Monday, July 23, 2012

Momento mulherzinha II: óleo de argan


Ultimamente, tenho entrado nas lojas e sido bombardeada por uma marca chamada Yenzah. Peço uma sugestão pra ressecamento: Yenzah. Peço sugestão pra cachos: Yenzah. Uma vendedora me para no corredor e me diz que meu cabelo está amarelando e que tem uma solução: desamarelador da Yenzah, claro. Daqui a pouco vão treinar vendedores pra praticar hipnose... Geralmente, quando surge uma marca nova no mercado e ocupa vigorosamente a ponta das gôndolas, com promotoras insistentes, dizendo que seus produtos podem curar até doença degenerativa, desenvolvo uma antipatia gratuita.  Bem, não tão gratuita.

Pra coroar, ainda tem o fato de que estamos vivendo a febre do óleo de argan. Depois da fase do chocolate, da queratina, do pigmento azulado, das escovas de ingredientes exóticos, agora temos embalagens azul com laranja por toda parte. Até aí, tudo normal: é comum as marcas seguidoras fazerem alusão à identidade visual das marcas líderes para criar identificação e, ainda por cima, faturar em cima dos desavisados que acham que "é tudo igual". Mais uma vez, antipatia pela Yenzah: putz, uma coisa é fazer alusão, outra coisa é uma identidade visual quase gêmea. Mas sabe que acertaram? Aquela febre de azul com laranja nas pontas das gôndolas me venceu pelo cansaço, e fui pesquisar sobre a nova marca-babado que tanto tem investido em promoção.

As resenhas de blogueiras eram só elogios, e seriam muito convincentes se pelo menos elas se dessem ao trabalho de editar o conteúdo dos press-releases que recebem. So so boring! Um ou outro me pareceu convincente e, por algum motivo, decidi eu mesma experimentar. Comprei um kit contendo um óleo, uma máscara de hidratação e um leave-in. Em casa, de cara experimentei o leave in e achei meus cachos pouco definidos e cheios de frizz.

No dia seguinte, lavei e apliquei o óleo mecha a mecha, como manda o site da Yenzah. Depois de dez minutos, enxaguei e achei meu cabelo uma palha. Não tenho hábito de usar óleo e estranhei a textura. Então, apliquei o leave-in e fui escovar, já que o produto é termoativado. Nas primeiras mechas, achei o cabelo estranho, meio palhoso, eletrizado, sei lá descrever. Daí terminei a escova. E meu cabelo tava uma seda irreconhecível. Relmente, o frizz foi uma queixa da minha mãe, que usou o leave-in e adorou, mas recebeu o frizz. Daí eu pequei o óleo, pinguei DUAS (nunca mais que isso) gotas nas mãos, aqueci com o atrito e apliquei do meio pras pontas, principalmente nas pontas. Pranchei e fiquei com cabelo de celebridade.

Realmente, vi em algumas "resenhas" algumas meninas dizerem que deixava o cabelo mais liso, e senti isso mesmo no meu. Mas vale dizer que meu cabelo, apesar de cacheado, alisa com muita facilidade, basta um coque pra deixar ele lisinho. Mas está de uma maciez irreconhecível, como se eu tivesse feito uma daquelas hidratações/progressiva de salão em que a gente gasta rios de dinheiro e sai com cara de diva.

Ainda não tenho uma avaliação definitiva. Como o babado é termoativado e não tenho difusor para secar os cachos, tive que apelar para a escova, então não sei como seria com meus cachos. Então, apesar de eu ter nutrido uma enorme antipatia pelas ações promocionais da marca, incusive pela explosão de "resenhas" com cara de CTRL C + CTRL V, acho que temos mais uma opção promissora e com preços acessíveis no mercado.

Aqui no Recife, praticamente todas as lojas de cosméticos estão praticando o mesmo preço: mais ou menos R$ 28 pelo leave-in, R$ 36 pela máscara e R$ 48 pela hidratação (não é exatamente isso, são aproximações). O kit custa R$ 87,50 e, na hora fiz as contas na loja, seria uma economia de R$ 25, se comparado com a compra de cada item separadamente. Aí comprei o kit. O leave-in e o óleo já ganharam meu coração, e meu bophe amou o cheiro que fica no cabelo. A máscara fica pra depois.

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