Wednesday, September 24, 2008

Não tem muito o que se dizer depois do fumo da prova de ontem. Às vezes penso que estudar Administração tem sido uma grande perda de tempo. Não sei o que vou ganhar com isso, só sei às vezes enxergo apenas um monte de aborrecimento despropositado, como o de ontem.

Em vão, procurei alguém que tenha feito boa prova. Nenhuma alma penada. Penso que poderia ter passado meu fim de semana na praia ou dando um destino àquelas Smirnoff Ice que estão mofando na minha geladeira, enquanto eu estudo feito um corno e crio centenas de aftas.

Está decidido: não importa quantos seminários estão por vir, não importa quantas provas vão inventar na última hora, próximo fim de semana me recuso a estudar. Agora, só daqui a duas semanas.

E tenho dito!

Sunday, September 21, 2008

Meu FDS é: Tópicos Especiais em Organizações, Cultura Organizacional, Administração Financeira I e Microanálise das Organizações. É também alguma desocupada que desconheço se esgoelando enquando cospe as letras cretinas de Cazuza. Mô véi, se já é um tiro-no-ovo ouvir o próprio cantando, realize essa desocupada.

Tuesday, September 16, 2008

Live to tell

I have a tale to tell
Sometimes it gets so hard to hide it well
I was not ready for the fall
Too blind to see the writing on the wall

A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me

I know where beauty lives
I've seen it once, I know the warm she gives
The light that you could never see
It shines inside, you can't take that from me

A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me

The truth is never far behind
You kept it hidden well
If I live to tell
The secret I knew then
Will I ever have the chance again

If I ran away, I'd never have the strength
To go very far
How would they hear the beating of my heart
Will it grow cold
The secret that I hide, will I grow old
How will they hear
When will they learn
How will they know

Madonna

Monday, September 15, 2008

Confissões de uma pedestre II

Av. Agamenon Magalhães, 23h15. A cidade já dorme, e eu gostaria de poder fazer o mesmo. Mas se fizer corro o risco de perder a parada (talvez alguns pertences). Eram 6h35 quando vesti a roupa que estou usando agora...

Eu sou mais uma entre um "mói" na integração, tentando preservar o mínimo de sanidade mental a despeito de toda essa correria, das minhas escolhas estranhas e despropositadas. Sabem o que eu vou ganhar com tudo isso? Eu também não.

Tive um dia dos mais compridos. O primeiro ônibus do dia atrasou dez minutos, o que significa uns trinta de retenção mais pra frente. É a estranha matemática do trânsito: apenas dez minutinhos fazem toda a diferença. Duvida? Experimente sair de casa um dia às 7h e no dia seguinte sair às 7h10 fazendo o mesmo percurso. No fim dele, serão mais de 20 minutos de diferença, é a exótica progressão geométrica do atraso. Pensava nisso enquanto olhava a Agamenon pela janela do ônibus: vazia às 23 e tantas... Acho que tenho dificuldade em fechar Gestalts: para mim, é como se fossem duas avenidas, uma clara e tumultuada e outra escura, cheia de refletores e vazia de trânsito. Desde pequena tenho o hábito de olhar o mesmo ambiente de dois ângulos e enxergá-lo como se fossem dois dintintos. Vá entender...

O segundo ônibus (calma, são cinco) ficou um século num congestionamento na Av. Rosa e Silva. O motivo? Sei não. Resolvi aproveitar que o busão não tava trepidando para ler. O terceiro ônibus foram dois: uma para a integração e outro para a universidade. Assim que cheguei ao ponto na integração, o ônibus fechou a porta para sair. Nem sequer tinha dado ré quando acenei. O motorista me ignorou solenemente e saiu. O quarto ônibus foram dois: busão e metrô. Mas foi na estação Barro que não agüentei mais: estava com sono, cansada, precisando de um banho e ainda muito longe de casa. Chorava enquanto o metrô demorava uma eternidade. Me angustiava estar ali. Me angustiava me angustiar por uma coisa tão normal, por chorar por tão pouco. E aquelas pessoas ali? Quantas delas não estariam mais cansadas que eu? Quantas não trabalham muito mais, não estudam muito mais, não chegam muito mais tarde em casa?

O último ônibus do dia (o quinto que na verdade foi o sétimo) me ajudou a recobrar a paciência. Uma mulher que se dizia epilética pedia ajuda. Tinha já uma certa idade. E me incomodou tanto sonhar cum um carro enquanto bem perto de mim há alguém que apenas deseja comida. É estranho ser gente...

Friday, September 12, 2008

Acabo de levar uma mijada de uma cliente histérica. É f***!

Thursday, September 11, 2008

Confissões de uma pedestre*

Já me disse, uma certa vez, um sábio: "A vida é como um ônibus lotado; quando você pensa que aquele foi o pior, vem outro mais cheio ainda para desmenti-lo".

Que fosse lotado, que cheirasse mal, que tocasse brega, que queimasse parada... tudo isso seria mais suportável se as pessoas com quem divido - muito a contragosto - aquele espaço tivessem o mínimo de boas maneiras. E, se boa educação é pedir muito, que pelo menos tivessem respeito ao próximo.

O ônibus é um verdadeiro laboratório do comportamento humano. É naqueles pequenos gestos que você vê do que cada um ali seria capaz se tivesse um pouquinho mais de poder. Como diria ironicamente uma colega: "Respeito pra quê, né?". Penso no cara que passa descaradsamente na frente dos outros. O que mais ele seria capaz de fazer para levar vantagem dos outros. E se ali fosse uma fila de doação de órgãos, e não de ônibus, numa oportunidade ele tomaria a vez do outro?

Penso que a falta de caráter se manifesta assim, em coisas mínimas, e que a capacidade de ser FDP com coisas mais sérias é apenas uma questão de expoente: a base é a mesma. Em outras palavras, a situação é quem define a sua capacidade de ser canalha. É o "expoente". O cara que recebe cinqüenta centavos a mais num troco e faz vista grossa, mesmo sabendo o mal que vai causar ao cobrador, falaria pro caixa se recebesse cinqënta a mais? E quinhentos? E 5 mil? O caráter a sua base, a situação é quem exponecia. O cara que perturba a viagem do outro pregando "a palavra da salvação" respeitaria o sono de uma criança em detrimento de uma festa no fim de semana? Penso que não. A situação apenas dimensiona a capacidade de f**** o outro, a "feladaputisse" está na base do ser humano. E isso é lamentável.

Andar de ônibus seria tão mais suportável se cada um tivesse 10% a mais de respeito ao próximo.

Bendita coletividade! E eu cheia de cuidado para não machucar ninguém com minhas bolsas enormes... pra cinco minutos depois pisarem na minha sapatilha de veludo! M***!

Seria mais fácil se fosse uma escolha...

* Este post é dedicado ao FDP que veio pregando a viagem inteira no busão de Porto de Galinhas, à vagabunda que passou na minha frente no terminal de integração (jurando que eu num percebi), ao cretino que parou para provocar a cobradora e atrasou minha chegada ao trabalho, entre outros FDPs. Queria ser um homem de dois metros para descer a mão em vocês, mas, como sou pequena e magra, desejo sinceramente que vocês vão tomar n...

Monday, September 08, 2008

A gente recarrega as baterias, foge um pouco enquanto se prepara para mais uma temporada de estresses acadêmicos. Lindo o fim de semana de um casal com quase trinta, mas que passeia pelo balneário como dois adolescentes. Entre um raspa-raspa e outro, a gente ri das mulheres que vão à caça. Sim, é a bertura do verão em Porto, é divertido ver as patricinhas catando turistas. Ou simplesmente querendo pegar alguém.

Um cara aborda a gente, "Eu vi vocês hoje de manhã na praia". Eu penso "Impossível não ver um casal exótico como a gente". Me divirto vendo as pessoas nos olhar com cara de espanto, como se um cara muito alto não pudesse namorar uma menina de 1,61 m. Fico rindo por dentro com a cara de mané das pessoas. Insisto em não usar salto. Insisto em rir da jeguice feminina, as obesas de calça ultra-apertada, as peruas de salto alto na praia usando maquiagens que são verdadeiros rebocos na cara. Dá a impressão de que, a qualquer sorriso, o reboco vai rachar e cair. A gente ri de a gente mesmo. Ri dos outros.

O Carreteiro finalmente gelou. A gente dá um trato no vinho lá no jardim da pousada pra não perder o costume. E fica até a hora de dormir contando traquinagens.

Depois do café da manhã e de oziar na rede, o bom-senso manda voltar pro Recife antes do rush. Combinamos dormir no busão. Nada feito. Um cara resolve pregar durante a viagem inteira. Lê insistentemente alguns trechos da Bíblia que tem na mão (antes fosse uma gramática). Grita, esbraveja, julga e condena (e isso, eu creio que ele não tenha aprendido na Bíblia) enquanto assassina cruelmente a língua portuguesa e perturba uma viagem que dura em torno de duas horas. Dessa vez quem reza sou eu, para ter autocontrole e não pular no pescoço daquele FDP. Ele permanece gritando, parece sentir prazer em ver as pessoas irritadas. Tenta converter as pessoas enquanto eu sonho armar um barraco e chamá-lo de tudo que ele precisa ouvir.

Será esse o preço de uma fim de semana?

Filhos da p*** à parte, sempre vale a pena.

Monday, September 01, 2008

Pensar é perigoso. Falar é perigoso. Ter opinião formada acerca de algo é ainda pior.

Mas, se você a tem e isso é inevitável, pelo menos guarde-a para si.