Wednesday, October 26, 2011

Aquelas coisas pequenas que fazem tão bem

E eis que minha Internet cai e me deixa quatro dias alheia a meus compromissos acadêmicos (tem uns e outros serviços de Internet que acham que uso doméstico = vadiagem...). E o computador do bophe dá aquelas broncas bizarras que precisa trocar 872329895809 peças. Viramos cara-metades: eu com computador e ele com Internet, unimos nossas forças (que épico!). Cruzei a cidade e levei o computador para a casa dele para descascarmos juntos nossos pepinos. De lá ele seguiria comigo pro ballet, onde eu encararia uma maratona de aula-ensaio-aula-ensaio e então ele voltaria pra casa comigo (pra eu não voltar tarde e só pelas quebradas do Recife).

Na hora de sair, ele pegou um CD de Ramones para ouvirmos no carro. O caminho da casa dele para a escola de ballet, às 17 e lá vai, é percorrido na velocidade de uma procissão, o que me irrita muito. Mas ontem fomos ouvindo aquela coletânea de Ramones, todos ainda tão vivos ali no carro! O trânsito nem me incomodou, distraída que estava entre um comentário babaca e outro, uma "matação de vida alheia" e trilha sonora de primeira. Não estávamos tomando vinho em taças de cristal numa praia paradisíaca em noite de Lua cheia. Estávamos no trânsito ensandecido do Recife falando potoca e rindo das nossas próprias mamonices.

Nas próximas horas, eu teria uma maratona de ballet e dança contemporânea que só me liberaria por volta das 22h, quando costumo sair suada, porquinha e toda descabelada. E aí, minutos antes de estacionar na escola de dança para começar, meu bophe diz: "Vamos sair pra comer depois da sua aula?". E destruímos megassanduíches com refis e refis e refis de refrigerante e fomos para minha casa arriar a carcaça. Hoje, saímos juntos pela manhã, eu para um evento do mestrado e ele para uma reunião. O CD de Ramones dele ficou no meu carro.

Agora me responda: dá pra ser mais feliz?

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