quarta-feira, parece que elas só esperaram o fim da minha consulta com o dermatologista para pipocar de vez. De lá até hoje, minha boca está praticamente na carne viva. E, pelo que eu li nos blogs da vida, a tendência é piorar. Isso simplesmente me desespera, porque, sério, incomoda muito. Tenho dormido de Bepantol (porque usar aquilo durante o dia não rola), mas durante o dia me viro com o Epidrat. Descobri uma coisa que acalma a pele um pouco. Tiro o balm com um guardanapo/lenço de papel macio e passo um algodão umedecido com água bem gelada. Dá um alívio passageiro e a pele respira um pouco do excesso de balm.<br />
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Hoje também senti que meu humor tá meio irritável. Não sei se posso atribuir ao remédio, já que tenho uma discreta TPM. Bem discreta mesmo, de modo que às vezes nem percebo. Daí não dá pra dizer que é o remédio.<br />
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O alerta do meu namorado começa a vir à tona: ele sempre me dizia que tinha medo de quando começasse aquela fase do tratamento em que você vira baranga porque presumia que isso pesasse mais no meu emocional que os efeitos físicos. Ontem os primeiros sinais apareceram, e a ficha caiu quando tentei beijá-lo e não consegui porque os lábios ardiam. Meus cabelos estão uma palha e, se antes eu ainda arriscava um batonzinho por cima do balm, agora nem isso. Ando por aí de cara lavada e cabelo ressecado. Daí quando você se lembra que a tendência é piorar, dá um desânimo. Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-84691366393898564172013-08-21T13:09:00.001-07:002013-08-21T13:09:17.212-07:00Encerrando o primeiro mêsO primeiro mês de isotretinoína encerra amanhã, e minha visita ao dermatologista foi hoje. Mas o grande susto mesmo foi semana passada: embora estivesse dentro do previsto, meu colesterol LDL subiu muito! De 104 (que já não andava essas coisas todas), foi para 141. O triglicerídeo, que eu esperava aumentar, permaneceu lyndo, e meu fígado anda um amor. Mas, convenhamos, né? Vindo de uma família com histórico de problemas vasculares, eu deveria querer um LDL abaixo de 50 pra garantir a integridade dos meus membros.<br />
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Pois bem: meu dermatologista, apesar de muito atencioso, não julgou necessário prescrever dieta, mas, diante da minha apreensão, me encaminhou à nutricionista. Melhor assim. Relatei-lhe um ganho de peso nos primeiros dias, mas na última semana me pesei duas vezes e voltei aos 48 kg. Resumindo: não sei se foi o remédio ou o fato de eu ser raceada com sanfona (sim, eu sou). O fato é que, se eu passar dos 50 kg, meu tratamento passará a ser de 6 meses, então tenho mais um bom motivo para perseguir meus desejados 44 kg. Nutricionista, aí vou eu!<br />
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Sei que o primeiro mês é muito cedo para dizer qualquer coisa, mas estranhei não ter aparecido aquelas espinha mutantes que todo mundo tem em começo de tratamento. Não sei se porque o tratamento foi logo após um tratamento com ácido (que já tinha se encarregado de expulsar um mói de porcaria), mas só apareceram três espinhas, e só uma grande. Já meus cravos se multiplicaram de um jeito que, quando eu sorria, eles meio que brotavam do queixo, algo meio nojento. E agora sinto o rosto mais liso quando eu vou lavar.<br />
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Vamos ao desagradável da história (fora estar há um mês sem beber): parece que nada cicatriza em mim. Pra se ter uma ideia, coletei sangue para exames na última sexta e até agora o furinho do braço não cicatrizou, bem como as espinhas que nasceram no começo do tratamento, que ainda formam aquelas cascas secas. Fico até com medo de tirar bife na unha e dos calos da sapatilha de ponta, porque chega uma hora em que você não reconhece seu corpo. Minha boca ressecou tanto que venci o bloqueio e dormi com bepantol nos lábios. E vou dizer, viu? Aquilo só pode ser invenção divina! O que dá conta mesmo é Epidrat durante o dia e Bepantol durante a noite. Ontem no banho, senti uma queda maior que o habitual dos meus cabelos. Fora que estão uma palha, nunca os vi tão ressecados.<br />
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O médico disse que tudo isso era normal e que estava satisfeitíssimo com a desobstrução dos meus poros, que o resultado tava sendo bom e rápido. Eu mesma olho no espelho e não reconheço a pele que vejo, tão aveludada que nem parece eu. Lógico que meu receio é terminar o tratamento e não vencer a acne, afinal na minha idade a coisa é bem mais tensa, e a probabilidade de isso acontecer infelizmente é alta. Mas eu precisava tentar, né?<br />
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Quando comecei a tomar, me senti no dever de retribuir essa contribuição. Lógico, este blog é um diário pessoal, pouco divulgado, mas como muitas pessoas, ao cogitarem o tratamento, buscam relator usando o Google, vou criar uma tag para facilitar. No entanto, meu tempo é muito curtinho, e não dá mesmo para fazer um diário de bordo, como os usuários fazem. Então vou tentar comigo mesmo o compromisso de pelo menos uma semana contribuir. Será uma tentativa, nem sempre terei tempo ;)<br />
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Comecei o tratamento no dia 24 de julho, logo são 12 dias. Ainda tá muito cedo para dizer qualquer coisa. Logo nos primeiros dias, apareceu uma espinha gigantesca e cheia de pus no meu queixo, e me pareceu efeito do remédio, pois não costumo ter espinhas gigantes. Elas são frequentes, mas médias. Nos dias que se seguiram, mais uma espinha nasceu ao lado dela e prio! Já os cravos parecem ter se multiplicado. Meu namorado disse que nunca viu minhas costas com tantos cravos. Hoje no banho percebi que meu colo tá esboçando umas espinhas pequenas, mas no rosto, por ora, a coisa tá normal, apenas a pele mais sequinha do que de costume.<br />
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O sol, que nunca me incomodou, tem causado certo incômodo. Sou uma das poucas branquelas que não têm o menor problema com o sol, sequer usava filtro (sei, sou irresponsável). Hoje não não consigo sair de casa sem ele, sobretudo dirigir. O dermatologista me advertiu que o mal-estar maior seria com os lábios e, de fato, não fosse por ele eu nem me lembraria que tomo Roacutan. Como sou respiradora bucal, sofro muito com ressecamento, mesmo sem tratamento. O outro aspecto é que quaisquer estresses atingem minhas mucosas: lábios racham e fico cheia de aftas. Comecei o tratamento bem na semana de fechamento de artigos, aí já viu... Desde que comecei, tenho usado Epidrat desde sempre. O Eucerin, que eu já usava, começou a não dar vencimento. Também comprei um balm cheirosinho e coloridinho da Quem disse, Berenice? para tirar o pálido dos lábios, mas parece que o lábio suga ele em questão de minutos, tem que ficar retocando.<br />
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Desconfio que os lábios ainda vão me dar muito estresse. O médico já me advertiu para a possibilidade de usar Bepantol quando ferisse (ai!) e, se nesse comecinho ele já tá assim, imagine quando começar a judiação! Ao lado do nariz, um leve rachadinho, que ainda não chega a doer.<br />
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Sobre a dieta, não sei se sou sugestionável, mas já me senti mais gordinha essa semana. Aí fui me pesar e deu 49,9, e fiquei em pânico porque um quilo em uma semana é muita coisa pra alguém com minha humilde estatura. Aí me lembraram que eu tinha acabado de comer (muito!). O chato é que tenho comido muito com essa ansiedade, e muita besteira. E não sou mais nenhuma menina, logo esse negócio de colesterol precisa estar muito controlado.<br />
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Na última terça, tive uma dor de cabeça insuportável que cheguei a chorar, continuou na quarta e na sexta tive novamente. Aí fiquei com medo de que fosse o remédio e tal, mas como tenho muita enxaqueca durante a TPM optei por esperar um pouco e ver como minhas dores se comportam ao longo do ciclo.<br />
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Por enquanto é isso. O corpo ainda acordando para o tratamento. Rezando para que seja o menos sofrido possível, que meu sofrimento se limite a ser passar cinco meses sem beber vinho :)<br />
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<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-67337481924802947192013-05-17T16:58:00.001-07:002013-05-17T16:58:09.782-07:00São 20h13, e eu não estou em Curitiba, mas em Olinda. Depois de uma aventura por esse bueiro que algum desavisado insistiu em chamar de cidade, conseguimos chegar em casa - às 14h.<br />
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Depois de anos tentando vencer a fobia de avião, aproveitei uma dessas promoções mirabolantes para passar um fim de semana com meu irmão, que mora há dez anos em outra cidade, mas que eu nunca tive coragem de visitar, seja porque vivo correndo, seja por causa da fobia. Mas hoje seria o dia, apenas um fim de semana para me desafogar de anos sem férias.<br />
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Nosso voo estava agendado para as 8h43, saímos de casa às 6h. Mas quando nos deparamos com os primeiros pontos de alagamento, pedimos para minha prima, que nos levava de carro, parar na estação de metrô mais próxima, de onde seguiríamos para o aeroporto. Mas as estações de metrô estavam alagadas, e tentamos chegar às estações Ipiranga e Mangueira, mas até o acesso de carro estava impossível. A única estação onde conseguimos entrar foi Santa Luzia, que fica numa região mais alta, portanto menos alagada. Pegamos um metrô até a estação Joana Bezerra, onde pegamos o metrô linha Sul. Da janela, víamos um Recife irreconhecível. A Mascarenhas de Moraes parecia uma cidade fantasma, sem carros no sentido centro-subúrbio, só água. A essa hora, agradecíamos por estar seguros no metrô e tínhamos praticamente certeza de que nosso voo atrasaria pelo mau tempo. Minha sobrinha, que nos encontraria no aeroporto, sequer conseguir afastar-se poucos metros de casa.<br />
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Ao chegarmos no terminal de integração, procuraríamos um ônibus ou táxi para o aeroporto, mas fomos aconhelhados a seguir a pé. Chegamos pouco mais de 10 minutos atrasados, perdemos o voo. Como se tratava de uma tarifa promocional, o reagendamento custaria mais de R$ 700, por cabeça. Não tive outra alternativa a não ser sentar e chorar. Liguei para meu irmão, disse que não iríamos mais. Um mês de expectativa frustrada. Liguei para minha sobrinha e disse que por segurança ela voltasse de onde estivesse. Não haveria mas jeito mesmo.<br />
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<br />Mas quem acha que o problema acabou aí engana-se. Ficamos no Aeroporto fazendo hora e saímos próximo ao meio-dia para a estação de metrô. Mas o máximo que conseguimos foi nos deslocar de uma estação a outra. O metrô parou. Por sorte, era um terminal de integração, onde ficamos para tentar algum ônibus. Procuramos o que comer, mas não havia nada. Todas as lanchonetes, fiteiros, barraquinhas, etc. tinham sido esvaziadas, e o máximo que coneguimos foi duas cocas zero. A essa altura, fome e medo de não chegar em casa. As notícias que chegavam pela Internet eram as piores possíveis, e carregávamos duas malas pesadas e um peso ainda maior: o da nossa frustração. Só conseguimos chegar em casa às 14h e, apesar de toda a tristeza por não termos conseguido encontrar os nossos, sentíamos um alívio enorme.<br />
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Depois de comer, desabamos na cama e, ao acordar no fim da tarde, tinha uma ponta de esperança de que tivesse sido um pesadelo muito doido, causado pela minha fobia de avião. Mas não, a ficha ainda não caiu. Apenas penso que minha frustração é, dos males, o menor. Mas como será a noite de quem sequer tem onde dormir? <br />
<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-88110919908081573402013-05-03T09:06:00.001-07:002013-05-03T09:06:30.204-07:00Os "machos" que envergonham a humanidadeEsta semana me deparei com uma postagem no Facebook, esta rede social que, assim como abre espaço para causas justas que outrora não tinham espaço, dá voz a idiotas como o(s) que compartilhou(aram) isto aqui, causando vergonha a qualquer ser humano com o mínimo de inteligência:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRZY0zx6MTQUhik25ooDmfel3Lt20fX_0g5upsabZ1WZBK2GwxGxvs0gKkB-n_o28cQ_qYtVzFx7-pGLpXbL546SZgMPV9thVfuzIwMzV1MlPDTKWKMXlW2kM-10cnwoTgifV3/s1600/Idiotice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRZY0zx6MTQUhik25ooDmfel3Lt20fX_0g5upsabZ1WZBK2GwxGxvs0gKkB-n_o28cQ_qYtVzFx7-pGLpXbL546SZgMPV9thVfuzIwMzV1MlPDTKWKMXlW2kM-10cnwoTgifV3/s320/Idiotice.jpg" width="269" /></a></div>
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Na verdade, quem foi presenteado com essa pérola foi meu namorado, que falava ao telefone comigo e tomou um susto ao ver essa vergonha despontando em sua timeline. Já faz algum tempo que vejo pessoas defendendo ironicamente um movimento de "orgulho branco" ou "orgulho hétero". Sem apelar para a sensibilidade (é esperar muito desse tipo de "gente"), vou explicar bem direitinho, com o necessário detalhamento que essas pessoas, com sérias limitações cognitivas, requerem para entender que 2 + 2 = 4. Vamos lá: por que o orgulho branco ou hétero não faz sentido? Porque esse tipo de sentimento advém de camadas sociais historicamente discriminadas. Como todo mundo sabe (até os retardados que compartilharam isso), nem branco nem hétero sofreram discriminação, mas, basta pega um livro de história do ensino fundamental I (isso se essa gente souber ler), e verá que a discriminação dos negros é um processo que está na formação da sociedade brasileira, assim como a discriminação para com qualquer orientação sexual diferente da heterossexualidade é um fato que perdura por séculos e que ao longo dos anos foi respaldado por argumentos religiosos, históricos e até biológicos - todos, claro, recheados de inconsistências.<br />
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Assim, vou desconstruir a mensagem acima bem devagarinho, tentando descer ao nível intelectual de quem a construiu para me fazer compreender. "Se você ainda gosta de mulher" é o argumento mais estúpido dessa mensagem. Isso porque quem gosta de mulher não a coloca numa posição de submissão e objetificação como nesta foto; quem faz isso, no máximo, gosta de "comer mulher" (como li certa vez numa coluna), e isso qualquer jumento é capaz de fazer, com a vantagem de que ele tem dotes maiores que os seus (intelectuais, inclusive). Sobre a imagem da cerveja e a do churrasco, não questiono associarem isso à "macheza", já que as peças publicitárias o têm feito há anos e, para esse tipo de macho, peças publicitárias televisivas são a única fonte de informação que são capazes de processar (isso se não excederem 30'' ou não trouxerem mensagens mais elaboradas). Como você pode ver na foto, a relação de adição (sinalzinho de +, para ficar mais claro) entre cerveja, churrasco e mulher, colocam-nos no mesmo nível de importância. Isso parece contradizer a afirmação de que "gosta de mulher". Pelo que eu conheço dos casais homoafetivos, os parceiros não se referem ao outro como item de entretenimento, tão descartável como um prato de churrasco ou uma garrafa de cerveja. <br />
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Dia internacional, por sua vez, costuma remeter a algum fato célebre. As mulheres que têm o seu (sem distinção entre homo ou heterossexuais) o têm devido a um grupo de mulheres que morreram para que tenhamos os direitos que temos hoje. Não sei o que esse tipo de macho, que reivindica o direito do homem heterossexual, tem a oferecer às gerações futuras, e é com esse argumento que fecho minha desconstrução. "Unidos pela preservação da espécie" talvez seja o único argumento coerente dessa vergonha publicada. De fato, esse tipo de macho tem um forte senso de preservação, e preservam com maestria tudo aquilo que nossa sociedade precisa destruir para que se tenha o mínimo de evolução. Essa espécie a ser preservada é o que menos interessa à humanidade. É a espécie vergonhosa que se acha no direito de agredir um semelhante na sua simplesmente por ter orientação sexual distinta da sua, de tratar a sua companheira como um mero depósito do seu sêmen, de espalhar pela sociedade a intolerância e o egocentrismo, sentimentos estes que estão no cerne de praticamente todas as mazelas sociais que conhecemos. <br />
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No mais, só nos restaria rir desse tipo "humano". Restaria, se eles não causassem tanto mal à nossa sociedade.<br /><br />
<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-70070523942188626222013-03-27T09:00:00.000-07:002013-03-27T09:08:05.203-07:00O individualismo que segregaSou parte de uma família que hoje pertence ao seleto grupo rotulado de "classe C". No passado, éramos chamados de "pobres" mesmo. Como uma criança pobre (ops, classe C), não tive carro em casa. E passei a infância sonhando com o dia em que teria um, que minha mãe poderia comprar um e me levar aos lugares sem ter medo de andar por ruas perigosas e ficarmos em paradas desertas quando fôssemos ao aniversário de alguma coleguinha. Veio a adolescência e, não tendo chegado esse dia (percebendo também que não chegaria), passei a sonhar com o dia em que tivesse meu carro. O dia em que pudesse buscar minhas amigas em casa, sair sem depender de ninguém para voltar, levar minha mãe ao supermercado, à casa das amigas, ao shopping, etc. Achava que meu carro seria minha primeira aquisição ao começar a trabalhar, que tão logo me formasse, já teria um na garagem, etc.<br />
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Devo dizer que esse dia demorou um pouco a chegar: já trabalhava há cinco anos e era formada há dois quando finalmente pude comprar meu carro. E diferentemente daquele sentimento de sonho realizado, desejo satisfeito, a sensação foi mais de alívio. Comprara por necessidade. Fazia minha segunda graduação à noite, trabalhava nove horas diárias e morava longe tanto da universidade quanto do trabalho. A realidade foi bem diferente dos sonhos: descobri um trânsito caótico, ruas esburacadas e perigosas, tributos abusivos (que nem de longe se traduzem em melhorias nas nossas estradas), etc. E, entre pegar cinco ônibus por dia e enfrentar essa realidade, tava cada vez mais duro escolher o que era pior. <br />
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Por que estou contando tudo isso? Porque sei exatamente a relação que temos com nosso carro, sobretudo uma pessoa de "classe C", para quem ter um automóvel, até pouco tempo, era impensável. Sou muito feliz em ter conseguido comprar meu carrinho e poder ter e proporcionar o mínimo de bem-estar à minha família. Nosso carro é como uma extensão do nosso lar, onde não raro guardamos até nossas tralhas pessoais. E num momento em que temos tão pouco tempo para desfrutar a individualidade do nosso lar, nosso quarto, nosso espaço, é como se o carro nos proporcionasse pequenas pílulas disso.<br />
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Ocorre que, entre individualidade e individualismo, o que muda não são só sufixos, mas a maneira como o indivíduo vê a si a ao próximo. E problema do trânsito reside exatamente nisso: o individualismo, mais que a individualidade, tem guiado as condutas. É por isso que a história do rodízio está causando tanta indignação aqui no Recife. Os argumentos contra têm mais buracos do que a cara do Bob Esponja, mas curiosamente todo mundo se agarra a essas poucas verdades convenientes para defender seu direito de não se separar do carro sob hipótese alguma, mesmo que seja pra ir ali na padaria, que fica a uma quadra da sua casa.<br />
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Realmente, o rodízio (ou seja lá qual nome João Braga queira dar a essa sandice) é lamentável e, se o que eu li pela rede for verdade, minha placa será impedida de circular justamente no único dia da semana em que eu preciso invariavelmente usar o carro, porque tenho pouco tempo para me deslocar de um compromisso a outro. Mas mais lamentável que isso é que o senso de coletividade seja imposto ao cidadão, goela abaixo - e, sendo imposto, sem lhe dar o direito de ponderar até que ponto seu direito vai e onde começa o dos outros.<br />
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Dessa forma, ninguém está cego a ponto de perceber que o trânsito no Recife tornou-se insuportável, nem retardado a ponto de não saber nossa corresponsabilidade sobre isso. Então vamo-nos agarrar a nossas pequenas e convenientes verdades. A primeira delas, "o transporte público não nos dá condições". Mentira? Não, o transporte público daqui é caro e um nojo em todos os aspectos! Mas, quando você pode comprar um carro, você abandona a questão assumindo que busão lotado não é mais problema seu? Ou vai pra rua brigar por um transporte público de qualidade, ocupar sei lá o quê, fazer esses protestos no qual os recifenses são especialistas? Você pega seu carrinho, e a partir desse dia transporte público não é mais problema seu. Mas a mobilidade continua sendo, meu caro amigo. E mais dia menos dia você de depara com a impossibilidade real de circular com seu carrinho novo, lindo e cheirosinho (diferente do PE-15/Boa Viagem), limitado a usar só duas marchas: primeira e ré. Então surge alguém, um salvador, um profete, e estabelece a solução mais idiota possível para um problema que, por sua vez, é resultado de nossa idiotice.<br />
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Acho curioso que as nossas classes mais esclarecidas e mais abastadas (que no geral são as mesmas pessoas) estejam ultimamente tão mais ativistas do que há alguns anos, brigado pelo que é justo brigar, ocupando isso e aquilo, reivindicando os direitos sobre o equipamento urbano, etc. Só acho curioso que, na pauta dessas discussões, pouco ou nada se veja no sentido de reivindicar melhores condições de transporte público: frota melhor, tarifas mais justas, segurança nos pontos e nos transportes mesmo, mais linhas, mais integrações, etc. E acreditem, não usuários de busão: isso é um problema grave que causa muito sofrimento a quem não tem outra escolha senão pegar um PE-15 lotado às 6h da manhã. Talvez porque transporte público ainda seja uma realidade muito distante dessas pessoas, que são justamente aquelas que têm voz e esclarecimento para se articular e lutar pelas coisas. <br />
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Então, o que vai acontecer se essa sandice de rodízio prevalecer? Os mais abastados, mais uma vez, vão fugir à luta, assumindo que não se trata de uma luta deles, na medida em que podem ter mais de um veículo de placa diferente em casa. E assim darão seu jeitinho brasileiro. Já os menos abastados (classes C e D) vão ser obrigados a voltar para a realidade de sempre, o busão lotado, com a qual vão-se resignar porque já estão acostumados a isso. Será como um sonho legal do qual acordaram. Dessa forma, o rodízio não vai melhorar o trânsito, e permaneceremos na m**** de sempre. (Talvez a classe C se mobilize no sentido de poder adquirir mais de um carro e ampliar o círculo - as montadoras agradecem e haja redução de IPI e hora extra de domingo a domingo...).<br />
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A mim, cabe apenas lamentar. De apenas dois dias em que não uso ônibus, um deles terá de ser todo reorganizado, porque tenho menos de uma hora para me deslocar de uma cidade a outra. E faço isso com o pesar de ter sido prejudicada pelo individualismo alheio e, ao mesmo tempo, com a consciência tranquila de que só uso meu carro quando necessário. Porque é mais econômico, porque leio no ônibus, porque não tenho paciência de dirigir, porque nem sempre há onde estacionar... por essas e outras, prefiro lutar para que o ônibus torne-se um lugar melhor do que viver encapsulada no meu carro em meio a uma Agamenon Magalhães completamente parada. E, ao mesmo tempo, ter o direito de escolher quando usar meu carro, baseado na crença de que as pessoas têm bom senso e são capazes de escolher. Mas livre-arbítrio sem bom senso pode ser uma arma. E a ideia de jerico desse rodízio é a prova de que está cada vez mais difícil esperar algo de bom do ser humano.Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-18837351083196183802013-03-22T16:05:00.001-07:002013-03-22T16:08:33.342-07:00O Facebook e a institucionalização da indiretaVocê acha scarpin um sapato cafona, sua colega de faculdade não vive sem os seus. Na vida real, repleta de situações assim, é fácil evitar saias justas: basta não dar sua opinião - ainda que seja apenas sua opinião - na frente dela e pronto: tem-se um círculo social saudável e "amizades duradouras". Simples assim? Não, né? Não é à toa que a vida social é repleta de gafes, de gente que diz "tal nome é horroroso", e é surpreendido com a resposta "é o nome da minha mãe", coisas do tipo... É tão corriqueiros que o mal-estar das gafes não costuma durar mais que alguns minutos, e fica apenas a lembrança para render boas risadas.<br />
<br />
E que tem o Facebook com isso? Penso eu que, numa mídia social onde cada perfil cadastra uma infinidade de perfis como "amigos", e na condição de "amigos" tais perfis podem ver o conteúdo que você posta, fica mais difícil filtrar o que se diz e evitar as tais "gafes". Até porque, entendo eu que, a partir do momento em que você opta por entrar numa rede social que o recebe com a pergunta "o que você está pensando?", deve estar preparado para ler o que o outro está pensando e para dizer o que está pensando também.<br />
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Nesse sentido, o Facebook está-nos impondo o árduo exercício de lidar com a diferença, exercício no qual eu não sou lá o melhor dos exemplos. Assumo publicamente que há pessoas com quem convivo na "vida real", que acho boas companhias, agradáveis e tal, mas cujos perfis no Face são insuportáveis. É aí que mora o problema: com a correria do dia a dia, e a convivência reduzida a encontros via Face, tentemos a não mais conseguir distinguir o ser humano do perfil. Nesse sentido, a maneira como cada um lida com a superexposição que a rede nos oportuniza chega a criar feudos na rede. <br />
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Por outro lado, diante da diversidade de perfis "amigos" que a rede nos proporciona, é praticamente possível responder à pergunda "o que você está pensando?" sem, inevitavelmente, pisar nos calos alheios. Se você compartilha uma tirinha sobre quem foografa comida pra pôr no Insta, logo vem uma de "fotógrafos gastronômicos" sente-se ofendida, e criam-se os rumores da tal "indireta". A milenar indireta ganha, na rede social, uma mania de perseguição. Lógico, não gratuitamente. Consigo identificar a léguas de distância casais trocando farpas sob a forma de posts no Face, pessoas desiludidas publicando suas indiretas para os(as) ex, etc. É inegável que o Face potencializa o alcance dessas coisas e torna pública a troca de farpas, já que as publicações chegam ao seu perfil sem que você precise correr atrás dela.<br />
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Por outro lado, o bombardeio das indiretas (que, ironicamente, serviu de inspiração para a fanpage "indiretas do bem": a rigor um contrassenso, mas com mensagens divertidas e bem-intencionadas - e indireta bem-intencionada é no mínimo inusitado) leva a rede a uma paranoia generalizada, a uma mania de perseguição constante. De modo que, muito embora todos saibam da impossibilidade de se agradarem gregos e troianos, nem sempre estão dispostos e serem identificadas com tirinhas, piadas, etc. Não que eu ache legítimo piadas envolvendo minorias, grupos discriminados, etc. Mas comecei a pensar no quanto isso era grave quando gostei de um comentários satirizando determinada atitude e fui quase que automaticamente compartilhar. De repente, um estalo: se eu compartilhar, pessoas daqui do perfil vão achar que é indireta e vou criar um mal-estar. Parei. Desisti. Mas fiquei até hoje ruminando o acontecido. <br />
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Como disse, não sou o melhor dos exemplos de boa convivência em rede social (tampouco fora dela). Sou adepta do "está na chuva, é para se molhar", o que no Facebook pode ser traduzido em: se está se expondo, esteja preparados para curtidas e trolladas. Não fique só esperando as curtidas e fica doidinho com as trolladas. É assim comigo, por que eu pouparia alguém? Nem de longe sou politicamente correta e, assim como no cara a cara, não tenho o menor pudor de falar o que penso. E não faço isso por impulso, faço de caso pensado mesmo. Não importa se tenho poucos amigos, vale mais saber que esses poucos confiam em mim e têm em mim a certeza de ouvir o que eu penso sempre, sem meias-palavras nem comentaziozinhos às escondidas. Logo, se sou assim na "vida real", com meus amigos de todas as horas, por que alguém haveria de pensar que seria diferente com colegas, vizinhos, conhecidos distantes, etc.?<br />
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Portanto, se gostar da tirinha, compartilho. Se determinada atitude me causa espasmo de rir, vou trollar. Posta foto até c*gando? Fique à vontade, mas esteja ciente de que superexposição dá à audiência o direito de comentar - para o bem ou para o mal. Assim como meus constantes acessos de acidez têm lá seus comentários desagradáveis. Mas a mania de perseguição, que faz com que qualquer comentário de reprovação ganhe contornos de "indireta", não passa de um individualismo exacerbado, de uma sensação de que todos os holofotes estão voltados para o cidadão a ponto de qualquer carapuça lhe servir. É assim que tornamos o Facebook um ambiente cada vez mais desagradável de conviver, uma rede "social" que perde cada vez mais o caráter de social no sentido de que não aproxima pessoas, mas faz com que o individualismo nosso de cada dia nos faça empurrar nossa rotina goela abaixo para nossos "amigos". E aí, amigo, vale a máxima: a gente só dá o que tem. Quem tem foto de balada dá foto de balada, quem tem mensagm de autoajuda dá mensagem de autoajuda, e quem tem acidez... bem, este último é o meu caso.Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-48634716358821119932013-02-16T17:55:00.001-08:002013-02-16T17:58:30.821-08:00A saga do blaser vermelhoNaquela loja de departamentos, tudo parecia muito entediante. Entendam a gravidade do negócio: para uma pessoa consumista, estar numa loja de departamentos e passar mais de 10 minutos sem deparar com uma peça que faça seus olhinhos brilharem é no mínimo intrigante. Mas ali, tudo parecia mais do mesmo, e ela apenas buscava comprar algo de extrema necessidade. Queria um blaser. Era meio frio no trabalho, queria algo prático, pra usar só no ambiente de trabalho e tirar tão logo saísse. O blaser seria perfeito. Mas justo agora esse danado tinha de ser a moda da moda da moda, bombando por aí com cores exóticas e estampas fechação?<br />
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Enquanto se deparava com preços bizarros e acabamentos marromenos, deparou-se com uma arara cheia de remarcações. Havia quatro deles, um de poá e três vermelhos. Pegou primeiro o de poá, olhou o tamanho, era 48. Claro, por que haveriam de vender um blaser tão lindo por um preço de apenas dois dígitos? Olhou para os três vermelhos, já entediada. O primeiro era 48, o segundo era 48 e o terceiro... uma cidadã apareceu do nada e o tirou da arara. Ela pensou em voz alta: será que haveria algum tamanho 38? E a cidadã respondeu-lhe com ar de vitoriosa: "É exatamente este aqui". E foi embora com o blaser vermelho, lindo, bem-cortado, barato e...38.<br />
<br />
Olhou enfurecida para a cidadã partindo com "seu" blaser. Maldisse a vida por não ter olhado a arara de trás pra frente e ter visto o 38 primeiro. Desejou que o danado não coubesse na intrometida, mas tudo em vão... a raiva não passava. Olhou para ela, flanando pela lojinha com o blaser vermelho na mão: a infeliz além de tudo era magra! Então sua mãe teve uma ideia brilhante: "Vamos segui-la até o provador, vai que não cabe nela". Desconsiderou, achou humilhante. Pegou suas humildes pecinhas - nada que fizesse seus olhos brilharem - e foi ao provador, consumida de mágoa. Até que ela percebe que a cidadã do blaser está na cabine ao lado. Provou tudo que tinha de provar, saiu e ficou à porta do provador, à espreita. Viu até quando a cidadã do blaser saiu da cabine e o mostrou à amiga: percebeu que ficou horroroso nela, que o comprimento da manga tava curtíssimo (o famoso "coronha") e que ela definitivamente não sabia usar aquele tipo de peça. Esperou até o último segundo, a infeliz praticamente criara raiz no provador.<br />
<br />
Até que saiu com o blaser na mão e, em vez se seguir pro caixa, voltou para o setor. Ela não teve dúvida, seguiu a cidadã. A baranga entregou o blaser para a vendedora, que saiu pela loja com a peça na mão. Não havia dúvida, era hora de seguir a vendedora: abordou-a e perguntou do blaser, a vendedora disse-lhe que pertencia a uma cliente, mas que talvez a cliente não o levasse. Então havia uma ponta de esperança. Fez cera pela loja, circulou, circulou, abordou a vendedora novamente: nada nada. Segundo a vendedora, a incoveniente da cidadã ainda iria provar para decidir se levaria.<br />
<br />
Foi então que ela percebeu: essa horrorosa estava lhe trollando. Percebera seu interesse pela peça e estava fazendo tortura psicológica. E que tortura! Do tipo que não se faz com consumista alguma. Da maior falta de humanidade. Foi então que desabafou com a vendedora: a feia de plantão não iria provar coisalguma, já tinha fixado residência no provador, e que sua paciência se esgotara. E dirigiu-se ao caixa. Mas não sem antes olhar para a cidadã, listar todos os seus "defeitos estéticos" mentalmente e desejar que o blaser ficasse muito, mas muito feio nela.<br />
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Pronto, ficou leve! Numa hora dessas, saber que há gente mais feia que você nesse mundo e, acima de tudo, praguejá-la, deixa qualquer mortal, por mais cristão que seja, mais leve. Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-26906097690639260592013-01-15T20:42:00.002-08:002013-01-15T20:42:36.375-08:00Espanando os grãos microscópicos de machismo Ultimamente tenho lido com frequência discussões em redes sociais questionando o hábito pouco saudável de a sociedade atribuir a culpa de violência sexual contra as mulheres... às próprias mulheres! Se isso soa absurdo para uma parcela ínfima da sociedade, podemos dizer que já estamos diante de um grande avanço. Mas, além da grande maioria que não enxerga o absurdo dessa acusação - infelizmente ainda é um fato -, é lamentável que grande número de pessoas que se dão ao trabalho de refletir sobre a questão só o façam movidos pelo repúdio a tais atos de barbárie, quando o machismo nos é esfregado violentamente na cara. Grande parte dessas pessoas ainda guardam seus grãos de machismo, tão ou mais prejudiciais do que aquilo que nos salta aos olhos, justamente por passar despercebido. Quer ver?<br />
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Um dos conceitos mais bizarros que conheço - que ainda é muito forte - é o tal do "cavalheirismo". Veja se faz algum sentido: eu aprendo desde criança, na escola, que devemos fazer o bem sem olhar a quem e, depois de "mocinha", aprendo a atrelar valores como solidariedade ou gentileza ao gênero? Ser gentil, de repente, torna-se uma obrigação do homem para com a mulher? O homem tem obrigação de me ajudar se me vê carregando peso além do que posso suportar, mas eu não posso fazer isso se estou com as mãos desocupadas e vejo um homem sobrecarregado diante de mim? Ah, entendo: para ele, me ajudar é uma obrigação (ele vai me mostrar o quanto é forte) e, para mim, ajudá-lo é uma opção (que pode até não ser bem-vista porque posso estar questionando sua "macheza" ao carregar peso). Não me soa coerente.<br />
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Para entender o quanto até pessoas mais esclarecidas guardam seus grãos de machismo, vou contar uma história que me marcou muito por me mostrar o quanto a sociedade está longe de enxergar que homens e mulheres são igualmente humanos: iguais em direitos, iguais em deveres. Parece óbvio? Veja só isto.<br />
<br />
Certa vez, arrumei um namorado. Morávamos bem distantes um do outro, uns 35 km. A primeira vez que marcamos de sair, ele me ligou e disse: "A que horas vou buscá-la?". Eu me espantei: "Na minha casa?". "Sim." "Não é necessário, está cedo, não há perigo em eu pegar um ônibus, me encontra no shopping, que é mais central. Na volta, você me leva em casa, porque aí, sim, é perigoso eu voltar sozinha." Ficou combinado assim, e assim foi instaurada a rotina. Muita gente me questionou a respeito, mas aleguei que não achava justo: éramos estagiários, vivíamos com pouquíssima grana (todo mundo sabe que bolsa de estágio não é nenhuma delícia). achava no mínimo injusto o cara comprometer boa parte da sua bolsa abastecendo o carro (diga-se de passagem dos pais) por comodismo meu. (E, sim, isso faz muita diferença no orçamento de quem vive de bolsa - experiência própria.)<br />
<br />
Anos depois, estava eu concluindo minha primeira graduação. Imprimi as quatro vias da minha monografia para levá-las ao mesmo velho ponto de encontro (shopping), onde eu as encadernaria e nos encontraríamos para comer algo e dar um passeio. Estava um dia bem feio, chuvoso e saí de casa sob uma chuva torrencial carregando comigo o fruto de quase um ano de trabalho: as quatro vias do meu trabalho de conclusão. Nesse momento, eu esperava a mesma solidariedade que tive ao "poupá-lo" da "obrigação social de macho": ali, sim, era necessária uma carona, a chuva poderia danificar tudo. Mas a carona não me foi oferecida. E também não pedi.<br />
<br />
Ao chegar em casa, comentei chateada com minha mãe o que tinha acontecido e a minha expectativa de que ele fosse me buscar em casa e poupasse meu trabalho da chuva. Minha mãe me repreendeu, disse que a culpa era minha, que eu o "tinha acostumado mal" ao ter "liberado" de vir me buscar, anos atrás, lá no comecinho. Agora, alegava ela, ele estava acomodado por minha culpa. Ele não me dava valor (como se eu fosse mercadoria e valorasse meu "uso"). Disse-lhe que não me arrependera um só momento de ter "liberado", que não tinha a menor vocação para princesinha e que agira de acordo com minha consciência. Que apenas esperava o mesmo dele: não "cavalheirismo", mas solidariedade. Qual a diferença entre os dois? Esta último é universal, ao passo que o primeiro foi socialmente construído para maquiar uma condição de dominação. <br />
<br />
Se há "cavalheirismo", porque não há "damismo"? E se os dois existissem e
fossem equivalentes, não estaríamos falando de "humanismo", a condição
que nos faz semelhantes?<br />
<br />
Apenas queria ressaltar que minha mãe, a despeito dos trinta anos (portanto, algumas gerações) que separam nossas idades, é uma pessoa muito esclarecida e de mente muito aberta. E não disse isso de forma alguma para me ofender, mas porque acreditava que tinha agido mal, movida por "essas ideias feministas". Ocorre que, pelo menos ali, não eram ideias feministas. Eram valores humanos. Porque enquanto atrelarmos a solidariedade (um valor universal, creio eu) a questões de gênero (portanto socialmente construídas), sempre teremos mulheres que, mesmo empregdas e remuneradas, acharão justo que as despesas recaiam sobre os homens. E isso, embora superficialmente e sob uma visão bem míope, pareça uma vantagem para nós, apenas reforça a nossa condição de bonequinhas de porcelana, de quem os homens podem cuidar ou proteger, mas a quem podem maltratar e violar quando julgarem conveniente. Afinal, cada um faz o que bem quer com os "objetos" que "possui". <br />
<br />
<br />
<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-68510204804506504222012-12-13T12:11:00.002-08:002012-12-13T12:12:34.171-08:00<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="userContent">
<span style="font-size: small; font-weight: normal;">semana passada, fomos à ELETRO SHOPPING do riomar e compramos uma
geladeira. foi-nos dado um prazo de 3 a 5 dias úteis. o vendedor
advertiu que, por conta de um feitão, a possibilidade de o produto
chegar antes do quinto dia útil era ínfima. achei bizarro o cara
justificar o prazo com problemas de logística deles, mas okay, o prazo
foi dado eu acatei. chegando ao fim do quinto dia útil, senti falta da
entrega. a esta altura, minha cozinha já estava um caos, tudo desmontado
e tirado do lugar para facilitar a remoção da antiga e a instalação da
nova. nada feito. foi aí que peguei o cartão de visita do vendedor e vi
que tinha apenas números de celulares dele, nenhum número fixo da loja.
tentei ligar para ele, não consegui. tentei ligar para um tal de ALÔ
ELETRO, uma espécie de sac, mas fiquei 15 minutos na linha e nada. até
que, depois de tentar insistentemente, consegui falar com o vendedor.
perguntei-lhe se tinha número fixo, e ele me disse que a loja NÃO TINHA
NÚMERO FIXO! ele, muito gentilmente, falou que investigaria o atraso e
iria providenciar uma solução. no dia seguinte (ontem), nada. liguei
novamente, comecei minha saga ao telefone desde as 10h da manhã e nada.
desta vez, não consegui falar pelos celulares do vendedor. foi aí que,
já ao final da tarde, liguei para o ALÔ ELETRO determinada a esperar a
gravação eterna. botei o telefone no ouvido como se não houvesse amanhã e
comecei a preparar minhas aulas. fui atendida após QUASE MEIA HORA DE
ESPERA ouvindo uma gravação. expliquei o caso à atendente e ela me disse
que tinha feito uma solicitação e que o prazo era de SEIS DIAS ÚTEIS
CONTADOS A PARTIR DE ENTÃO. oi? como assim eu ligo pra me queixar de um
atraso na entrega e e me dão UM NOVO PRAZO, AINDA MAIS ABUSIVO, em vez
de me dar prioridade? tem cabimento isso? disse-lhe que não aceitava o
prazo, que queria meu eletrodoméstico para agora, afinal tinha pago à
vista e pago o frete antecipado. ela então me pôs a esperar mais
trezentos anos e disse que o prazo seria hoje, horário comercial. bom,
chegadas as 16h30, já comecei a me preocupar e voltei a tentar ligar. a
mesma novela mexicana. o celular do vendedor não dava sinal e, quando
finalmente deu sinal, ele não me atendeu. tentei a primeira, tentei a
segunda e nada. foi aí que mandei uma mensagem de texto dizendo que já
que ele não me atenderia, eu iria lá pessoalmente. foi então que ele
atendeu à minha terceira tentativa. disse que o gerente iria me ligar
imadiatamente, em minutos, era só o tempo de ele passar meu CPF pra o
cara. issi às 16h34. estamos chegando às 17h e não obtive resposta. o
horário comercial está chegndo ao fim e até agora nenhum sinal da minha
geladeira. minha casa, um verdadeiro caos, já que precisamos remover uma
mesa embutida na parede para que o produto entre no cômodo. <br /><br /> ao me queixar com minha prima</span><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-size: small; font-weight: normal;">, ela me contou que teve problemas semelhantes com a ELETRO SHOPPING e que precisou recorrer à justiça. <br /><br />
ou seja, se você está pensando em comprar um eletrodoméstico, ou
qualquer coisa que venha a eventualmente necessitar um serviço de
pós-venda, repensem e EVITEM A ELETRO SHOPPING. se possível, exclua como
opção quando estiver pesquisando preços. isso porque, a diferença de
preço de um mesmo produto entre uma loja e outra é insignificante, e por
causa de vinte, trinta reais, você termina arrumando uma dor de cabeça
que lhe custa ainda mais caro. </span><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-size: small; font-weight: normal;"><br /><br /> sei que fim de ano é comum o
trabalhador juntar suas economias ou seu suado 13º salário e investir
num eletrodoméstico, que vende feito água nessa época, mas aqui fica
minha advertência.</span> </span></span></h5>
Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-10573272000763966702012-11-14T08:36:00.002-08:002012-11-14T08:36:55.484-08:00Mais amor no cabelinhoMinha vida anda tão movimentada que as únicas novidades são quando minha baranguice chega ao ápice e procuro desesperadamente um produto novo pra ficar apresentável. E aí, se ele dá certo, comento aqui. Daqui a pouco vão pensar que isso é um bl[uó]g de beleza. Que meus amigo etilógrafos me chamem pra beber com mais frequência e me poupem do estigma.<br />
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Há alguns meses contei a saga dos meus cachos <a href="http://nem-freud.blogspot.com.br/2012/07/momento-mulherzinha-levantando-defunto.html" target="_blank">aqui</a>. Pois bem, como boa desleixada que sou (leia-se: megaocupada), ao aparecerem os primeiros resultados parei de fazer a reposição. Na verdade, reduzi a frequência à medida que o bicho foi pegando mais no mestrado. Um dos itens da correria foi uma viagem a Petrolina para coletar dados. Lá tava muito quente e seco, o carro que alugamos não tinha ar e eu precisava lavar o cabelo várias vezes ao dia (isso pra cachos é um verdadeiro assassinato). Quando voltei, tinha um quilo de palhas plantado na minha cabeça. Uma moita. Respirei fundo e me determinei a arrumar um tempinho pra pôr a juba nos eixos. Eis que abro meu kit de RMC e percebo que o passo 2 (máscara) tava no fim. Mas duas aplicações e xau! E como rendeu, viu? Pois bem: precisava de mais creminho porque meus cachos desintegraram e os cabelos tavam uó.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_iP2K97H0e6MmEs4v0kqPT9L-bx9L4cZD2AB3dYMG0cGcGMsQ9zLqQm13c9Jkh5dxCkspzDX5UbfF-u5XFl0GDtPdisgI1cW5-6qdy8ozq-X2Kj5Zyy-9gV1H0vEyEtDIKhJP/s1600/RMC+D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_iP2K97H0e6MmEs4v0kqPT9L-bx9L4cZD2AB3dYMG0cGcGMsQ9zLqQm13c9Jkh5dxCkspzDX5UbfF-u5XFl0GDtPdisgI1cW5-6qdy8ozq-X2Kj5Zyy-9gV1H0vEyEtDIKhJP/s320/RMC+D.jpg" width="320" /></a></div>
A novidade é que em vez de comprar o vermelhinho, optei pelo lilás. Qual a diferença? O lilás reúne duas tecnologias em uma: a reposição de massa capilar e matização. Para quem faz luzes e vez por outra se depara com os cabelos ficando à la cantora de brega, adicionar pigmentos violeta para neutralizar o amarelo é uma necessidade. Mas o processo resseca bastante, e todo mundo que faz luzes se queixa que os produtos silver (esses que neutralizam o efeito amarelado) ressecam os cabelos.<br />
<br />
Mas e eu faço luzes? Não. Meu louro é natural e escuro. Mas isso só até a altura da orelha, a partir de onde se segue um quilômetro de cabelo de cantora de brega, pelos motivos que já expliquei. E, gente, por mais que eu me sinta uma biscate com essa cabelo meio loiro-cinza-escuro-sóbrio-elegante e meio loiro-dourado-amarelado-gema-de-ovo-cafona-cantora-de-brega, é duro cortar meus cabelinhos tão longos. E já cansei de ouvir 90998988776 cabeleireiros dizendo que isso só neutralizaria com coloração. E mais dano no meu cabelo eu não aceito. Foi aí que decidi comprar o roxinho.<br />
<br />
Gente, ele é bem roxo, bem consistente e rende que só. Apliquei só na parte amarela, porque fiquei com medo que isso chumbasse a parte natural e piorasse a situação. Quando terminei de aplicar, já era noite e não senti grandes diferenças no amarelão, embora minha mãe insistisse em me dizer que o contraste entre a raiz loira e o comprimento amarelo havia reduzido consideravelmente. Mesmo sem notar tanta diferença assim, achei que valeu a pena pela maciez no cabelo, parecia que eu tinha comprado um cabelo novo. E aí, hoje pela manhã, a grata surpresa: ao observar o cabelo ao reflexo do Sol, o amarelão reduziu bastante. Logo, a expectativa tá boa para as próximas aplicações. Satisfeita demais.<br />
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Ah, o preço? 55 cascalhos (só a máscara). Ainda tenho os outros itens do kit em casa.<br />
<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-5658813019467673732012-10-20T16:04:00.001-07:002012-10-20T16:04:45.549-07:00Diário de CampoNão leia isto se você for cardiopata ou nervoso! E tire as crianças da sala: o relato possui imagens chocantes...<br />
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Tudo começou quando um grupo de estudantes rebeldes resolveu se reunir para comemorar o aniversário da colega num local profano, sem livros, sem e-mails, um artigo sequer... e o pior: com ÁLCOOL! Mentira, a ideia era fazer uma pesquisa de campo. No local, sol alto e pessoas falando senvergonhices pouco acadêmicas, mas superamos esse obstáculo em prol do nosso imbricamento. Chegamos a alguns achados científicos, quando Marcelinha encantou-se com uns "bons drinque" das colegas e, sob a má influência dessas moças, pediu um para ela. Mas não curtiu o "bons drinque" e com isso refutou a refutabilidade da teoria da geração espontânea. Explico:<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBYfN9jL46pEkRzCMXFjvclSZkWvnHSWuLgajsiXJ3p9hCN613O2NJnEVkDc5Tkcl-CwVXsfjqE78tLTFXlQnQGjAsx_o1Jf9-QaW-ChvStPo4pHtGfETOxmNwoZLOgqnGfZ6j/s1600/peixinhos+no+copo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBYfN9jL46pEkRzCMXFjvclSZkWvnHSWuLgajsiXJ3p9hCN613O2NJnEVkDc5Tkcl-CwVXsfjqE78tLTFXlQnQGjAsx_o1Jf9-QaW-ChvStPo4pHtGfETOxmNwoZLOgqnGfZ6j/s1600/peixinhos+no+copo.jpg" /></a></div>
Surgiram peixinhos coloridos no copo dela por geração espontânea. Alguns pesquisadores desavisados anteciparam que tinha nascido uma beta no copo dela, mas beta é um peixe pouco sofisticado para uma moça de fino trato. Como boa galerosa que sou, se fosse no meu copo teria nascido uma beta-vovô, mas deixo esa elucubração acadêmica para outra ocasião, quando discutiremos as implicações gerenciais desse achado, desde que o objeto empírico não seja meu copo (nem o de Bruno, nem o de Brunno, nem o de Cedrick), onde definitivamente não nascerão peixinhos, impossibilitando nossos experimentos.<br />
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Outra disussão importante é o comportamento da ida coletiva das fêmeas ao banheiro de ambientes ruidosos. Algumas pessoas insistem em investigar as causas disso, mas acho que esse problema de pesquisa está mais do que batido: não dá pra falar mal dos homens na frente deles e qual é o ambiente onde nos livramos deles? Tudo bem que o fizemos no corredorzinho onde ficam os dois banheiros, quando saiu um macho desavisado fazendo uso da função fática da linguagem, dizendo que estávamos falando muito alto e que ele estava ouvindo lá de dentro, tudo isso com um sorriso cafuçu no rosto. Ignoramos o comentário do indivíduo, o que suscitou um novo problema de pesquisa que rende uma boa etnografia da comunicação (aê Bruno e Brunno): como esses machos acham que vão atrair uma fêmea falando esse tipo de m****?<br />
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À meia-noite, dignidade já era um significante vazio. As ladies Rafaella e Luciana asseguravam a nossa volta para casa a salvo, enquanto os homens discutiam pautas de novos artigos. Foi quando Bruno e Brunno descobriram uma substância que potencializa o intelecto a ponto de escrevermos uma dúzia de artigos numa madrugada. Como pesquisadores obstinados que somos, pedimos algumas doses desse tônico:<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu1ttyV4OwnnoayXolJyvc2Q8hki9FHmJTkbPwPNJ4beFKflp8hyphenhyphenTphGrXEHB6-7AjfuhzBrAWRFAAlkeLzUmvBhR_CHB35lOoEubjWCHy9fBU1LIlgV21Vd8Oh371hm3vBupw/s1600/20102012(041).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu1ttyV4OwnnoayXolJyvc2Q8hki9FHmJTkbPwPNJ4beFKflp8hyphenhyphenTphGrXEHB6-7AjfuhzBrAWRFAAlkeLzUmvBhR_CHB35lOoEubjWCHy9fBU1LIlgV21Vd8Oh371hm3vBupw/s320/20102012(041).jpg" width="320" /></a></div>
Dizem que o referido atende pelo nome de "tequila". Os pesquisadores-machos deram a ideia, mas duas pesquisadoras, ávidas pela produtividade, toparam consumir a substância. Mas demoraram demais a voltar de uma observação participante no corredorzinho do banheiro, e os rapazes experimentaram primeiro. Foi quando Cedrick foi-nos chamar para avisar que já tinham experimentado a substância. Mas os rapazes, obstinados pesquisadores, perceberam que não tinham consumido o tônico da forma correta. Foi quando Bruno, um grande presciosista (graaaaaande), sacou seu smarthphone e foi pesquisar a maneira mais apropriada de consumir o tônico e obter a máxima produtividade. E, como são todos perfeccionistas ao extremo, tomaram mais uma dose de produtividade líquida. A essa hora, já estavam com o cérebro oxigenado a ponto de ler um quilo de artigos escritos em aramaico.<br />
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Comemoramos na mais alta classe o aniversário da nossa colega Jouberte Maria fazendo aquilo que mais amamos nessa vida: pesquisa de campo. Além da aniversariante, os pesquisadores Bruno, Brunno, eu (Macabea), Cedrick, Luciana e Marcelinha. E, iniciando os não pesquisadores na arte da investigação, contamos com a presença de Rafaella, Tito e Carlos, "o Colombiano". Há quem diga que os pesquisadores erraram a mão e pegaram pesado no imbricamento, conversando saliências e dançando coreografias estranhas, tudo por culpa de uns pesquiadores fanfarrões que se ocupam de pesquisar temas pouco cristãos, como Carnaval, bebida alcoólica e torcida galerosa. <br />
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Abaixo, alguns dados observacionais, devidamente registrados pela câmera do maior pesquisador do grupo (maior mesmo, tem quase 2 m de altura):<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBO4zcS-kzzT2bUp1S9if01bKPRhyphenhyphenMI5x6ggtnHAwVGrPIgcJu6KUbA3doqmBNGJ2lP4EzhuaUbYxCCpr8Uq2JNgmTpDIGqecTS01tYcp3GKZSsf-LEaKmDDDNq0JT_lwGdNgV/s1600/20102012(005).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBO4zcS-kzzT2bUp1S9if01bKPRhyphenhyphenMI5x6ggtnHAwVGrPIgcJu6KUbA3doqmBNGJ2lP4EzhuaUbYxCCpr8Uq2JNgmTpDIGqecTS01tYcp3GKZSsf-LEaKmDDDNq0JT_lwGdNgV/s320/20102012(005).jpg" width="320" /></a></div>
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Biscatização: pesquisamos esse fenômeno também. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7vu8S8LbL0romGswggmhTGvBDey75a5BxbsA_smE2yuuMm9qasPznRScl87m9k48k2Eiddm576SthRorg4RHGPRSrEozCnmiR5R-Z7B__q-KC_ViJbTqLjPXLpsxNwzH-uo6h/s1600/20102012(007).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7vu8S8LbL0romGswggmhTGvBDey75a5BxbsA_smE2yuuMm9qasPznRScl87m9k48k2Eiddm576SthRorg4RHGPRSrEozCnmiR5R-Z7B__q-KC_ViJbTqLjPXLpsxNwzH-uo6h/s320/20102012(007).jpg" width="320" /></a></div>
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Ocasal Cedrick e Rafaella. Esta senhorita é uma das responsáveis pela sobrevivência de alguns pesquisadores após uma jornada tão extensa de experimentos.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoDgrujQ2_rRtnFsWcBa7kNuo55MHKKHfNpqHMed7JDdhRTnPJzOgYzyGpz122AJxWrrmE79HD2llHzElD6eQIBuaYocUdm5Hw1l3DQz38OsylmmmMDOI8Air_WC-GWOSSpC9W/s1600/20102012(008).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoDgrujQ2_rRtnFsWcBa7kNuo55MHKKHfNpqHMed7JDdhRTnPJzOgYzyGpz122AJxWrrmE79HD2llHzElD6eQIBuaYocUdm5Hw1l3DQz38OsylmmmMDOI8Air_WC-GWOSSpC9W/s320/20102012(008).jpg" width="320" /></a></div>
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Luciana, mas uma das reponsáveis pela sobrevivência dos pesquisadores. </div>
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À sua esquerda, Carlos, "o colombiano". </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxrZHTDZV8Jthy7YgJ4KkaKD2UsvBS37I608Fccg643VpUwHI_Q7jblavGVpbzim3tXcUsvQKsW7dp7IDJ-SMXdyyxQIAJKFlW23Q-JhXsvdjc61gg2GrK-3BbMx3iD8_vTkFZ/s1600/20102012(017).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxrZHTDZV8Jthy7YgJ4KkaKD2UsvBS37I608Fccg643VpUwHI_Q7jblavGVpbzim3tXcUsvQKsW7dp7IDJ-SMXdyyxQIAJKFlW23Q-JhXsvdjc61gg2GrK-3BbMx3iD8_vTkFZ/s320/20102012(017).jpg" width="320" /></a></div>
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Olhos de avidez pelo conhecimento. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU5vRJhdZtTc-mA0Im6g0RmHivNojxe8Wa11qb8PPX9gWkkzShviDNwzBfpS_2tD3GrqnNbQbgWIJ8TZeDJS6w03vqXFQPh2bQ-UfKJpRi_HrxZXwul7aIjopzqLcpgN0W_0jk/s1600/20102012(019).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU5vRJhdZtTc-mA0Im6g0RmHivNojxe8Wa11qb8PPX9gWkkzShviDNwzBfpS_2tD3GrqnNbQbgWIJ8TZeDJS6w03vqXFQPh2bQ-UfKJpRi_HrxZXwul7aIjopzqLcpgN0W_0jk/s320/20102012(019).jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Pesquisadores abraçados após mais uma missão comprida e cumprida. </div>
<div style="text-align: center;">
O pesquisador Bruno, à direita, já apresenta olhos de overdose de conhecimento; </div>
<div style="text-align: center;">
já Brunno (ao lado de Bruno) mostra-se eufórico pelos achados. </div>
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E, como prova de meu imbricamento excessivo (acho que naturalizei), avalio na lingua dos profanos que frequentam o locus de pesquisa: Foi do c******, galere! Vamos repetir a(s) dose(s)!<br />
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<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-10698246349337937152012-08-13T08:35:00.001-07:002012-08-13T08:35:26.127-07:00Alisamento não! Nasci assim(Nenhum dado abaixo é tirado de pesquisa ou outra fonte segura, tudo observação. Podem corrigir as viagens.)<br />
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O Brasil tem mais de 60% da sua população com cabelos cacheados. Assim li numa revista Toda Teen quando a Seda lançou sua primeira linha para cachos e anunciou lá. Isso em 1998. Ou seja: só no fim do século XX as marcas populares começaram a se preocupar com um público que é maioria no País.<br />
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Culpa das marcas? Não. Reflexo de uma sociedade que por anos rejeitou ou cachos, transformando os fios lisos praticamente numa obrigação. E hoje, apesar do imenso mercado de produtos para cachos que felizmente surgiu, ainda há quem prefira tranformá-los em fios lisos. E, claro, as tecnologias para isso evoluíram tanto quanto - e eu diria mais que - aquelas voltadas para os cachos.<br />
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Mas tem algo que ainda não mudou: a palavra-tabu - alisamento - praticamente um palavrão, daqueles que a gente não pode falar dentro de casa porque atrai coisas negativas. Parapra pensar e olhe à sua volta: quantas pessoas não têm cabelos lisos obtidos articifialmente (e se o número de pessoas que você sabe é grande, imagine aquelas do time do "nasci assim" - que não são poucas)? Quantas dizem ter feito um alisamento? Agota tenta fechar a equeção. E aí? O resultado bate? Não mesmo!<br />
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Nos anos 80, era uma tal de <b>massagem</b>. Nos anos 90, o bagulho sofisticou: <b>relaxamento</b>, <b>alongamento</b>, <b>amaciamento</b> e outros "mentos", menos alisamento porque moça direita de família não usa esses palavreados. No fim, todo mundosabia do que se tratava e identificava facilmente que o tal alisante (outro nome proibido) pelo cheiro que aquilo exalava. Naquela época, era impossível não perceber quando um cabelo era naturalmente liso e quando era espichado (ops! alongado), mas tinha gente com cara de pau o suficiente para negar que o tinha feito. Os salões, porsua vez, não iam constranger suas clientes com esses palavrões, e cada vez criavam um nome novo para a mesma aplicação fedorenta de tioglicolato de amônia que deixariam seus fios lisos e duros feito um capacete. E cada nome mirabolante implicava um preço igualmente mirabolante, e o pobre "alisamento" lá, na última linha da tabela de preços, custando no máximo dez conto.<br />
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Mas, gente, século XXI tá aí, e esses procedi"mentos" são coisa do passado. Vivemos a era das escovas. Agora evoluímos, um número maior de mulheres já assume que os cabelos não são naturalmente lisos porque usam as escovas milagrosas: escovas progessiva, definitiva, de morango, de chocolate, de caipirinha, de sushi, gradativa, emotiva, radioativa e o c******! O que mudou?<br />
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Tecnicamente, muita coisa. A grande maioria das escovas se enquadra em um dos dois grupos: progressiva e definitiva. [agora vai a explicação de leiga] A progressiva é uma espécie de hidratação acrescida de alguma substância conservante (formol, parabeno, etc.) para manter o fio do jeito lisinho por mais tempo. O efeito no cabelo dura o tempo de um espirro, mas o efeito noseu pulmão dura para sempre. A definitiva, segundo li, é uma espécie de alisamento com tioglicolato ou guanidina (substâncias alisantes, aquelas que cheiram mal) que, na etapa da nautralização (etapa em que há um trabalho mecânico para alisar os fios), recebe um reforço do secador e da chapinha. É basicamente um alisamento, mas com técnicas mais sofisticadas. Quimicamente, me parece semelhante.<br />
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Socialmente, nada mudou. Porque os salões continuam vendendo seus alisamentos como se fossem escovas. "Escova de Júpiter", "escova sedativa", "escova de cacto", e, quando você vai ver, é só um nome diferente para a velha e conhecida pisa no cabelo. Hoje, a meu ver, o negócio é bem mais grave. Porque, sem saber ao certo o que o salão A aplicou no seu cabelo, a cliente pode ter um problema grave de compatibilidade ao mudar para o salão B. Ou ouvir a história "progressiva é compatível com tudo", aplicar determinada química e o cabelo sofrer um corte químico e ficar despedaçado. Isso porque progressiva pode até ser compatível com tudo (e eu nem acredito muito nisso), mas o que aplicaram não é progressiva. Tô cansada de ouvir menina dizer que fez progressiva e precisa fazer a raiz: não, lynda, você não fez progressiva, porque progressiva de verdade cai e não precisa fazer raiz, você faz foi alisamento, saiba você ou não e, principalmente, ASSUMA você ou não.<br />
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Porque o que falta ao brasileiro é se assumir, assumir que quer mudar, que prefere ter fios lisos, e não como nasceu. Porque os salões só fazem esse tipo de "eufemismo" porque as mulheres não se assumem, têm vergonha de admitir que seus lisos são artificiais. É claro que isso não exime os salões de sua responsabilidade, mas se alisamento não fosse um tabu estaria figurando lindamente nos portfólios dos salões mais sofisticados. Isso porque o alisamento é mais seguro, certificado pela Anvisa, não é batizado (como as escovas milagrosas são), dispõe hoje de métodos muito mais sofisticados e grandes marcas (vê se os grandes laboratórios fabricam escovas?). <br />
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Então, tá na hora de a mulherada parar com essa frescura de negar seus alisamentos e parar de ficar inventando nomes bonitos para a velha conhecida pisa. Afinal, num mundo repleto de coisas articifiais, qual mal há em escolher (e manipular quimicamente) a textura dos seus cabelos?<br />
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<br />Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-82848527343959077642012-07-23T13:24:00.002-07:002012-07-23T13:24:51.777-07:00Momento mulherzinha II: óleo de argan<br />
Ultimamente, tenho entrado nas lojas e sido bombardeada por uma marca chamada Yenzah. Peço uma sugestão pra ressecamento: Yenzah. Peço sugestão pra cachos: Yenzah. Uma vendedora me para no corredor e me diz que meu cabelo está amarelando e que tem uma solução: desamarelador da Yenzah, claro. Daqui a pouco vão treinar vendedores pra praticar hipnose... Geralmente, quando surge uma marca nova no mercado e ocupa vigorosamente a ponta das gôndolas, com promotoras insistentes, dizendo que seus produtos podem curar até doença degenerativa, desenvolvo uma antipatia gratuita. Bem, não tão gratuita.<br />
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Pra coroar, ainda tem o fato de que estamos vivendo a febre do óleo de argan. Depois da fase do chocolate, da queratina, do pigmento azulado, das escovas de ingredientes exóticos, agora temos embalagens azul com laranja por toda parte. Até aí, tudo normal: é comum as marcas seguidoras fazerem alusão à identidade visual das marcas líderes para criar identificação e, ainda por cima, faturar em cima dos desavisados que acham que "é tudo igual". Mais uma vez, antipatia pela Yenzah: putz, uma coisa é fazer alusão, outra coisa é uma identidade visual quase gêmea. Mas sabe que acertaram? Aquela febre de azul com laranja nas pontas das gôndolas me venceu pelo cansaço, e fui pesquisar sobre a nova marca-babado que tanto tem investido em promoção. <br />
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As resenhas de blogueiras eram só elogios, e seriam muito convincentes se pelo menos elas se dessem ao trabalho de editar o conteúdo dos press-releases que recebem. So so boring! Um ou outro me pareceu convincente e, por algum motivo, decidi eu mesma experimentar. Comprei um kit contendo um óleo, uma máscara de hidratação e um leave-in. Em casa, de cara experimentei o leave in e achei meus cachos pouco definidos e cheios de frizz.<br />
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No dia seguinte, lavei e apliquei o óleo mecha a mecha, como manda o site da Yenzah. Depois de dez minutos, enxaguei e achei meu cabelo uma palha. Não tenho hábito de usar óleo e estranhei a textura. Então, apliquei o leave-in e fui escovar, já que o produto é termoativado. Nas primeiras mechas, achei o cabelo estranho, meio palhoso, eletrizado, sei lá descrever. Daí terminei a escova. E meu cabelo tava uma seda irreconhecível. Relmente, o frizz foi uma queixa da minha mãe, que usou o leave-in e adorou, mas recebeu o frizz. Daí eu pequei o óleo, pinguei DUAS (nunca mais que isso) gotas nas mãos, aqueci com o atrito e apliquei do meio pras pontas, principalmente nas pontas. Pranchei e fiquei com cabelo de celebridade.<br />
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Realmente, vi em algumas "resenhas" algumas meninas dizerem que deixava o cabelo mais liso, e senti isso mesmo no meu. Mas vale dizer que meu cabelo, apesar de cacheado, alisa com muita facilidade, basta um coque pra deixar ele lisinho. Mas está de uma maciez irreconhecível, como se eu tivesse feito uma daquelas hidratações/progressiva de salão em que a gente gasta rios de dinheiro e sai com cara de diva.<br />
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Ainda não tenho uma avaliação definitiva. Como o babado é termoativado e não tenho difusor para secar os cachos, tive que apelar para a escova, então não sei como seria com meus cachos. Então, apesar de eu ter nutrido uma enorme antipatia pelas ações promocionais da marca, incusive pela explosão de "resenhas" com cara de CTRL C + CTRL V, acho que temos mais uma opção promissora e com preços acessíveis no mercado.<br />
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Aqui no Recife, praticamente todas as lojas de cosméticos estão praticando o mesmo preço: mais ou menos R$ 28 pelo leave-in, R$ 36 pela máscara e R$ 48 pela hidratação (não é exatamente isso, são aproximações). O kit custa R$ 87,50 e, na hora fiz as contas na loja, seria uma economia de R$ 25, se comparado com a compra de cada item separadamente. Aí comprei o kit. O leave-in e o óleo já ganharam meu coração, e meu bophe amou o cheiro que fica no cabelo. A máscara fica pra depois.Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38760796.post-75671443345286710202012-07-13T07:41:00.001-07:002012-07-13T07:41:25.882-07:00Momento mulherzinha: levantando defuntoAno passado, depois de anos e anos de cabelos virgens (e compridões), decidi maltratá-los. Comecei fazendo luzes, mas em poucos meses me senti uó usando aquilo, não combinou comigo e nem cheguei a retocar (menos mal pros fios). Meses depois (mais precisamente, seis), decidi usar um ruivo natural, algo do tipo Júlia Petit. Pensei que, como tenho pele e olhos claros, o vermelho iria parecer natural. Pensei também que, com os cabelos naturalmente claros (cor 6.1 - loiro escuro acinzentado), não seria trabalhoso fazer a transformação. Ledo engano.<br />
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Primeiro, foram sequências de maus tratos até achar o tom certo. Coloração, banho de brilho, tonalização, pigmentação, despacho, pai de santo, reza, pajelança... Até cheguei a um tom bonito de ruivo, e até ornou e tal, mas logo logo cansei de ficar retocando cabelo a cada 15 dias (uma rotina impossível para quem tá atravessando um mestrado nada light) e decidi voltar para o meu 6.1 de fábrica. Mas alguém saiu muito machucado dessa brincadeira: meus cachos.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLx82qZajSwOZWyJ_x-Pm3tZ-R5ha6CH4k3wwZDgxTfF2ShAai7BA-aAAIwOV-fxVQMX_QUphO-5nt05P9H7i7aPY3YexyA834-gFFIfv4IE_Xq86i-khZtN0Uu7NZSn6xUjoJ/s1600/DSC02696.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLx82qZajSwOZWyJ_x-Pm3tZ-R5ha6CH4k3wwZDgxTfF2ShAai7BA-aAAIwOV-fxVQMX_QUphO-5nt05P9H7i7aPY3YexyA834-gFFIfv4IE_Xq86i-khZtN0Uu7NZSn6xUjoJ/s320/DSC02696.JPG" width="240" /></a></div>
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(Não reparem na cara de bunda.) Antes era assim: bastava lavar e pronto. Às vezes, nem creme de pentear usava e, quando usava, era pouquíssimo. Praticamente não dava trabalho (se comparado com tudo o que as cacheadas dizem ter de fazer diariamente), podia pentear que os cachos voltavam rapidinho em questão de minutos.</div>
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Depois de infinitas colorações na cor natural, com intensificador 0.1 para o cinza neutralizar o laranja, nada adiantou. O cabelo chumbou, mas bastaram algumas lavagens e o laranja estava lá. A essas alturas, já era janeiro desste ano e decidi que não iria pintar mais o cabelo. Iria aturar essa cor de cantora de brega com resignação pela saúde dos fios. Too late!<br />
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Os cachos pararam de se formar. O cabelo não ficou liso, mas algo que nem era liso nem cacheado e mais parecia uma bucha. Embaranguei. Interrompi as escovas que fazia quando precisava e substituí pela touca, para diminuir a agressão. De nada adiantou, os cabelos estavam em frangalhos. As cabeleireiras apenas diziam: use ativador de cachos, leave in, modelador, etc., mas nada resolvia, porque o problema não eram os cachos, nem ressecamento, nem falta de hidratação, etc.<br />
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Até que um dia, pesquisando pela blogosfera, encontrei um depoimento de uma menina em situação semelhante à minha: os cabelos eram finos e a amônia da coloração deixou os fios porosos, por isso eles pareciam uma bucha. Como eu sou macaca-velha de fuçar blog, conheço muito bem publiposts muito "eticamente" disfarçados, e este não era o caso. Ela dizia ter usado o sistema RMC da Amend e que os cachos voltaram. Ainda meio sem fé, pesquisei mais, e li maravilhas sobre o produto. Sendo que eu achava benefício demais pra o preço dele. Ate que li um <a href="http://euamocabelo.blogspot.com.br/2009/05/rmc-system-sistema-repositor-de-massa.html" target="_blank">post no Eu <3 Cabelo</a> e, como eu admiro muito o trabalho responsável dessa cabeleireira, tomei a decisão de experimentar.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrliH6f79Q3DVqjRvxIUbrCb3W7n_im82-Bjmk9hUuvj_hgNAQdqR0ZiztOlGTMvTKYxpkRzv5Dj_NZ7OsCwZByEokI0JhhIH71UpoIFAr4InHmo3okmYYkfzKqeS5nUB4sGGK/s1600/rmcamend.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrliH6f79Q3DVqjRvxIUbrCb3W7n_im82-Bjmk9hUuvj_hgNAQdqR0ZiztOlGTMvTKYxpkRzv5Dj_NZ7OsCwZByEokI0JhhIH71UpoIFAr4InHmo3okmYYkfzKqeS5nUB4sGGK/s1600/rmcamend.jpg" /></a></div>
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Minhas impressões: o produto diz que repõe um percentual considerável de massa capilar na primeira aplicação, e eu, como publicitária, não botei a menor fé no babado. Apliquei na primeira vez e escovei. Achei o cabelo bonito, maciinho, a textura claramente estava outra, mas... seria suficiente para pôr meus cachos nos eixos? A hora dos cachos é que seriam a prova de fogo. E eis que chegou a hora.<br />
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Lavei os cabelos com um shampoo pra cachos comercial mesmo, passei um creme de pentear como de costume e... eles estavam lá. Timidozinhos, mas já com cara de cachos. Não ficaram 100%, mas foi apenas uma aplicação, e com ela eu já senti uma diferença enorme. Não é que o danado levanta defunto (capilarmente falando)? <br />
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Resumo da ópera (bem longa, por sinal): há muito tempo não me surpreendo com um produto dessa maneira, num momento em que eu tinha esgotado quase todas as possibilidades de dar um jeito nessa bucha e já cogitava passar a tesoura sem dó. (Afinal, tirei quase um palmo em junho e nada mudou.) Nos próximos dias, pretendo experimentar a linha da cachos da Amend (porque esta só podemos usar uma vez a cada 15 dias ou uma por semana, caso o cabelo esteja muito f***** - o que é o meu caso). O kit custa aproximadamente R$ 100, mas na loja que eu comprei sai por menos de R$ 80 se for à vista. Quem já estiver cogitando cortar os cabelos di-cum-força, vale uma última tentativa.Macabeahttp://www.blogger.com/profile/12061358129290747660noreply@blogger.com0