Sem contexto
A menina: Aff! Tá mole, tá mole. Não adianta fazer força, que não fica duro. Bora! Se esforça! Vai! E faz o que eu tô pedindo...
Com contexto
O contexto: Quando a menina queria alguma coisa, ficava batendo incessantemente com o dedo indicador no braço das pessoas. Num dia desses, enquando ela batia incessantemente com seu dedinho e insistia para que o menino lhe fizesse um café, ele contraiu o bíceps para ver se o dedo dela doía e ela parava com aquele ritual sádico. Mas o músculo estava um pouco flácido e por mais que ele fizesse força para contrair...
A menina: Aff! Tá mole, tá mole. Não adianta fazer força, que não fica duro. Bora! Se esforça! Vai! E faz o que tô pedindo...
rapadura é doce, mas não é mole
- Macabea
- Cor: azul | Banda: Radiohead | Música: In the Year (Echobelly) | Homem: sei não | Mulher: eu | Bebida: caipiruva | Gesto: abraço | Animal: gato | Lugar: Olinda | Veneno: pagode | Objeto: perfume | Verbo: cantar
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Mas, como se sabe, o texto às vezes se auto-explica, e os interlocutores se confessam no que dizem. Os cientistas da linguagem afirmam que isso é a pragmática, já eu... bem, eu acho isso uma pinguelice. É mais viável ser curto e grosso, ir direto ao ponto. Senão vejamos:
Sentado à beira do lago, sob a luz incandescente do crepúsculo de uma tarde perdida de maio, um casal conversa.
A menina segura a mão do menino com certa ternura, e, com movimentos suaves de vai-e-volta em torno do dedo médio dele e um interessante brilho nos olhos, comenta:
— Você tem as mãos grandes...
O menino, por sua vez, pragmático (eu diria "pinguelão"), talvez percebendo as intenções da menina, não se sabe ao certo, pergunta:
— Você sabe o que dizem a respeito dos homens que têm as mãos grandes?
Por alguma razão, os olhos da menina reluzem na luz do sol espantados. Ela passa a língua suavemente sobre os próprios lábios, deixa a boca entreaberta e inclina-se para o menino numa insinuação contínua do corpo, misto de sedução e lascívia. E o brilho de seu olhar... bem, o brilho de seu olhar ganhou nova força. Então ela muda o tom de voz para falar como se em sussurros. E assim, suspirando ao seu ouvido, pergunta:
— O que dizem a respeito dos homens que têm as mãos grandes?
O menino calou por um instante. Havia prazer em vê-la lhe olhar daquele modo. Em tom sério, mas suave, começa a responder:
— Dizem que os homens que têm as mãos grandes têm...
— Têm o quê grande, me diz, vai, me diz — implora a menina.
— Os homens que têm as mãos grandes têm os pés grandes.
Por alguma razão, nunca mais se viram. E a menina chegou ao extremo de cometer um orkutcídio. Decerto uma tragédia. Ela o excluiu do Orkut e deixou um recado dizendo assim: "PINGUELÃO". Vá lá entender este mundo...
PS.:Como se vê, nesse caso o texto se auto-explica. O que será que a menina queria ouvir?
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