Monday, January 25, 2010

A festa nunca termina

Sábado, meu namorado estava às voltas lá pela Cultura e encontrou o DVD de A Festa Nunca Termina. E aí ele me chega com esse DVD nas mãos, mais feliz do que pinto no lixo porque iria finalmente assistir ao famigerado. Eu também fiquei louca para ver, apesar de ter achado que o filme frustrou minhas expectativas quando assisti no cinema, lá pelos idos de 2003. Mas, visto no aconchego do meu lar, longe daquele cinema fedorento da Fundaj (foi antes da reforma, tinha um mofão ao meu lado) e sem ninguém roncando ao meu lado, tudo pareceu bem mais interessante. É como se eu estivesse lá na Hacienda, como se andasse pelas ruas de Manchester. Eu consegui experimentar tudo o que me tinha passado batido: me emocionar ao ver a morte de Ian Curtis, sentir esperança ao ver o New Order surgir após a tragédia ("Nunca imaginei que uma banda fosse capaz de sobreviver à morte de seu líder, mas o New Order conseguiu"), sentir saudade ao ver a Hacienda fechar como se aquele lugar tivesse embalado muitas das minhas noites. Eu me despedi junto com aqueles figurantes de todo o hedonismo do Hacienda. A festa nunca termina, o filme sim. 116 de minutos de imersão.

"Entre a verdade e a lenda, escolha a melhor história."
Obrigada, Tony Wilson!

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