Saturday, April 14, 2007

Ansiedade antes, alegria durante, angústia depois

Eu queria que o tempo passasse rápido. Por quê? Não sei, só sei que queria. Saindo um pouco da minha futilidade costumeira, há tantas coisas que eu quero entender e muitas outras que eu quero mudar. A minha futilidade sempre foi uma válvula de escape para aqueles momentos em que as responsabilidades me sufocam, em que os problemas me estressam, etc. Mas agora ela está se tornando o próprio problema. Acho que cheguei ao limite do autocontrole.

Não há responsabilidades em excesso, a ponto de me sufocar. E quando as tarefas se multiplicam, e as prioridades se sobrepõem, a certeza de que logo vou encontrar uma solução impede que eu me estresse. Não consigo esquentar. Isso seria bom se algo que foge ao meu controle não estivesse acontecendo comigo. Compulsão? ...

Sim, todos sabem que eu sempre fui consumista. Muito consumista. (Todo mundo sabe também que não sou endinheirada.) Isso sempre foi algo agradável, pois eu consumia muitas vezes por consumir, muitas vezes sem necessidade, mas sempre com autocontrole. Agora esse autocontrole sumiu. Eu simplesmente desejo uma coisa nova a cada dia. E isso me dá uma angústia que só acaba quando eu satisfaço esse desejo.

Depois do fim de semana, com sandálias, tatuagem, etc., veio o começo da semana. Saia. Livro. Perfume. Bolsas. E isso não é necessário. Tenho medo de chegar a um ponto de fazer dívidas incompatíveis simplesmente porque eu desejo. E muitas vezes isso é intransitivo: eu simplesmente desejo. E a cada dia surge um novo objeto. E estaria mentindo se dissesse que não estou com novos desejos e prestes a satisfazê-los.

Eu só quero que isso passe. Isso me dá angústia.

Não quero fazer terapia de novo.

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