Friday, November 12, 2010

Uma prova e muitas lembranças

O fim dos anos noventa deixou muito boas lembranças, outras desagradáveis, que, acabo de descobrir, tornaram-se um verdadeiro trauma. A exemplo dos Natais e réveillons depois de levar pau no vestibular, uma tortura. O sentimento é de fracasso, de que um ano se perdeu, de que mais amigos se foram para outra dinâmica, outra realidade, de que vocês está sozinha, etc. Afinal, não é fácil ver os amigos indo para a universidade enquanto você está fadado a mais um ano de cursinho. Também não é legal encontrá-los no fim de semana e ver que a vida deles agora é outra e que a sua rotina não pertence mais a eles... um dramalhão, né? Pois é, essa foi a sensação que eu tive quando finalmente (há exatos dez anos) eu passei no vestibular: que fiz um dramalhão de algo tão simples! Na verdade, eu vim ter essa sensação poucos anos depois, quando percebi que recomeçar é importante, que no cursinho fiz grandes amigos, que precisei amadurecer para começar a educação superior e que aquilo que parecia um sofrimento apenas fez parte do processo: não cheguei verdinha na universidade e fui logo para o mercado. A prova cabal da máxima de que Deus escreve certo por linhas tortas.

Pronto! Trauma superado, correto? Erradíssimo. Descubro eu, anos depois, que o trauma está lá, vivíssimo do mesmo jeito, como se fosse hoje... Bastou eu fazer uma má prova de seleção para o mestrado, e tudo veio à tona de novo. Veio à tona o não saber por onde recomeçar, o vazio de desejos num espaço de alguns meses - que eu não seicomo preencher -, a projeção do réveillon com a sensação de que a grande meta, talvez, só ano que vem. E dessa vez tem novidade: a falta de remédios (parei de tomar em agosto), o medo de mais uma depressão... Porque ficar sem tomar fluoxetina é muito bom até que a primeira bomba desabe na sua cabeça. E minhas férias de dezembro? Vão perder a graça quando eu descer do palco e acabarem os ensaios, a preparação, as coreografias?

Eu poderia não estar pensando em nada disso e entender que ser classificado ou não são os únicos destinos possíveis de quem se submete a um processo seletivo. Se não fossem todas essas lembranças, se não fosse o peso das expectativas de todo mundo em cima de mim (com há mais de dez anos). Mas dessa vez tem que ser diferente. Eu tenho que aceitar como gente grande (embora no momento eu só tenha crescido para os lados). Pois eu nunca deixei de acreditar na Deus sabe muito bem o que faz. Mas há qualquer dissonância entre meu raciocínio e meu emocional, e tudo isso dói só de imaginar.

Dizem que é ruim nadar e morrer na praia, mas morrer antes de começar a nadar é igualmente ruim. O bom mesmo é completar o trajeto... pena que tão difícil!

Monday, August 02, 2010

Teledramaturgia global: uma luz no fim do túnel

As conversas de domingo lá em casa são legais: um monte de mulheres maduras (e algumas idosas) tendo acesso de nostalgia em relação às novelas da Globo. "As novelas de hoje não prestam", "Pai Herói é que era novela", "Por que não reprisam Locomotiva?" são a pauta dos protestos delas. E às vezes me custa crer que elas estão falando da mesma emissora que produziu Tempos Modernos e outras tantas da minha época que têm exposto autores consagrados ao ridículo de interpretar papéis discutíveis. Eu só acredito porque não sou lá tão jovem. E tive o prazer de saborear uma pontinha dessa tal "época boa" da teledramaturgia global, quando as novelas da Globo eram o melhor da cultura inútil para arejar as ideias. Eu acredito porque assisti a A Gata Comeu aos seis anos de idade e aos dezenove tive a oportunidade de assistir ao seu segundo Vale a pena Ver de Novo e ver que pode-se fazer uma boa novela sem violência, sexo e morte (parece incrível, mas eu não me lembro de uma morte sequer durante toda a trama).

E agora eu me deparo com TiTiTi, depois de tanta expectativa. E essas semaninhas iniciais já serviram o folhetim para mostrar ao público a que veio. Mesmo unindo a trama de mais outros folhetins, como Plumas e Paetês, a novela tem uma trama bem amarrada e um toque cômico na medida certa: sem os exageros que vêm permeando o horário das sete já há algum tempo.

TiTiTi aparece como uma luz no fim do túnel para o horário das sete. Se a experiência der certo em termos de audiência e outros resultados mensuráveis, vale a pena repensar o formato que vem sendo usando atualmente e estudar a possibilidade de investir nos remakes. E, já que o horário das sete se caracteriza por tramas mais leves e com uma dose de humor, eis bons nomes para repetir o êxito de TiTiTi: A Gata Comeu, Cambalaxo, Que Rei Sou Eu, Top Model...

Críticas à nova TiTiTi? Claro que tenho. Pelamãedoguarda, o que é aquela abertura com Rita Lee? Por que não usar a música original, da saudosa banda Metrô, a cara dos anos 80 e com a voz encantadora de Virginie? Por que usar uma nova versão de True Colors, se a de Cindi Lauper é bem melhor? Só isso que me deixou meio frustrada. Mas, fora isso, o importante é que estou tendo a oportunidade de ver a novela de que minha mãe tanto fala desde que me entendo por gente.

E para matar a saudade de TiTiTi "vintage", assista aqui à abertura dos anos 80, época em que se dispunha de bem menos recursos gráficos e, ainda assim, tínhamos aberturas mais legais que as de hoje. Mas isso já é outra história...

Friday, July 30, 2010

Sobre caráter e balança

Eu li, certa vez, que o caráter é um troço binário: ou você tem ou você não tem. Não tem um meio-termo, tipo: "Atanagildo até que tem um caráter maio bom". Também nunca ouvi falar em semimau-caráter.

Alguém já? Mantenham-me informada!

Ultimamente, estou começando a achar que caráter pesa. Pesa mesmo, tipo um fardo. Tipo: você se depara com um FDP, mau-caráter daqueles que se sentem bem em f**** os outros (e não f**** com os outros), canhalhice em nível avançado e... simplesmente não consegue fazer o mesmo com ele, mesmo nas ocasiões em que lhe faltam oportunidades. Como se alguma força, algum tipo de gravidade emocional, te prendesse ao chão. E você não f*** quem merece ser f*****.

Então eu acho que caráter pesa. Deve ser por isso que, embora magra, eu sempre me sinta acima do peso. E deve ser por isso que tem tanta gordinha se achando magra por aí...

Monday, June 14, 2010

Eu já tava preparada pra restrições comemorativas no dia dos namorados, afinal o Teste Anpad me esperava no domingo, antes as 8h. Então saímos para almoçar, depois compramos sorvete e levamos pra casa. Lá, fizemos milk-shake e fomos assistir A Festa Nunca Termina (24 hour party people), depois o primeiro episódio da terceira temporada de House (tá na chuva, é pra se molhar). Aí a gente ficou oziando até dormir. Mas quem disse que eu dormi? Parecia que a noite era longa demais. Eu dormia e acordava e dormia de novo e, quando acordava de novo, ainda tava tudo escuro. Até que, quando consegui relaxar e dormir um pouquinho, o despertador me lembrou que alegria de pobre dura pouco. Pois bem, o dever me chamou.

Cheguei lá bem antes da hora, a universidade tava mais animada do que em dia de calourada, tava tendo um concurso além do teste, e eu fui fazer prova no centro de Turismo (lugar superestranho, por sinal). Eu nunca, nunca mesmo, me deparei com uma prova em condições tão adversas. Em apenas 1h40, resolver 40 questões de raciocínio lógico e quantitativo, com enunciados enormes e cálculos para fazer, me pareceu impossível. Alguém discorda? Eu realmente achei impossível.

Mais 1h40, e tínhamos de resolver 40 questões, sendo 20 de português e 20 de inglês, cada uma baseada em textos enormes. Ahora me diga: quem, em sua sã consciência, consegue resolver questões de interpretação textual ser reler, inter-relacionar, fazer grifos, etc.? Agora me diga: quem consegue fazer tudo isso em 1h40 e ainda marcar gabarito? Eu não, e por isso me f****.

Mais 50 minutinhos, e uma prova de raciocínio analítico com enunciados enormes para interpretar, inferir e responder 20 questões. Possível? Para mim não. Saí de lá com o pescoço doendo, e e feliz por não ter me desgastado. Fez-se o que pode, não é? Apesar de tudo, achei provas muito bem elaboradas e agradáveis de se fazer. O grande problema? O tempo.

Perdi meu domingo, meu sono e acho que algum pedaço do meu pescoço (que tá doendo até agora). Espero não ter que fazer mais dessas ao longo da minha vida.

Friday, June 11, 2010

Metade cheia, metade vazia

Você ouve No Surprises (Radiohead) e se vê na letra da música. Você ouve Fábrica (Legião Urbana) e não consegue entender como alguém tão distante de uma determinada realidade consiga descrever de forma tão fiel as sensações de quem é parte (vítima?) do sistema. Você tem um amigo reacionário, se diz socialista, vê o lado ruim de tudo, e você passou a vida toda achando que ele é pessimista ou carrega consigo frustrações fora do seu poder de resolução. Mas, quando você se vê nessas letras e começa a achar que seu amigo apenas é um cara que amadureceu mais cedo que você (e que, portanto, seu ceticismo tinha toda a razão), será a hora de ligar o alerta?

Metade de mim se sente triste, desmotivada, irritada. Mas, curiosamente, ao questionar suas escolhas, dificilmente se arrepende delas. Seria o estado máximo do conformismo, do tipo "fazer m**** é aprender", e aceitar as consequências com resignação? Não sei. Mas aceito com serenidade, não resignação. Uma serenidade que às vezes chega a doer. Mas, se aquilo que é sereno não dói, tem algo estranho aí. E é essa inequação que me paralisa. A garrafa está metade vazia, mas não me incomoda mais. É como se estivesse metade cheia. Mesmo sem estar.

Mas eu tenho tanto medo, tando medo. Parece que minha cabeça trabalha a uma velocidade muito maior, que a hiperatividade toma conta de mim e me mostra que há 54565458245 caminhos, e que eu sou capaz de escolher qualquer um deles. Ou melhor: sou capaz de seguir qualquer um deles, mas incapaz de escolher qual deles seguir.

Talvez o problema todo seja este: me julgar capaz, quando passei a vida inteira me julgando incapaz. E me julgando incapaz eu me permito errar. Mas, no momento, errar pode me deprimir profundamente. Por isso que deve ser mais fácil permanecer no erro em que já se está se errar de novo, e de novo, e de novo... até acertar pode fazer com que eu me sinta impotente. Deve ser aí que surgem as acomodações. Aquela que paralisa. Aquela que nos impede de acertar por medo de errar.

"Quem me dera acreditar
Que não acontece nada
De tanto brincar com fogo,
Que venha o fogo então!"

Monday, April 05, 2010

Fonte: DAHMER, André. Malvados.
Quando minha terapeuta me ajudou a pesar os prós e contras pra escolher entre Comunicação e Letras, não me advertiu desta possibilidade. Valeu, Dahmer.

Wednesday, February 03, 2010

Eu e meu designer

Nem sei se poderia citar este artigo aqui, mas achei tão legal... De qualquer forma, créditos devidamente citados.

50 razões para não casar com um designer gráfico

Autor: Jonas Rafael Rossatto
Fonte: Espaço.com/Design
Grifos e comentários meus

Designers já tem uma reputação muitas vezes distorcida pela sociedade, então resolvi compilar essa lista para você que está pensando em casar com um Designer. Mas lembre-se, não desista casamento não um empreendimento. (é uma loucura) Segue a lista.

  1. Há milhões e milhões de designers no mundo.
  2. São egoístas e egocêntricos.
  3. Todos tem salários baixos. (Publicitários também. Sou solidária ao meu bofe.)
  4. Não aceitam críticas (recebem mas não as entendem).
  5. Se odeiam entre si.
  6. Não sabem somar nem subtrair quando vão ao mercado.
  7. Não sabem mudar uma lâmpada sem fazer um esboço.
  8. Gostam de ver os créditos completos do filme (e cenas cortadas).
  9. Não deixam você decorar a sua casa. (Porque, se deixasse, a nossa viaria um chiqueiro.)
  10. Tudo é um grande brainstorm (tempestade de ideias). (E não é pra ser não?)
  11. Você nunca saberá se os documentos e credenciais são reais ou adulterados.
  12. Fazem montagem com suas fotos.
  13. Mantêm revista e qualquer coisa que tenha fotos no banheiro.
  14. Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (Bansky, Sagmeister, Basquiat, Paul Rand, etc.).
  15. Tira fotos para seu diário todos os dias. (O meu é designer, não emo.)
  16. Acham que tudo pode ser resolvido com um Shape ou uma nova Layer.
  17. Tudo é justificado a esquerda, direito e centro, pelo menos quando estão atrasados.
  18. Todos odeiam a fonte “Comic Sans” (e amam Helvetica). (Quem de bom gosto não odeia?)
  19. Tomam bebidas de qualquer espécie apenas porque gostam da embalagem.
  20. Eles roubam placa da rua e orelhões telefonicos.
  21. Roubam cartazes de shows e eventos e te fazem passar vergonha.
  22. Amam tênis com cores estranhas e bizarras.
  23. Usam all star com roupa social e acham o máximo (Cuidado ele pode usar isso no casamento). (Dou o maior apoio, usa mesmo, vai!)
  24. Tem sempre marcas de tintas em suas mãos.
  25. Eles ficam irritados com as palavras: bonito, feio e artista.
  26. Eles precisam consultar o Pantone antes de se vestir para saber a combinação correta e para ter um contraste legal.
  27. Eles odeiam Office (Word, Excel, PowerPoint, Publisher).
  28. Acham que podem salvar o mundo com um cartaz bonito.
  29. Eles sempre sabem tudo todo o tempo.
  30. Gostam de músicas “Indie” (Aquela música que metade da humanidade nunca ouviu falar). (Pior seria se fosse chicleteiro.)
  31. Criam suas piadas locais, e vão rir daquele video que você achou sem graça no Youtube. (Fárias fêzes.)
  32. Lêem livros raros, histórias para crianças e semiótica.
  33. Eles gastam horas incontáveis em seus espaços, rindo sozinhos, com seu computador (geralmente Mac).
  34. Sua vida social depende de seus amigos e outro designer.
  35. A maioria são viciados em tecnologia todo o dinheiro da família na Apple Store.
  36. Eles gostam de camisas com estampas e alguma brincadeira sobre algo atual ou muito retrô.
  37. Todos tem suas lojas preferidas, que atendem o publico “Staile”.
  38. Eles viram psicopatas quando você diz que design é apenas desenho.
  39. Começam a rir sozinho quando pensam em como executar um job.
  40. Fumam maconha!
  41. Sempre dizem que podem superar o trabalho dos outros.
  42. Todos já foram ou cogitarão ser DJs (pelo menos uma vez).
  43. Costumam vender tudo que compram, livros, revistas, canetas, camisetas (cuidado você está a venda).
  44. Todos tem personalidade geeks e infantis.
  45. Gostam de desenhos americanos ou japoneses e passarão horas assistindo.
  46. Gostam de mudar de cidade, estado país o tempo todo.
  47. Trabalham retocando foto de modelos e olhando mulheres em grande parte do seu tempo.
  48. Assistem documentários e vão a museus.
  49. Fumam Camel porque acham a carteira bonitinha.
  50. Tenha sempre um bom sonho, porque eles trabalham a noite.
Se você, como eu, acha tudo isso legal, também ama tênis de cores estranhas e detesta Comic Sans, se joga que a relação é promissora!

Você odeia a C&A? Então seja bem-vindo! #novelamexicana

Eu odeio a C&A, e não falo isso do ponto de vista dos produtos, afinal toda loja desse porte tem o joio e o trigo, é só separar. Falo em relação aos serviços. Nunca recebi um atendimento do tipo... "nossa, como estou satisfeita", mas ontem passaram dos meus limites. E di-cum-força!

Fui assaltada em fevereiro do ano passado e bloqueei o meus cartões o mais rápido possível. Todos os cartões me permitiram solicitar uma segunda via quando do bloqueio, por telefone mesmo. Todos... menos o da C&A. A segunda via teria de ser solicitada pessoalmente numa loja. Ok, burocracia 10, presteza 0. Por conta disso, abri mão de usar um cartão que oferece inúmeras vantagens durante quase um ano só para não ter de aturar aquelas esperas intermináveis.

Mas o consumismo move montanhas e, atraída por uma sandália cor-de-rosa com tachinhas, decidi pegar a velha e querida senha e tomar um chazinho de espera. A famigerada senha já me advertia: tempo de espera - 29 min (já ouviram falar da lei municipal que limita a espera a 20 min? acho que eles não). Topei? Topei, já tava ali mesmo, o que é um peido para quem está cagado? Depois de 384938678759 minutos, a cidadã falou que a emissão de uma segunda via meu cartão demoraria bastante por causa de um bloqueio especial que fazem nos cartões de limites altos e que, por conta disso, me daria uma autorização de compra e, quando eu tivesse tempo, voltasse lá e solicitasse novamente.

Pois bem, lá vou eu feliz com minha sandália e autorização na mão e, depois de mais 218948975897 minutos no caixa, a outra cidadã me informa que meu cartão está bloqueado. "Sim, claro, ele foi roubado, mas eu acabei de solicitar uma autorização provisória de compra e lá blá blá..." É, sendo que a colega competente me deu uma autorização de compra com a numeração do cartão antigo - roubado e bloqueado. Esqueceram de dizer a ela que era preciso gerar uma nova numeração para o documento. Me mandaram de volta para o fantástico mundo das senhas e eu fiquei lá, plantada, enquanto a cidadã tentava ligar para não-sei-onde e solicitar a numeração. Por fim, la desliga o telefone e me avisa: hoje não dá mais. Só amanhã. Me procura ao meio-dia que você não precisa mais voltar à fila...

P*** da vida, deixei as sandálias lá, e me recusei a comprar à vista ou voltar amanhã para concluir a burocracia e ter o meu cartão de volta. Assim como os cartões de outras instituições pouco proativas, ele vai para o limbo, de onde não sairá por muitos e muitos anos...

Thursday, January 28, 2010

A primeira semana

Fluoxetina manipulada presta? Funciona? Não sei. Daqui a algumas semanas (e quiçá alguns surtos) eu conto pra vocês.

Faz sete dias que voltei a tomar depois de um ano de abstinência e torçam pra dar certo senão vocês vão ter que engolir minha eterna TPM. Simples assim.

Eu agora tô na fase da demência. Nada me alegra nem me incomoda. Bom começo? Sei lá.

Como identificar um grande psiquiatra

Pois é, eu nem falei que a minha consulta com o novo psiquiatra foi recheada de surpresas (#ironia). E ele me passou sabe o quê? Fluoxetina! E de 20 mg! Que novidade, não?

"Boa-tarde, Doutor."
"Boa-tarde. O que a traz aqui."
"O psiquiatra que me acompanhava deixou o convênio. Fui transferida."
"E você tomava alguma remédio? Quer continuar?"


Oi? Alguém aí ouviu falar em anamnese?

Se eu fosse uma louca irresponsável, inventaria que tomava Bup, Cymbalta, Diazepam, Rivotril e mais um mói de coisa, e bastava eu dizer que gostaria de continuar para sair com uma pá de receita e faturar dinhero no câmbio negro. Mas, droga, eu não sou empreendedora! Então, humildemente, falei que tomava Verotina e que continuar ou não era uma decisão que ficaria a critério dele.

"Você teve um episódio depressivo?" (Nossa, até que enfim ele quer saber algo a meu respeito.)
"Tenho eventualmente." (Não, idiota, tomo Verotina porque tem gosto de cerveja.)
"Tem algum caso de transtorno afetivo na família?"
"Bem, eu acho minha mãe irritável além do normal, me parece uma distim..." (Ele interrompe.)
"Tá bom, não precisa dizer mais nada, ela tem transtorno afetivo." (E anota essa conclusão muito bem fundamentada num prontuário.)


Hora de passar remédio. Pra que conversar?

"Você reage bem à fluoxetina?"
"Sim, fico apenas um pouco agitada, impulsiva. O médico falou que era porque 20 mg é muito para mim, só preciso de 10 mg, mas num tem de 10 mg pra vender."
"Tem, tem sim. Quer tomar Verotina ou outro com a mesma substância?"
"O que é melhor para mim?" (O senhor já leu no meu prontuário que sou publicitária, e não médica?)
"Pra mim, depois de Prozac é tudo igual."
"Então eu quero o mais barato. Pode manipular?"
"Pode sim, numa farmácia boa é tão bom quanto a Verotina."

Escreve, escreve, escreve...

"Olhe, vou começar passando de dez porque você está visivelmente deprimida." (Sério?! Não brinca...)

Só então entendi porque dizem que a diferença entre o psiquiatra e o paciente é o porte da chave do consultório.

(Depois que eu saí, se alguém perguntasse a ele se sou loira ou morena, ele não saberia responder.)

Monday, January 25, 2010

A festa nunca termina

Sábado, meu namorado estava às voltas lá pela Cultura e encontrou o DVD de A Festa Nunca Termina. E aí ele me chega com esse DVD nas mãos, mais feliz do que pinto no lixo porque iria finalmente assistir ao famigerado. Eu também fiquei louca para ver, apesar de ter achado que o filme frustrou minhas expectativas quando assisti no cinema, lá pelos idos de 2003. Mas, visto no aconchego do meu lar, longe daquele cinema fedorento da Fundaj (foi antes da reforma, tinha um mofão ao meu lado) e sem ninguém roncando ao meu lado, tudo pareceu bem mais interessante. É como se eu estivesse lá na Hacienda, como se andasse pelas ruas de Manchester. Eu consegui experimentar tudo o que me tinha passado batido: me emocionar ao ver a morte de Ian Curtis, sentir esperança ao ver o New Order surgir após a tragédia ("Nunca imaginei que uma banda fosse capaz de sobreviver à morte de seu líder, mas o New Order conseguiu"), sentir saudade ao ver a Hacienda fechar como se aquele lugar tivesse embalado muitas das minhas noites. Eu me despedi junto com aqueles figurantes de todo o hedonismo do Hacienda. A festa nunca termina, o filme sim. 116 de minutos de imersão.

"Entre a verdade e a lenda, escolha a melhor história."
Obrigada, Tony Wilson!

Monday, January 18, 2010

Novo Psi

Amanhã é minha primeira consulta com o novo psiquiatra, e eu passei tanto tempo na expectative de encontrar alguém que resolva minhas mazelas que estou com quase certeza de que vou me decepcionar. Algo me diz que psiquiatra que atende em convênio dá o mínimo de si. Pelo menos era essa a sensação que o anterior me transmitia. Saí de lá sem um laudo sequer e vou chegar pro cara amanhã dizendo o quê? Vou começar tudo do zero?

Talvez não seja um má ideia. Começar tudo do zero, anamnese, contar tudinho, desde o começo, desde as primeiras fluoxetinas animadas etc.

E desde quando médico de convênio tem tempo pra isso? Poupe-me...

Acorda, Maca!

Thursday, December 10, 2009

...

(Em sinal de respeito (mesmo a quem não tem lá esses respeitos pelo ofício) não vou dar nome aos bois.)

Oi, caros colegas, o desabafo continua. Passei a noite pensando que, se eu precisar de conhecimentos de RH para passar num concurso público, vou ter que rezar pra receber uma entidade como a de Chiavenato, porque se depender dos conteúdos ministrados em sala de aula... medo, muito medo! (Pausa para uma dúvida: é possível receber espírito de gente viva? Não né? Então estou mais f***** do que pensava.)

Colegas queridos, nenhum de vocês por lá, todo mundo de férias, clima de paquera, alto-astral, e eu lá, com minha resignada equipe, apresentando seminário para duas pessoas além da professora. Nem os chocolates que distribuímos conseguiram atrair colegas, muito menos o banalizado dez. Isso mesmo. Todo mundo tirou dez nos seminários, até quem só fez palhaçar emal todou no tema. Mas a gente não. Por que será? Será pessoal? kkkkkkkkkkkkkkk

Aimeupai, deve ser porque não dei a minha foto 3 x 4! E, pasmem, dar a foto garantiu umas pontuações de bônus aos alunos, belo critério de avaliação. Mas quem sou eu pra falar de avaliação? O que eu aprendi sobre isso nas "aulas" de RH? Nada, claro. Ninguém ensinou. Mas, sejamos justos, aprendi um monte de coisa. Lições de sobra.

Aprendi bastante sobre absenteísmo. Fo-oi. Muito mesmo. Mal vi a cara da professora por lá. Sempre arrumava uma descukpa cretina para não dar as caras. Tipo: "Sou generosa e bondosa e vou faltar para dar três dias para os grupos montarem seminários criativos". E tome faltar. Dor no osso do cabelo. Dor no cabelo da unha. Evento aqui. Simpósio ali, Congresso sei lá onde. Premiação sei lá de quê. Discurso para babacas: "Oh, como sou workaholic! Oh, quantos compromissos!". Esqueceram de dizer a ela que workaholics cumprem os compromissos. Mas isso não tá na ementa da disciplina.

Como assim ementa? Ementa? E tem isso é? Ah, tem. Foram os alunos que deram aulas com os tais "seminários criativos". Ô professora, e pode isso é? Os alunos dão aula no seu lugar, e o assunto é cobrado em prova? Sim, porque a mesma pessoa que teve a cara de pau de faltar desordenadamente teve o descaramento de mandar um cidadão para a final por causa de 0,125. Né piada não, galera. É di-cum-força mesmo. Eu vi, ninguém me contou não. Eita, aí eu tô me entregando demais, né? Mas, pra evitar uma represália, até dei print screen na minha tela do Sig@, porque se amanhã minha nota aparece diferente, já sabem, né? kkkkkkkkkkkk

E, antes que pensem que eu sou uma barraqueira de plantão (tem até gente dizendo que vou fazer um dossiê!), digo logo que vou ficar aqui recolhidinha na insignificância do meu humilde blog, onde eu escrevo mais para mim que para os outros. Porque todo mundo tá insatisfeito, mas, na hora em que o sisteminha estampa lá "aprovado por média", todo mundo esquece sua insatisfação e. E eu é que n vai curtir as férias. Isso não é uma crítica, colegas, não mesmo. Só quero dizer que eu não vou me expor estampando meu lindo rostinho, reivindicando as aulas não dadas, a avaliação discutível e uma série de coisas que deveria ser um interesse de todos. Enfim. Vou seguir o conselho daquele sábio que dizia "ado, a-ado, cada um no seu quadrado" e rezar para que essa cidadã não cruze mais o meu caminho.

Quanto ao conhecimento, tudo bem. Passo umas férias lendo Chiavenato ou invocando uma entidade que domine o assunto antes de fazer qualquer prova de RH.

E, à professora, conselhinho de despedida: você precisa aprender a bilocar. Ei, num é sacanagem não. Bilocar significa ocupar simultaneamente dois lugares por milagre ou força sobrenatural. Talvez isso ajude pessoas competentes e extremamente requisitadas como você (risos) a honrar seus compromissos.

Thursday, October 29, 2009

Desabafo da otária - novos capítulos

Quero começar explicando que isto aqui é um blog pessoal, em que escrevo quando me dá vontade, divulgo só aos amigos mais próximos e, eventualmente, faço postagens com fins terapêuticos. Não gosto de discutir coisas de faculdade, evito citar nomes e escrever qualquer coisa que venha a constanger alguém.

Eu curso Administração numa instituição muito bem conceituada e posso dizer, com a experiência de quem já cursou uma outra graduação na mesma instituição, que o departamento de Administração é um dos mais bem organizados e bem geridos que eu já vi.

Acontece que já faz algum tempo que um problema da faculdade vem me irritando além do nível de estresse normal. O problema tem nome e sobrenome, que eu prefiro não citar, e "ministra" (?) uma disciplina no curso de Administração dessa universidade. Desde os primeiros sinais de que eu viria a ter problema com essa "professora", prometi a mim mesma que iria evitar criar mal-estar, não me reportaria à coordenação e que, só quando estivesse aprovada, iria fazer minha avaliação negativa, para evitar represálias. Sei lá, né? Isso que eu tô fazendo não é agradável a professor nenhum, mas mais desagradável ainda é a situação dos alunos dessa disciplina e aí, me perdoem, mas eu preciso desabafar.

Pois bem, se é verdade que "para professor enrolão, seminário é a solução", como li certa vez num blog, eu estou vivenciando isso na prática, da forma mais escancarada que já presenciei, depois de uma graduação inteirinha e em plena reta final de outra. Posso dizer, sem medo de errar, que esta é a pior professora que eu tive no curso de Administração. Os motivos são inúmeros e, para não ficar citando razões subjetivas (tipo aula ruim e piada sem graça), vamos às evidências indiscutíveis:
  • A "professora" ministrou parte do conteúdo programático em aulas expositivas; depois disso, fizemos uma prova sumária e então o restante da disciplina será ministrado por nós, alunos, por meio de seminário.
  • Assiduidade é uma palavra que não consta do dicionário dessa "professora".
  • Toda a segunda unidade da disciplina se resume a "seminários criativos"; aula, que é bom, nada!
  • A prova foi adiada, sendo que, uma hora antes, um aluno ligou perguntando se a data permaneceria, e a "professora" garantiu que sim. Depois de nos deslocarmos à universidade, recebemos a notícia do adiamento. Motivo? Sei lá... Alguém sabe?
  • A "professora" falta muito e pelos motivos mais ridículos, como "nos dar mais tempo para produzir os seminários criativos". Com isso, nosso cronograma já entrou pelo mês de dezembro.
Pois bem, a gota-d'água foi ontem, quando a professora disse que os primeiros seminários estavam muito bons e que os últimos grupos ficariam em desvantagem, pois os primeiros tinham esgotado as ideias criativas. Por isso, não haveria aula nos dias 30/10, 4/11 e 6/11. Elas nos "cederia gentilmente" esses dias para trabalharmos nos nossos seminários. Então nos sobraria o dia 11, que ela... "vou ver o que faço nessa aula".

É lamentável que num departamento tão organizado apareçam pessoas desse tipo, que demonstram, além da irresponsabilidade e negligência coma função que lhe foi confiada, uma falta de solidariedade para com os alunos, deprezo para com o seu papel formador e com as expectativas de aprendizagem que nós temos. Nem vou entrar na seara da ética, porque aí eu escreveria um tratado... e ainda assim não me sentiria aliviada. Pois eu sei que tem alguém tão próximo de mim que anda subestimando meu senso crítico e achando que, diante dele, há uma turma não de alunos, mas de otários.

Quero deixar claro que estou vendo, estou ciente de tudo e não consigo aceitar que uma pessoa, só porque tem uns títulos e um cargo a mais, olhe para mim e se valha de um discurso ridículo para tirar de mim aquilo que é meu por direito: aulas decentes.

"Professora", se é por falta de exemplo, olhe bem à sua volta: você está num departamento onde não faltam bons exemplos e onde nem os piores professores, os menos experientes, conseguem ser tão ruins e negligentes como você.

Ah, e obrigada pelos dias "gentilmente cedidos" para preparar meu seminário. Quem precisa de aula mesmo, né?

Tuesday, October 27, 2009

Tava lendo meus posts de 2007, mais ou menos nessa época, e olha só: eu estava fazendo e-xa-ta-men-te a mesma coisa de hoje. Cursando uma grade de disciplinas estúpida, fruto de uma ideia cretina de onipotência que me acomete sempre quando estou diante do Sig@ fazendo matrícula. Ou seja: quando eu reclamar do acocho, podem me dar umas porradas porque eu mereço. Todo mundo disse: "Num inventa moda, Maca". Mas eu inventei. Né? Agora, como diria o sábio, segure o c*.

Thursday, September 24, 2009

Desabafo da "otária"

É assim que me sinto em cada aula de RH2 e tenho certeza de que é assim que a professora nos vê. Eu não sei o que leva certos professores a crer que aluno de graduação é otário. Aí me aparece uma cidadã que chega tarde, dá 30 minutos de aula e passa o restante "passando orientações sobre trabalho". Ela finge que está nos esclarecendo algo, repetindo mil vezes uma série de comandos cretinos, e nós fingimos que estamos aprendendo algo. Isso sinceramente me tira do sério. E me tira do sério como alguns alunos assistem passivamente a tudo isso.

A prova da disciplina estava marcada para ontem e, por algum motivo, surgiu um boato de que ela seria adiada para a próxima sexta, 26. Meu namorado, também aluno (aluno?), ligou para ela às 17h30 e ela garantiu que a prova da noite seria de fato ontem, 23. Então, uma série de alunos se desloca para a universidade e, passados alguns minutos, recebem o comunicado de que a prova foi adiada.

Eu não sei bem o motivo. Ela não se deu ao trabalho de ir até a sala e comunicar os alunos do adiamento nem por que faria isso. Mandou um aluno em seu lugar. Também não deu aula. E disso eu também não sei o motivo.

Acho lamentável que ainda existam pessoas assim, que acham que estão lidando com meia dúzia de cretinos acríticos, que aluno de graduação quer apenas um diploma e pronto. Pois, recadinho a esses "tipos": não sou acrítica, não engulo certos descasos e não tenho medo de represália. O que seria da minha vida sem a gentil oportunidade de avaliar meus professores via formulário. Não pouparei adjetivos. Os piores, claro.

Friday, September 18, 2009

Cronologia musical - parte 2

1988

Xuxa definitivamente mostrou que estava deliberado: um álbum por ano, modismos mil e a indústria de produtos para o público infantil vibrando com o potencial de consumo das criancinhas em sandalinhas, botinhas, brinquedinhos. Acho que nós, publicitários, devemos um bocado a Xuxa, não? E não é de inspiração que tô falando... Esse álbum trouxe o hit que mais bombou. Adivinha? "Tá na hora, tá na hora..." Ilariê, Brincar de Índio e Abecedário da Xuxa eram obrigatórios em festinhas de aniversário.

Juninho Bill declarava que, "Entre borrachas e apontadores, mora o meu grande amor", Amanda Françoso embarcava no Trem (com toda a sinceridade do mundo, não foi uma boa aquisição) e Patrícia se desligava para a carreira solo. Mesmo assim, tínhamos ainda Vanessa e Luciano fazendo um lindo dueto em Pique-pega, Pique-esconde. Eu era apaixonadinha pelo Luciano e enjoei rapidinho com o hit do álbum Ioiô.

Os abelhudos emplacavam mais um dos seus tímidos sucessos com Vampirinho e As Crianças e Os Animais. Como sempre, provando que criança também pensa e dando show de letra inteligente, lamentavelmente um show com bem menos público que o merecido. Nessa época, já não eram mais tão crianças, mas eu estava o auge dos meus seis anos, amando tudo isso. Minha mãe não economizava em música, e eu tinha praticamente todos os discos que eu queria, até que um dia eu apareci pedindo a ela um disco no mínimo inusitado.

Eu não fazia a menor ideia do que era um "nossauro" nem de pra que serviaa cabeça dele, mas adorava Polícia e AAUU e queria o babado. Todo mundo achou bizarro dar um presente dessas a uma menina de seis anos, mas Mainha foi tão brodagem que me deu de quebra este aqui ó:

Ela lembrou que eu adorava Inútil e Marylou e, já que ia entrar no clima de rock nacional 80, botou tudo no mesmo bolo. Minhas amigas não gostavam muito quando iam lá pra casa brincar e eu botava Titãs ou Ultraje, mas eu as venci pelo cansaço. Terminaram se rendendo aos encantos de Zoraide.

Como "não há limites para o exótico", vi isso numa propaganda e quis até morrer.

A capa não era bem essa, mas era algo bem parecido, os quatro, as letras invertidas, fundo azul e tal... Vi na TV uma propaganda e me encantei com Dancing Queen (meu lado traveco aflorou) e quis de qualquer jeito um para mim. Minha mãe não entendeu nada:"Onde você ouviu isso?", "Por que você quer?", mas no fim compreendeu meu encantamento e me deu o presente. Dançava as músicas de ABBA dis e noite e não via a hora de crescer pra entender aquelas letras confusas (SAP: em outro idioma).


1989

Mais uma capa produzida segundo o raciocínio "quem gosta é o baixinho, mas quem compra é o papai". Pelo menos é isso que boatam por aí. Rumores... O quarto Xou da Xuxa tenteve repetir com Tindolelê o sucesso que Ilariê (qualquer semelhança é mera coincidência). O verso "nheco-nheco, xique-xique e balancê" dava margem à velha fuleragem infantil (sim, criança gosta de sacanagem, não se iludam). O álbum também trazia Alerta, que falava de drogas e deixou muita criança na época, como eu, apreensiva.


Minhamãe me deu esse disco contra minha vontade porque eu achava estranho essas cidadãs inventarem de gravar um disco. Pra mim, paquitas se vestiam de azul e vermelho e cantavam atrás da Xuxa, achava invenção essa independência repentina... Mas não resisti aos encantos desse disco que, além de dos seus versos nonsense "É tão bom... quem quer pão", trazia uma versão de Estúpido Cupido. As paquitas cantavam supermal, mas seus álbuns eram muito bons e todo mundo queria ser a Sorvetão, que tinha até música exclusiva, mas eu não: que queria ser a Miúcha, a única à época de cabelos cacheados como eu.

Como assim o que é isso? Eu estava no auge da minha impolgação das minhas aulas de jazz e aeróbica e fazia minhamãe comprar tudo que era disco para academia. Esse foi o segundo da minha coleção, ao todo foram sete, mas não encontrei mais imagem de nenhum, nem mesmo o Aerobic Dance, que tinha até música do Oingo Boingo (!).






Thursday, September 17, 2009

Cronologia musical - parte 1 (até 1987)

Leia aos poucos que o "bagúi" é grande...

Minha vida em músicas, não em datas.

Antes de 1986



Até aí as lembranças são bem vagas. Lembro que tinha esses discos lá em casa. Balão e Menudo não são exatamente do "meu tempo", mas, quando você é a caçula da sua geração, nasce fadada a herdar: enxoval, vestidos, brinquedos e... discos. Estes não foram exatamente heranças dos meus primos, foram presentes mesmo, de primeira mão, mas o gosto musical em formação era mesmo herança. Menudo não me provoca nenhuma sensação a não ser vergonha alheia, mas o Balão pra mim é um ícone. Esse álbum do Trem da Alegria também é muito legal. São vários artistas cantando junto com o Trem. Tem até participação do Pelé.


1986

O primeiro Xou da Xuxa foi lançado no tempo em que se pensava que os "baixinho" não tinha poder de compra nem de influência e, assim, Xuxa aparece com um modelitxo que deu toda a motivação aos pais... pai mesmo. Clássicos como Doce Mel e Meu Cãozinho Xuxo (vergonha alheia Xuxa simulando choro na música) embalaram meus dias, e Miragem Viagem era (muito bem) interpretada por essa garotinha acima, que hoje atende por Patrícia Marx. O álbum do Trem tinha a música Zeppelin (que para mim era Zé Pingüim, e na época tinha trema) e a dos patinhos, cujo refrão dava margens a trocadalhos infames na escola.

Em casa...

Meu irmão acabara de ganhar essas obras, que tenho em casa e ouço até hoje. Prometam que não vão rir da minha cara, mas eu era fã de Paulo Ricardo e o achava lindo.

1987

Minha família já era um pouco diferente, éramos só eu e minha mãe morando no mesmo prédio que um mói de primo. O primo cuja idade mais de aproxima da minha é seis anos mais velho. Nesse ano, minha mãe me presenteou com mais dois clássicos.


Esse álbum da Xuxa é um dos mais fraquinhos, mas, com a dança do estica e puxa, fez a alegria dos camelôs vendendo um brinquedinho chamado... estica e puxa. Na minha opinião, esse álbum do Trem da Alegria é um dos melhores, uma formação que reunia três vozes lindas, como Vanessa, Patrícia e Fabíola (por onde anda essa menina?) e com músicas lindas como Piuí Abacaxi e Pássaro Azul. Dá vontade de chorar quando eu lembro que as crianças do meu tempo ouviam "Eu quero ter a tua companhia, viaja comigo num vagão" e as de hoje têm de ouvir o Jacarezinho do Mulekada dizer "Decidi, vou ficar com as duas". Bem didático...

Enquanto isso...

Gente, alguém lembra dessas crianças? Isso é a prova viva de que naquela época existiam compositores que faziam letras interessantes para criança. Sim, não porque é para criança que você vai vender qualquer letra cretina, né? Os Abelhudos foram premiados num festival com a música O Dono da Terra ("Pai, me explica direitinho porque gente grande sabe muito bem: como pode uma criança pobre [...] crescer sem ninguém?"). No álbum laranja, eles fizeram o maior sucesso com Vovó Gatinha, uma letra superdivertida em que a avó faz uma plástica e o avô vira surfista. Uma pena esses meninos terem feito bem menos sucesso que as bandas da época, porque era igualmente bons. Por onde andam os abelhudos?

Continua...












Tuesday, August 25, 2009

Monografando e outros estresses

Acho que a pior parte do problema é assumir que ele existe. Parece que dói admitir que falhou. Pois bem, doeu, mas assumi: minha vida pessoal está uma m****. E eu sou a única culpada. WTF é vida social? (Se alguém souber me conta, tá?)

Desde sempre, fui dessas CDFs chatinhas com poucos amigos e sempre com mais coisas pra fazer do que todo mundo. M****, pura m****. Isso não acrescenta nada a ninguém. Isso sem contar que as pessoas de poucos amigos como eu normalmente estão acostumadas a fazer as coisas sós. Eu não. Agora, quando você começa a achar que estudar é o único prazer que você tem, f****. E f**** mesmo.

Como se não bastassem as 9559348978959 coisas que eu tenho pra fazer, estou agora começando TCC. Fruto (tomara que bem-sucedido) de um grande engano. Simplesmente o sistema colocou no meu formulário de matrícula uma disciplina de um semestre à frente, e eu aceitei. Ainda não tive tempo de me arrepender, porque está tudo muito bonito e eu estou deslumbrada com meu tema, mas uma pilha de leituras já se avoluma na minha pasta e eu percebo que o projeto de passar um bom tempo sem antidepressivos está começando a ficar inviável.

Monday, August 17, 2009

A pilha

É, todo mundo sabe que eu sou bem agitada, que não consigo ficar parada, que minha pilha não gasta nunca e mais meia dúzia de clichês que rondam a vida das criancinhas hiperativas. Mas uma coisa é certa: sou boa de cama. Durmo dicumforça e num preciso de muito tempo para isso não: caio, durmo. Tenho um sono de pedra e durmo até em busão sem o menor estresse. Mas ontem me ocorreu um troço estranho.

Contextualizando...
Estou no sétimo período, pagando seis cadeiras, sendo uma delas a monografia e a outra, a famigerada Sistemas de Informações, cujo índice de reprovaçõesé algo bem interessante. Pois bem, mal as aulas começaram, o professor já torou quatro capítulos do livro-tijolo, e eu, que não sou um gênio predestinado a passar nesse "are babado", já comecei a torar meus capitulozinhos também. Ontem teve festinha na casa do meu bofe, almocinho de família, múltiplos aniversários e tal, mas por volta das 17 tomei logo meu rumo pra ir pra casa estudar. E comecei a fazer meus fichamentinhos. Depois de certa hora parei de estudar SI e foi trabalhar num material de pesquisa que trouxe do trabalho.

E, quando terminei tudo, fui dormir... fui? Deitei, mas a pilha num desligava. Liguei pro bofe, ele disse que eu tava agitada demais, estudando demais, trabalhando demais, puxou minha orelha e me mandou dormir.

Depois de meia hora, a pilha gastou e eu voltei à homeostase. Como eu disse, boa de cama: deitou, apagou!

Tuesday, August 04, 2009

Agosto chegou com a maior cara de setembro. Que bom, né?, porque setembro é o mês mais bonito do ano.

Até a pitangueira do escritório tá se pronunciando: já floriu, ensaiou uma pitanguinhas...

Friday, July 31, 2009

A última e derradeira

As férias da faculdade terminam hoje, ou melhor, é a última sexta-feira das férias. A partir de segunda começa, segundo a mitologia do CCSA, o pior período do curso de Administração: o sétimo. E eu já sei que vou me perguntar inúmeras vezes onde estava com a cabeça quando resolvi fazer graduação de novo, mas isso é bom, considerando que as pessoas me fazem essa pergunta umas 983423847878577 vezes por semana, e eu preciso ter uma resposta criativa para quebrar a mesmice, tipo: "Ah, foi porque deixaram uma cestinha na minha porta e quando eu abri tinha uma calculadora HP12c: só podia ser um sinal!", ou "Fui fazer vestibular para astronomia e colocaram meu nome na listagem errada", ou "Um entidade me disse num sonho que minha missão era ser administradora", ou "Porque meu sonho era usar terninho no trabalho", ou "Para encontrar o bofe dos meus sonhos" (não é que eu encontrei mesmo?).

Agora vamos fazer o indispensável balanço ("peeeeeeegue na miiiiiinha e balance"): o que eu fiz de útil nessas férias fora comer Subway e trabalhar?
  • Pra começar, julho foi o mês d"A Promessa". Em gratidão a uma graça alcançada, esta que vos escreve se comprometeu a ficar um mês inteirinho sem beber refrigerantes nem comprar maquiagem. (Não riam!) Neste ínterim, o China in Box fez uma promoção massa de Yakisoba com rolinho primavera e Kuat, e eu tive que usufruí-la com suco de uva light. (Eca!) Pra coroar, o aguardado rímel Define-a-lash da Maybelline chegou ao Brasil e eu tive de ficar olhando para ele nas prateleiras das Americanas e... só olhar mesmo. Mas foi bom: a graça vale mais que esse sacifício e eu exercitei minha força de vontade (ainda que amanhã eu vá tomar dois litros de guaraná sozinha).
  • Adiantei um mói de trabalho.
  • Assiti Caminho das Índias todo dia e descobri que Bahuan é um mau caráter (além de mau ator, mas isso todo mundo jpa sabia).
  • Não terminei de ler o livro de neuromarketing e não tive coragem de adiantar o conteúdo da temida, odiada, famigerada SI.
  • Desenhei uns croquis legais, mas não tive tempo de escolher tecidos e levá-los à costureira.
  • Esbocei uns colares, mas não sei se vou ter saco para terminá-los.
Pois é. Agora que o coro vai comer na mão do professor de SI e eu vou virar um vegetalzinho que trabalha e estuda (oi? vida social? e tem isso é?), sabe-se lá se dou as caras por aqui e, agora que virei recessionista, vai demorar a surgir produtenhos novos lá pelo Futilidade Pública.

Desejem-me boa sorte!

Thursday, July 30, 2009

Gravity pulls e outras sensações


Da minha casa pro trabalho não é um caminho tão longo assim, mas dá pra ouvir uma pá de música e eu tenho o hábito estranho de à noite, ao chegar, já escolher a que vai começar meu dia e deixá-la no ponto. Coisas de gente estranha como eu. Aí eu faço isso tanto que já nem sinto e, hoje de manhã, comecei o dia com To get me througt the good times, segunda faixa deste álbum (ainda se diz faixa?).

Longe de ser sinesteta, tenho umas sensações bem legais com essa música, principalmente se o dia estiver ensolarado, como estava hoje enquanto eu vinha para cá (detalhe: está caindo um dilúvio right now. estranho? não. Recife. idiossincrasias climáticas). É relaxante ouvir todo o Gravity pulls, sobretudo To get me througt the good times, com sua cadência preguiçosa, e eu vejo e sinto tanta coisa. Como eu disse, não sofro de sinestesia, mas tenho o hábito de relacionar qualquer música/álbum com a época da minha vida em que escutei pela primeira vez. E assim vou eu: não importa o dia em que ela esteja tocando, estou simplesmente em pleno setembro de 2005, sob aquele solzinho gostoso de primavera (que aquece, mas não escalda), absorvendo a preguiça do arranjo e andando no automático.

Independentemente do fato de eu ser muito fã (talvez a única pelas bandas de cá) do Echobelly, esse álbum tem qualquer coisa de hipinose sobre mim ou meu grau de perturbação anda pior do que eu pensava. Eu ouço, e é sempre como se fosse a primeira vez, naquele sábado em que eu cheguei em casa e aproveitei que estava sozinha para inaugurá-lo degustando. E fiquei deslumbrada. E liguei para as pessoas para dizer o quanto ele era infinitamente melhor que eu imaginava. Eu lembro e tudo vira hoje.

O fantástico mundo e Bob é aqui.

PS: Neste momento, um tímido solzinho dá as caras. Eu escrevo devagar? Não. É o tempo que tá doido mesmo.

Thursday, June 25, 2009

"Prozac Painkillerssssss"

Tô começando a me sentir cansada de travar essa luta diária com meus nervos. Eu fiz escolhas, e elas estão começando a pesar na minha rotina. Eu escolhi evitar remédios e tentar enxergar que eu preciso mudar meu jeito de ver o mundo, e não o funcionamento do meu organismo. Mas é meio difícil quando você acha que o mundo inteiro está contra você. Mesmo que às vezes você saiba que é a sua própria cabeça que está contra você, e não o mundo inteiro. É o confuso mecanismo da distimia. O que torna você insuportável por não poder dizer ao mundo que você não faz por mal. Mesmo assim, talvez seja mais enriquecedor passar por tudo isso que sucumbir à promessa de euforia fácil, que vende na farmácia. Como diria o Radiohead, "you've got to feel it on your bones". E nada de "prozac paikillersssss"... pelo menos por enquanto.

Wednesday, June 10, 2009

Junho animado

É pra pôr os acontecimentos em ordem? Vamos lá...

1. 1º de junho
Estudei o FDS todo e fui liberada do trabalho na segunda (1º/06) pra estudar mais. Estudei até o último minuto antes de a prova começar - literalmente. Fiz uma provinha marromena, enfim... dentro do esperado. Operações não é a disciplina mais "passável" de Administração.

2. 5 de junho
Depois de uma semana animadíssima, incluindo prova de operações e seminário de processo decisório, folguei mais um dia no trabalho pra estudar Financeira 2. Antes tivesse trabalhado o dia inteiro, seria mais útil lá, porque saí da prova chorando, chorando mesmo: não sabia fazer nada! Determinei que no sábado não estudaria nem por decreto, e tirei o dia pra descansar a cabeça.

3. 7 de junho
Mil coisas pra fazer: comprar o presente do bofe, retocar o trabalho de marketing e estudar financeira 2 pra segunda chamada (10/06). Sozinha em casa, resolvi cochilar no meio da tarde. E acordei com umacoceira insuportável no olho esquerdo, e doía muito, eu tinha certeza que tinha algo lá dentro. Depois de meia hora no espelho me degladiando com o suposto corpo estranho na frente do espelho, meu olho começou a inchar e fui parar no IOR. Diagnóstico: conjuntivite bacteriana. Cinco dias em casa feito dalit: não toco em nada, ninguém toca em mim. Me senti a pior das criaturas. Depois de terem me concedido dois dias de folga para estudar, agora eu ligo avisando que não vou poder ir nos próximos... sei lá quantos dias. A gente não tem culpa de adoecer, mas eu adoeço tanto que tenho até vergonha. Preciso ir a um imunologista urgente!

4. 10 de junho
Fui dormir às 2h da madrugada estudando e com o olho direito coçando, sendo solidário ao colega esquerdo. Acordei às 9h40 e fui direto estudar. Só parei pra almoçar e voltei. Continuei até 16h, quando me vesti e fui pra UFPE. A prova, pra variar, foi péssima. E eu, mais uma vez, saí de lá desesperada, agora tendo confirmado a hipótese de reprovação. Quanto mais estudo, piores são minhas provas. Me sinto impotente.

Já chorei tudo que tinha pra chorar. Agora é escrever pra ver se melhoro...

Wednesday, June 03, 2009

Não sou bonita. Não sou rica. Não sou alta. Não sou magra. Não tenho as melhores notas. Não tenho cabelo liso. Não moro num bairro nobre. Não tenho corpo sarado. Não tenho a coleção inteira do Radiohead. Não leio livros cabeça. Não frequento lugares legais. Não tenho vida social intensa. Não tenho muitos amigos. Não tenho família grande. Não tenho casa de praia. Não tenho carro do ano. Não tenho as roupas mais caras. Não desenho os croquis mais bonitos. Não sou laureada. Não sou superdotada. Não sou o máximo.

Se é verdade que existe olho grande, por favor tirem-no de mim.

Agradeço...

Tuesday, June 02, 2009

Maratona de corno, mas sem o par de chifres

Quem já esteve no CCSA e nunca ouviu falar da disciplina de Administração de Operações? A primeira vez em que ouvi falar foi exatamente assim: "O sétimo período é o pior de todos por causa da dupla operações e SI". Matriculada em operações, chego para um amigo formado e pergunto inocentemente: "Você já pagou operações?". "Já, reprovei três vezes." Massa!

Negociei no trabalho para passar o dia da prova em casa e agendei o início da maratona para o sábado 30/05. Mas na sexta-feira...

Chego em casa e encontro minha prima acompanha de de sua filha adolescente para passar o fim de semana. Bom, né?

Domingo e segunda, torcicolo, Krajewsky e New Order. Mp3 no máximo volume pra num aturar o vaivém de adolescentes lá em casa. É mole?

Sexta-feira tem mais...

Wednesday, May 20, 2009

Mensagem de amor

Comparem esses vídeos e observe o trato que a galera do Metrô deu no esboço do Paralamas.

Paralamas (a música é deles)
http://www.youtube.com/watch?v=0BzPJKmcnaw&feature=related

Metrô (versão)
http://www.youtube.com/watch?v=kSu-X-66yM4&feature=related

Só num é melhor que Beat Acelerado...

Sunday, May 10, 2009

Olhos de ressaca. Fígado, então, sem comentários...

Tudo começou numa inocente festinha de aniversário, dessas que tem bolo, docinhos, salgadinhos, refrigerantinhos, coisa bem familiar. De repende começaram uns rumores de que de lá a gente ia pra num-sei-onde, beber num-sei-o-quê e, como eu sou uma boa garota, não me opus, né? Feio demais recusar gentilezas e convites... Depois de ficar crawdiano lá no Central e definitivamente desistir de pisar lá novamente até que a ordem seja instaurada, fomos parar no bode e eu, na minha inocência, pedi uma caipirinha. Só me esqueceram de dizer que ela vinha numa cisterna de mil litros (porque aquilo num era simplesmente uma taça). Duas foram suficientes... Na verdade, eu tenho alguns flashes de cenas ridículas, como eu me degladiando com o botão do short no banheiro ou cantando música sertaneja no táxi. Algo me diz que proporcionei belos momentos de VA aos amigos.

É, como diria a própria aniversariante: "Se num 'guenta' brincar, num desce pro play".

A ressaca tá f***, viu? Acho que foi a batata frita que me fez mal...

Thursday, April 30, 2009

Saudades da Virginie

Vamos admitir: a Virginie era uma fofa, né? Tá bom, eu não sou exatamente uma autoridaaaaaade em se tratanto de anos 80, mas eu acho que sobreviveu um pouco desse espírito colorido-alegrinho-exagerado da época. Eu nasci nesta década, né, galera? Era criança no tempo de Beat Acelerado e Tudo Pode Mudar, mas tinhas primos adolescentes. Aí eu aprendi a gostar de um monte de coisas legais, tipo Cabeça Dinossauro, Nós Vamos Invadir Sua Praia e outras obras-primas. E eu tinha uma supercoletânea do Balão Mágico cheia de parcerias do Balão com artistas de gente grande, e uma delas era Não dá pra parar a música, com Virginie e Metrô.

A cidadã tem uma das vozes mais doces que eu já ouvi. Fora o vestuário dela, que era a coisa mais loosho da época. Reza a lenda que toda adolescente da época queria ser Virginie.

Ouçam Metrô, galera. E vocês ouvirão a voz que a Fernanda Takai passou a vida inteira tentando (tantando muito) imitar...

Saturday, April 18, 2009

Friday, April 17, 2009

Sal grosso e afins

Alguém conhece uma boa receita de banho de descarrego? Pode ser daqueles matos fedorentos mesmo, nada que o custo-benefício não compense.

E pra ninguém dizer que minha semana é monótona, lá vai novidade: tentaram arrombar meu carro. Como assim "tentaram"? Tentando, oras! E deixando o bichinho sequelado depois, com a porta direita sem querer fechar. Forçaram o bixinho com uma chave de fenda, dá pra ver as marquinhas por dentro. Minha gente, vou mandar benzer esse menino! E me benzer também.

Vôti!

Monday, April 13, 2009

No limite da mediocridade

Sempre determinei que o limite da minha capacidade de assumir 289845943858785 compromissos seria a mediocridade, que na hora em que eu achasse que tava fazendo alguma coisa medíocre eu pisaria no freio, e essa hora chegou. Hoje vou fazer uma prova para a qual não estudei por pura falta de saco (e não de tempo), e já acumulo uma segunda chamada na minha agenda. E por que isso? Eu tava indo tão bem, notas legais, rendimento legal, me equilibrando direitinho na corda bamba para dar conta de trabalho e estudo com o mínimo de decência que minha autocrítica permite. E agora? Agora, aos 44 do segundo tempo, começo a fazer uma faculdade m**** e me pergunto: estou enganando a quem?

Saturday, April 11, 2009

No feriado, cada um no seu quadrado... ou não

O combinado seria passarmos o fim de semana enclausurados estudando para a prova de operações, cada namoladjinho no seu canto, ok? Não. Pelo menos na sexta-feira. Rolou almocinho de famílias na Sexta-Feira Santa, com direito a todos na mesa cobrando a data do noivado... Sexta-Feira da Paixão é dia de passar bem, sobretudo quando se almoça na casa do namoladjinho, onde todo mundo é chef (inclusive o namolado). Depois de uma tarde ostrando sob efeito do excesso gastronômico, fomos para o segundo tempo no aniversário do coleguinho, que acaba de sair da idade probatória e completar um quarto de século.

Depois disso, casa e cama e um longo preparo pscológico para o sábado e o domingo: aí sim, será cada um no seu quadrado estudando operações. Desejem-nos boa sorte.

Tuesday, March 17, 2009

No forno: Futilidade Pública

Bem, todo mundo sabe que escrever é, além de minha profissão, a coisa que mais gosto de fazer e que este é meu quarto blog. Meu primeiro blog My Iron Lunga era uma espécie de diário virtual e saiu do ar quando passei alguns meses fora da web, escrevendo minhas coisinhas em cadernos mesmo (o que não deixei de fazer até hoje). Mais tarde, criei o Anticult, num momento em que eu tava de saco cheio da síndrome-do-papo-cabeça que costumava acomoter estudantes de comunicação lá na universidade. A proposta era valorizar a futilidade como um escape pra essa chatice toda (nem me critique, até Bourdieu reconhece o papel da futilidade, mas isso é outra história...). Logo depois, veio o Histórias de Busão, meio diário, meio relato hilário das agruras se de ser um usuário de transporte coletivo no Recife. E, em 2007, comemorando a fase eu-menos-pessimista, veio este que vos fala: (Nem) Freud Explica. A razão do título... precisa explicar?

Pois bem. Há quem diga que tenho alma de travesti, e eu tenho certeza de que mora alguma entidade Elke Maravilha aqui dentro. O fato é que sou declaradamente fútil (se é assim que chamam) e, se é pra passar horas batendo papo, que seja com coisas alegres. Sou viciada em blogs de beleza e fóruns de discussão sobre amenidades. Então, amigos e namorado me convenceram: tá na hora de criar meu espaço de coisinhas femininas. Vem aí Futilidade Pública. Longe de ser um Dia de Beauté ou Garotas Estúpidas (e longe de mim ter tanto conhecimento de causa), é uma proposta bem mais simples: é falar de amenidades meeesmo, sem compromisso, sem a expertise das meninas (Vic e Camila), apenas com a disposição de dividir com as amigas os erros e acertos da nossa busca por manter-se minimamente "apresentável" nesse calor escaldante do Recife.

Sunday, March 15, 2009

Emos?

Sei que muita gente costuma me tachar de doida porque eu tenho o hábito de ir ao shopping de busão. Mas é que, por mais absurdo que pareça, para mim é mais cômodo. Acreditem: eu pado pra num ter que estacionar em vagas minúsculas, odeio ficar meia hora catando estaço e odeio mais ainda a fila do estacionamento. E odeio muito mais, muito mais mesmo: Agamenon Magalhães, domingo, bêbados, meliantes, mistura feia...

Pois bem, é sempre assim. Dá certa hora, pego meu busu e sigo em frente. Convenhamos: fora da hora do rush, ônibus não é algo tão incômodo como se fantasia por aí. Tava até passando clipe do Bon Jovi no BusTV :)

Mago, hoje, por uns minutos, comecei a rever meu ponto de vista. Estava voltando do shopping quando subiram aproximadamente vinte emos. Eles tinham uns cabelos horrivelmente espichados (é pré-requisito ter cabelo crespo?), umas roupas bizarras e uma maquiagem podre. Sabe aquelas bases que parecem reboco? Pois bem, é por aí... Fora um quilo de coisa preta nos olhos que mais pareciam uns hematomas.

Como se não bastasse o espetáculo de mau gosto, começaram a cantar, gritar, bater nas janelas. Eu até achava que eram emos, mas começaram a cantar brega. Aí eu não entendi mais nada...

No próximo fim de semana, antes de sair, vou pôr na balança as figuras que eventualmente aparecem muito dispostas a estragar sua viagem e o medo que eu tenho de estacionar e parar nos sinais da Agamenon. É uma equação complexa...

Thursday, March 12, 2009

Rapidinhas

  • A segunda via do meu cartão foi extraviada, e sabe-se lá quando voltarei a sacar, transferir e pagar contas normalmente.
  • Minha grade de horário na UFPE está um acocho só, e algo me diz que a disciplina de Operações vai me dar muita dor de cabeça.
  • Virei revendedora Yes!, depois de perder a paciência com essas revendedoras Avon e Natura que só entregam os pedidos trezentos anos depois (Blah!).
  • Cortei os cabelos em camadas. Falta tempo pra fazer a progressiva.
  • Acho que voltarei ao ballet, na "companhia de dança bonecão do posto".
  • Me apaixonei pelas sombras da Contém 1 g (presente de Josefina).

Depois digo mais.

Tuesday, March 10, 2009

Viajando — literalmente — ao som de Generator

Não, não estava numa rodovia sem buracos como nos filmes, caminhando a pensar na vida. Tinha que chegar ao trabalho, e rápido — o que quase impossível com o trânsito do Recife pela manhã. Mas ouvir o There's nothing left to lose, a qualquer hora do dia e em qualquer lugar, é ter o poder de estar nem aí pra tudo isso, de dirigir no automático enquanto o pensamento se ocupa de outras coisas, das minhas tardes no estúdio, minha coleção de All Star, de tudo o que era importante para mim naquela época em que o meu maior sonho era poder comprar minha bateria.

Dessa época, restaram apenas alguns pares de All Star, dois pares de baquetas, uns CDs e uma conclusão: estou ficando velha!

Tuesday, February 24, 2009

O último dia do reinado de momo amanhaceu assim: lindo! Bateu um mau humor insuportável. P****, logo hoje que a gente tá liso?! De nada adiantou virar do avesso carteiras e bolsos: nada sobreviveu a ontem. Sacar dinheiro? Impossível. Também não dá pra comprar cerveja na rua com cartão de crédito (o que sobreviveu aos eventos consecutivos). O que fazer?

O primeiro amigo liga: "Tu vai?" "Não" Por quê?" Aí eu conto o ocorrido. "Ok, se tu muder de ideia me liga" "Não há como mudar de ideia" "Ok"

A segunda amiga liga: "Não acredito que tu num vai"
A pressão psicológica se torna insuportável. Um banho, abro a geladeira: um vinho. Despejo o conteúdo numa garrafa plástica. Sem maquiagem: o delineador me deu alergia. Um pouco de filtro solar e uma garrafa de água pra não desidratar. Prometemos dar apenas uma volta lá em Olinda.

O último dia do Carnaval não poderia passar em branco: no mínimo, de furtacor.

Fomos.

Monday, February 23, 2009

Aaaaaaaaarrrrrrrrgh!

Existe inferno astral depois do aniversário? Quero não, vu? Olhe, chega de Carnaval, num quero brincar mais disso não. Os dias estão feios, não é? Mas mesmo assim, firme e forte, fui pra Olinda. A gente teve que levar os cartões do banco porque tava sem um conto no bolso e precisava sacar verba pro álcool. Pois bem, foi a última vez que o caixa eletrônico viu nossos cartões. Agora veja a dimensão do babado: depois do assalto do começo do mês, fiquei desprovida do meu cartão. Impossibilitada de sacar um conto sequer, transferi tudo para uma outra conta que eu tenho, que é uma m****, porque quase não tem terminal de autoatentimento. Ok, eu tava me virando. E, claro, trezentos dias úteis para chegar a segunda via, quem precisa dela né? Com o ocorrido de hoje, perdi meu cartão B e e meu namorado também perdeu o dele. Ou seja, estamos mais lisos que de costume. Furtaram do bolso dele a carteirinha que continha os cartões. Agora num tem nem dez conto pra abastecer o carro e ir trabalhar. Tudo bem, nada como ônibus e passe fácil. Que passe fácil? É, ele partiu junto com os demais colegas...

Oscar... eu vi!

É isso mesmo, eu vi! Parece normal? Não para mim. É que eu não vou ao cinema nem costumo locar filmes. É que eu acho um troço meio estranho ficar mais de uma hora parada na frente da TV em dedicação exclusiva. É melhor ler, que dá pra ouvir música ao mesmo tempo. É melhor desenhar e dar uma olhadinha na novela. Além do mais, com menos de 30 minutos e boa vontade, você vê mais baixaria que o enredo do filme mais complexo no BBB. Deveria ter o ano todo, pois minha capacidade de atenção concentrada não vai além disso. Enfim...

Voltando ao Oscar. Os pais da minha amiga viajaram e, para que ela não dormisse sozinha em casa, eu e o namoladjinho fomos fazer companhia a ela. Combinamos então que ele faria uma pizza e depois nós três assistiríamos à cerimônia da entrega do Oscar. Legal, eu topei. Achei que fosse uma experiência interessante.

Os primeiros minutos foram legais, é bom ver os vestidos bonitos, bem como os queima-filmes-pseudo-sofisticados, nomes dos estilistas, etc. Tava até me divertindo, acreditem! Até que começou o babado. Entra uma cara engraçadinho e solta um mói de frase-feita e piada sem-graça (juro que prefiro as do Juquinha). Depois ele pega a Anne Hathaway, como que por improviso, e todo mundo faz aquela cara de "Oh! Que Surpresa! Nem imaginava que ele fosse fazer isso...". Mas o mais trash de tudo era quando entravam os casais engraçadinhos, com diálogos engraçadinhos e superespontâneos (já ri mais com A Praça é Nossa e Zorra Total), antes de anunciar os premiados. Sabe quando a gracinha é tão ruim que incomoda? Pronto! Fui vencida pelo cansaço. Dormi. E quer saber? Prefiro assistir às escolas de samba do grupo de acesso numa noite de insônia.

É.

Sunday, February 08, 2009

Achados do dia

São basicamente dois:

1. Polly me falou que instalou um sensor no carro dela que evita colisões em manobras. Ele avisa quando as laterais e a traseira estão próximos de outro carro (ou obstáculo). Num é legal? Me apaixonei. Quero-mais-que-um-mói! Porque não aguento mais chapar em manobras.

2. Estava assistindo ao festival da academia de ballet da minha prima e me deparei com a coisa mais linda-toba-fashion do mundo: sapatilhas de ponta ver-me-lhas. Looooooooonge do lugar-comum que são aquelas cor-de-rosinhas enjoadas que exalam disciplina. Enfim, quero uma. Falei lá com a professora de dança e ela disse que aquilo era feito sob encomenda. Ok, peguei o cel. dela e vou ligar para dar meu número. Aí minha mãe me perguntou o que vou fazer com um par de sapatilhas de ponta se nem danço mais: "Num tem problema. Eu volto a dançar"... ha ha ha

Encontro das publicitárias

Foi hoje na hora do almoço. Não estavam tooodas meeesmo, mas boa parte das meninas. Saudade imensa desse povo. Almoçamos juntas e botamos o assunto em dia. Mari vai pra Brasília, Polly tá fazendo direito, Mari e Hanna viraram servidoras públicas (e noivaram) e eu estou fazendo Administração (mas continuo redatora!). Todas com a mesma cara de pirralha dos tempos do CAC.

Saudade de vocês, meninas! Vamos tentar fazer isso sempre.

Friday, February 06, 2009

Dia de fútil

Tentando resumir em poucas palavras...

Fiz aqui uma listinha de coisas de que eu tava precisando, tipo assim... maquiagem. Quem estiver lendo isto deve estar pensando "Que lapa de doida!", porque raramente alguém me vê maquiada. Pois bem, é por isso que de tempos em tempos me deparo com as caixinhas cheias de trecos vencidos. Daí tinha decidido: já que este mês é o meu aniversário, quem quiser me presentear que me dê algo de colorir o rosto, tipo... uma sombra bem gay, batom luxxxo, tudo menos base (porque é um troço muito pessoal). E aí eu andei paquerando uns sites, e a listinha já estava sendo concebida quando uma amiga disse: "Menina, compra sompra baratinha e usa um tal de fixador, tem lá no Boticário...". A outra disse: "Contém 1g é tudo que há de cores travecosas". E a outra: "Rapaz, compra Vult, é baratinha e a pigmentação não é ruim". Aí eu ando pelas brenhas que eu a-d-o-r-o e me deparo com um mói de coisas da tal Vult. Terminei comprando um blush e um duo de sombras e até gostei do babado. Digamos que tenha sido um bom começo. E aí descobri um tal lápis Carbon Black da Tracta pretãããooooo e adorei, mas desconfio que não sejam a melhor opção para quem usa lentes de contato. Enfim, pra quem não usa fica a diquinha.

E continuo na minha busca incessante por sombras u-hu pra soltar as frangas no Carnaval...

Thursday, February 05, 2009

Inferno astral pré-carnaval (a rima é tão desagradável quanto o famigerado IA)

Começou precisamente quando? Não sei. Dizem que são exatos vinte dias antes do aniversário. Sendo assim, seria dia um. Ou seja, ainda me sobram quinze dias de sobressalto esperando algum fato desagradável ou, no mínimo, inusitado. Para quem não lembra, no ano passado eu fui presenteada com nada mais nada menos que trinta e três aftas. Isso mesmo, não é exagero. E elas perduraram até depois do aniversário para compensar o 2007 sem inferno astral.

Pois bem, o meu assinalou sua chegada ontem, mais ou menos às 17h40, aquele finzinho de tarde bonito em que o céu fica meio cor-de-rosa, nem claro nem escuro. Eram três limpadores de vidros. Um parou mais na frente, um exatamente ao lado da minha janela, o outro mais atrás. Três caras pra limpar um único carro? Já vi que tava f*****. Foi quando o do meio bateu na minha janela, levantou a camisa e me mostrou sua arma. Sim, era um revólver de verdade. Mandou que eu abrisse a janela. E eu lá era doida de me negar a abrir? Pois bem: "Celular e dinheiro senão eu atiro". Eu peguei minha bolsa, que tava atrás do banco: "Leve a bolsa toda". Ele não quis (ou eles não quiseram, sei lá). Mandou que eu desse o celular e o dinheiro. Catava os objetos na bolsa na base do tato (acho que nessas horas a gente fica mais míope), encontrei primeiro a carteira, dei a ele. Mas ele queria o celular, ele dizia que ia atirar na minha cabeça se eu não o desse. O sinal abriu e, mais uma vez, eu ofereci a bolsa toda. Ele disse que esperava. "Celular senão eu atiro na cabeça!" Enfim, perdeu a paciência e me mandou ir embora. Enquanto eu ma afastava do lugar, ouvia o grito do cara, provavelmente de frustração, raiva, sei lá: "P****!". Eu segui, não me queixava. Enquanto dirigia, agradecia a Deus não ter sofrido nenhum tipo de agressão.

O saldo: menos dois (três?) cartões, menos uma carteira da Pucca que comprei por sete conto no chinês e mais a certeza de que o Recife* não tem jeito.

* Este foi meu quinto assalto. Dos cinco, quatro foram no mesmo lugar: nas imediações do Bompreço e da Mc Donald's da Agamenon Magalhães. Esse tipo de coisa é recorrente por lá há anos e eu ainda não vi sinal algum de que aquele local receberia reforço no que diz respeito a segurança. Pra que se faz boletim de ocorrência? Algum dia me disseram que os BOs ajudavam a mapear as áreas mais arriscada. Agora eu pergundo aos que certamente sabem mais que eu: mapear pra quê?

Wednesday, February 04, 2009

Na contagem regressiva pelo tão sonhado descanso...

Friday, January 30, 2009

A descabelada das férias

Janeiro foi meu mês oficial da baranguice. Até que voltei ao trabalho com visual pós-férias de dezembro, bronzeada do sol, cabelos esvoaçantes e douradinhos sob efeito do solzinho de verão e meus xampuzinhos de camomila, amora, bambu, etc. (Parece bizarro, mas eu sou a única perturbada que gosta de comprar shampoo aos "mói".)

Bem, tive a ideia de estudar durante as férias da faculdade pra não perder o tal do ritmo. Já que inventei de fazer outra faculdade depois de formada, no mínimo preciso fazer bem-feita. O fato é que com essa historinha estou barangando de vez. Minha sobrancelha tá uma mata. Minhas pernas idem (desenvolvi uma alergia a depilação, sei lá como vou dar jeito nisso). Meus cabelos são os menos sofridos da história: faz mais de um ano que não pinto, e cuido do bichinho o melhor que posso. Mas ainda não sei o que fazer pra minimizar o efeito estufa que provoco nele mais de uma vez por semana. É que esse negócio de ficar sem lavar porque escovou é nojento, assim preferi montar um arsenal lá em casa e estico o dito cujo várias vezes por semana.

Pra concluir, faz quase um mês que comprei uma estampa suuupertravecosa e ainda não levei à costureira (que é vizinha, pasme!) porque ainda não tive tempo de desenhar um croquis. Pode?

Não reclamo. Adoro tudo isso. Sem essa correria eu não sou eu.

Wednesday, January 28, 2009

Digo, de antemão, que eu não comprei minha carteira na revista Hermes nem ela veio de brinde no Mc Lanche Feliz...

Eu, p da vida comigo mesma

Mermão, como pode alguém ser tão burra? Consegui arranhar a porta do meu carro de novooooo, que saco! Isso me rendeu uma tarde de mau humor. Mas deixa estar... Nada que uma dose de fluoxetina no juízo não resolva. Tipo...

Sem fluoxetina: "Drogaaa, arranhei o menino!"
Com fluoxetina: "Até que ficou bonitinho com essa textura nova!"

Thursday, January 22, 2009

Minutos de Grosseria*

* porque minutos de sabedoria é um troço piegas.

estávamos todos conversando sobre bon jovi, outras músicas velhas e saudosismo...

eu: mas sabe o que é bom mesmo? ouvir música velha lendo diário velho.

ele: no dia em que eu fizer isso, vai ter um negão atrás de mim...
olhando um mapa do império bizantino...

eu: eu gosto tanto da palavra bizantina, me lembra brilhantina.

ele: fútil!

eu: eu nunca disse que era uma menina cabeça...

Monday, January 19, 2009

Uma pirueta, duas piruetas...

Mês de férias é assim: a casa vira uma delegacia de polícia, sobretudo quando se tem uma prima adolescente passando férias lá. Duvida? Animadíssima minha casa...

O detalhe é que ontem eu esqueci que não tenho mais 11 anos como ela. A farrinha começou quando a mãe dela (minha prima, ex-bailarina) me mostrou as sapatilhas de ponta novas e pediu que eu calçasse para a filha dela ver porque a ponta dela tá um pouco meia-boca. E a sem-noção aqui esqueceu que alguns anos decorreram desde que au abandonei a dança: mais de dez, pra ser mais precisa. E lá vai eu calçar ponteira, meia sapatilha e qual não foi minha suspresa? A ponta estava lá, do mesmo jeitinho que há dez anos, com o mesmo equilíbrio. Então minha prima pediu que eu abrisse escala, e lá estava eu esticana do chão com aquela cara de "nossa, ainda consigo!".

Foi tudo lindo ontem, mas hoje minha musculatura resolveu me lembrar que eu não tenho mais 11 anos e que alongamento de vez em quando é bom. Resultado: estou moída. Preciso me mexer.

Friday, January 16, 2009

Sobre medo de trovão

A gente cria medo e trauma de cada maneira estranha. Pelo menos comigo foi assim. Todo mundo ri da minha cara porque não tenho medo de barata, rato, esses bichos nojentos e tal, mas morro de medo de trovão. E daí? Meu medo é uma longa história.

Começou quando eu tinha mais ou menos uns 17 anos e tava uma história de cair prédio adoidado. Todo dia era uma má notícia, e essa coisa de desabamento sempre mexeu muito com meu juízo (se é que tenho algum). O fato é que, lá por essa época, tive um sonho muito doido em que o prédio que eu morava estava caindo aos poucos. Assim: dava uns estrondos e, a cada estrondo, explodia e destruía um pedaço. Quando faltava um último pedaço desabar (justamente a parte em que eu estava), eu acordei com mais um estrondo. Tava caindo a maior chuvona lá fora, e os estrondos do meu sonho eram justamente os trovões. É aquela história do estímulo sensorial que entra ou desencadeia o sono. Tem algo do tipo no livro A Interpretação dos Sonhos, de Freud (muito bom, hein? recomendo).

O fato é que noiei com essa história pra sempre. A, desde então, trovão me dá nos nervos.
Tá caindo a maior chuvona lá fora to tipo: água no meio da canela. É impressionante como o Recife não tem a mínima infraestrutura (agora é coladinho, sem hífen. que feio!) pra receber dez minutos de chuva. E ainda ouvi um escrotinho dizer: "Isso é Santa Catarina lançando moda". Bleargh! Superdemaugosto! Extreeemo mau gosto.

A manhã aqui no escritório foi divertida. Todo mundo olhando de instante em instante pra ver se os carros já estavam flutuando na água. Eu espero que, na hora de sair, a coisa já esteja (ai! um trovão! detesto) mais tranquila (sem trema, letras não têm mais sardas) porque, se eu já dirijo estranhamente em dias insolarados, realize debaixo dessa chuva. Digo logo que morro de medo.

O bom é que aproveitei a hora do almoço pra tirar uma soneca, e nesse friozinho foi ótimo. Queria poder hibernar agora e acordar cheia de energia pra dar conta das (muitas) coisas que estão pendentes. Nada mal, né?

Thursday, January 15, 2009

Depois de mais de uma semana da última visita ao hospital (suspeitinha básica de dengue), o lugar onde o cidadão perfurou pra injetar o soro continua inchado, roxo e dolorido. E ninguém me venha dizer que é frescura, porque, se eu tivesse medo de agulha ou algo do tipo, não tinha um mói de tatuagem. Vôti! Parece que eu malhei loucamente depois de dez anos de sedentarismo e fiquei com o braço f*****. Logo o que eu mais uso pra escrever.

Depois das férias ensolaradas e radiantes, retornei ao processo de embarangamento mais uma vez. Voltei ao meu ritmo de trabalho di-cum-força e chego em casa um caco. Resultado: num faço nada, meu cabelo num vê um cuidadinho faz dias, minha chapinha deve estar com teia-de-aranha. As unhas tão um bagulho e minhas pernas... sem comentários. Todo mundo que me vê na rua faz: "O que é isso nas suas pernas?". Cheias de coisinhas e irritaçõezinhas cuja causa eu acho que descobri, já que num arrumei tempo pra ir à dermatologista: é o tal do Satinelle, tá cravando tudo que é pelo (é, agora não tem mais acento). Bem, o jeito vai ser deixar virar perna de caranguejo de novo e então apelar para a depilação tradicional num salãozinho com sala de espera e mulher falando besteira. Ai, ai, ai. Pelo menos tem revista Gloss pra eu ler (isso se eu não estivar ocupada lendo algo enquanto espero a tortura). Vai saber... Tem tanta coisa pendente que uma lista organizada e um dia 50% maior talvez não resolvesse. E tenho sido acometida por uma estranha preguiça que não me é costumeira e está boicotando meu projetos (que já são escassos, bichinhos). Ah... tem outro detalhe: minha sobrancelha tá parecendo uma fita isolante, num vê uma pinça desde o ano passado. E a história da academia morgou di-cum-força, mas tem o lado bom de tudo isso: tenho lanchado frutinhas (e um passatempo eventualmente) como nunca antes e nem estou achando tão ruim assim. Essa semana já comi um mói de maçã, uva, "jambre" e banana, não é legal? Até iogurte eu encarei, de tanto as meninas dizerem que eu vivo adoecendo porque só como porcaria.

Mas ainda tem um monte de coisas que eu preciso pôr no lugar e aproveitar esses mais de dois meses de férias da UFPE pra deixar de fazer corpo mole e funcionar como sempre funcionei. Deveria trocar Maysa e A Favorita por um mói de livro, mesmo durante as férias, mas esse grau de evolução eu ainda não atingi. É, a luta continua...

Monday, January 12, 2009

2009: o ano dos tranquilos

Àqueles que sempre ignoraram a existência do trema, a tranquilidade chegou para ficar. O problema é começar o ano deixando pra trás grafias com que convivemos (no meu caso) há mais de vinte anos. É escrever jóia em um dia e no outro ter de lembrar que não é mais jóia, e sim "joia". Fiquei pensando em Bechara, tão otimista, defendendo o Novo Acordo... E se ele for preencer um cheque (coisa que geralmente a gente faz no automático, mais atenta aos números que às letras)? Será que vai pôr "cinquenta reais" ou insistir nos pontinhos? Das mudanças que o Novo Acordo provocou na nossa ortografia, a queda do trema é a que mais me incomoda. Penso na criança que está se alfabetizando: como vai saber se pronuncia aquele "u"? Cada palavra vai exigir dele um pouco mais até que, pela memorização (e não pela lógica), vai distinguir os sons mudos dos pronunciados. Bizarro? Imagine a minha cabeça. Esse acordo já é realidade há mais de seis meses pra mim (e ainda não superei o trema). Já é realidade desde quando a única fonte de consulta de que se dispunha era uma cópia do documento oficial, todo datilografado e cheio de coisas esquisitas (nem errata tinha ainda). E aí, da noite para o dia, revistas exibem infraestruturas, ideias, autoestimas, autorregulamentações, anti-inflamatórios, etc. E eu leio as notícias e começo a viajar de novo... Nos livros didáticos "obsoletos" que foram inutilizados, das embalagens plásticas e de papel que também sairão de linha, de tudo que se irá desperdiçar para fazer valer o novo. Numa época em que se fala insistentemente em sustentabilidade (que, a propósito, continua com a mesma grafia), vamos derrubar mais árvores ou gastar mais polietileno para recepcionar o novo. E produzir mais... inclusive mais lixo!

Comunidade lusófona, fiquemos todos tranquilos: reflorestamento e reciclagem continuam sem hífen. Senão seria mais um obstáculo pra se pensar em "desenvolvimento" sustentável.

Saturday, January 10, 2009


As publicitárias juntas dois anos depois. Saudade de vocês, meninas. Companhia das manhãs no CAC.

Thursday, January 01, 2009