Thursday, June 12, 2008

A Empreitada

Se é verdade que as melhores surpresas chegam quando a gente menos espera, pode-se dizer que eu sou testemunha disso. E, como sempre acontece em histórias do tipo, eu não fazia a menor idéia de que junho se tornaria um mês cheio de boas razões pra comemorar. Porque foi em junho que, formada em Publicidade há apenas alguns dias e a caminho da universidade para meu primeiro dia de aula no curso de Administração, pensava em como seria desagradável começar tudo de novo. Mais desagradável ainda era pensar que não se tratava de começar tudo de novo, afinal não havia tudo que havia anos atrás: ali não era o CAC, eu não tinha mais 20 anos e o povo dali gostava de forró. Pensava: "No mínimo, vão me convidar para o Bar da Kelly (argh!)". E me convidaram mesmo! E foi replicando o convite com outro convite para uma bar mais próximo (o Bigode) que encontrei ali, caladinho, um cidadão que também conhecia o Bigode. E que era mais velho que eu. E que já tinha estudado no CAC. Eu num tava sozinha nessa empreitada!

Apesar da identificação imediata, a disância também o foi e, cheia de prioridades, tive de deixar a nova faculdade em standby. E, convenhamos, ser administradora nunca fora o sonho da minha vida. Mas, para quem não acreditava que eu fosse voltar, deve ter sido estranho ter me visto ali de novo, dessa vez assídua e sem os tradicionais cabelos vermelhos. Acho que até meu amigo ex-CAC estranhou também.

E então passou-se o primeiro período, ainda distante, com direito a uns poucos encontros, horário de almoço e baile carnavalesco. E veio o segundo período com direito a encontros diários na bibliotecas para conversar... o quê mesmo? Apenas conversar. E veio junho: jogo de futebol, jantar no chinês encontro no cinema errado. E veio a idéia de marcar na minha casa pra tomar uns drinques artesanais. E aí já não éramos mais tão (só) amigos. E, já que não teríamos a primeira aula naquele dia 12, por que não jantarmos juntos?

E então terminou o segundo período. Veio o terceiro. Veio o quarto. E seguimos juntos nessa idéia de ter Passe Fácil e pagar meia no cinema por mais alguns anos. Pode ser até que viremos administradores em conseqüência de tudo isso. Só sei que é por causa dele que não estou sozinha nessa empreitada até hoje.

4 comments:

Anonymous said...

vou estar do teu lado, em todos os momentos e para sempre, menininha.

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Heber Costa said...

Bonita história. Tá vendo? Eu sempre disse pra tu agarrar esse bofe sarado.

Macabea said...

mái toba!

Catarina de Queiroz said...

Ai! Que história fofa! É assim que começa um grande amor... O encontro inesperado com uma pessoa especial e a vida começa de um jeito diferente. Como diria meu digníssimo: "Mai flouba!". Que comentário cheio de frescura! Mas a história realmente é fofa! Bjs