Thursday, February 05, 2009

Inferno astral pré-carnaval (a rima é tão desagradável quanto o famigerado IA)

Começou precisamente quando? Não sei. Dizem que são exatos vinte dias antes do aniversário. Sendo assim, seria dia um. Ou seja, ainda me sobram quinze dias de sobressalto esperando algum fato desagradável ou, no mínimo, inusitado. Para quem não lembra, no ano passado eu fui presenteada com nada mais nada menos que trinta e três aftas. Isso mesmo, não é exagero. E elas perduraram até depois do aniversário para compensar o 2007 sem inferno astral.

Pois bem, o meu assinalou sua chegada ontem, mais ou menos às 17h40, aquele finzinho de tarde bonito em que o céu fica meio cor-de-rosa, nem claro nem escuro. Eram três limpadores de vidros. Um parou mais na frente, um exatamente ao lado da minha janela, o outro mais atrás. Três caras pra limpar um único carro? Já vi que tava f*****. Foi quando o do meio bateu na minha janela, levantou a camisa e me mostrou sua arma. Sim, era um revólver de verdade. Mandou que eu abrisse a janela. E eu lá era doida de me negar a abrir? Pois bem: "Celular e dinheiro senão eu atiro". Eu peguei minha bolsa, que tava atrás do banco: "Leve a bolsa toda". Ele não quis (ou eles não quiseram, sei lá). Mandou que eu desse o celular e o dinheiro. Catava os objetos na bolsa na base do tato (acho que nessas horas a gente fica mais míope), encontrei primeiro a carteira, dei a ele. Mas ele queria o celular, ele dizia que ia atirar na minha cabeça se eu não o desse. O sinal abriu e, mais uma vez, eu ofereci a bolsa toda. Ele disse que esperava. "Celular senão eu atiro na cabeça!" Enfim, perdeu a paciência e me mandou ir embora. Enquanto eu ma afastava do lugar, ouvia o grito do cara, provavelmente de frustração, raiva, sei lá: "P****!". Eu segui, não me queixava. Enquanto dirigia, agradecia a Deus não ter sofrido nenhum tipo de agressão.

O saldo: menos dois (três?) cartões, menos uma carteira da Pucca que comprei por sete conto no chinês e mais a certeza de que o Recife* não tem jeito.

* Este foi meu quinto assalto. Dos cinco, quatro foram no mesmo lugar: nas imediações do Bompreço e da Mc Donald's da Agamenon Magalhães. Esse tipo de coisa é recorrente por lá há anos e eu ainda não vi sinal algum de que aquele local receberia reforço no que diz respeito a segurança. Pra que se faz boletim de ocorrência? Algum dia me disseram que os BOs ajudavam a mapear as áreas mais arriscada. Agora eu pergundo aos que certamente sabem mais que eu: mapear pra quê?

1 comment:

Anonymous said...

Amiga, espero que este tenha sido o único incidente desagradável do seu inferno astral, afinal, ele já vale por vários! E graças a Deus que não aconteceu nada com você e nem seu celular o cara levou! Até que no meio do azar de já estar no quinto assalto, você deu sorte... rsrsr Um bjo pra ti e muito boa sorte nos próximos dias até o dia 21 de fevereiro...
PS: Fazia tempo que não aparecia por aqui... já tinha meio que me esquecido. Mas gosto do seu jeito de escrever e assim fico sabendo as novidades... Vê se aparece no meu de vez enquando.. www.cacausinger.flogbrasil.com.br
Te aguardo por lá! Bjo!