...e, se ele não explica, não serei eu quem vai fazê-lo.
rapadura é doce, mas não é mole

- Macabea
- Cor: azul | Banda: Radiohead | Música: In the Year (Echobelly) | Homem: sei não | Mulher: eu | Bebida: caipiruva | Gesto: abraço | Animal: gato | Lugar: Olinda | Veneno: pagode | Objeto: perfume | Verbo: cantar
Monday, February 23, 2009
Aaaaaaaaarrrrrrrrgh!
Existe inferno astral depois do aniversário? Quero não, vu? Olhe, chega de Carnaval, num quero brincar mais disso não. Os dias estão feios, não é? Mas mesmo assim, firme e forte, fui pra Olinda. A gente teve que levar os cartões do banco porque tava sem um conto no bolso e precisava sacar verba pro álcool. Pois bem, foi a última vez que o caixa eletrônico viu nossos cartões. Agora veja a dimensão do babado: depois do assalto do começo do mês, fiquei desprovida do meu cartão. Impossibilitada de sacar um conto sequer, transferi tudo para uma outra conta que eu tenho, que é uma m****, porque quase não tem terminal de autoatentimento. Ok, eu tava me virando. E, claro, trezentos dias úteis para chegar a segunda via, quem precisa dela né? Com o ocorrido de hoje, perdi meu cartão B e e meu namorado também perdeu o dele. Ou seja, estamos mais lisos que de costume. Furtaram do bolso dele a carteirinha que continha os cartões. Agora num tem nem dez conto pra abastecer o carro e ir trabalhar. Tudo bem, nada como ônibus e passe fácil. Que passe fácil? É, ele partiu junto com os demais colegas...
Oscar... eu vi!
É isso mesmo, eu vi! Parece normal? Não para mim. É que eu não vou ao cinema nem costumo locar filmes. É que eu acho um troço meio estranho ficar mais de uma hora parada na frente da TV em dedicação exclusiva. É melhor ler, que dá pra ouvir música ao mesmo tempo. É melhor desenhar e dar uma olhadinha na novela. Além do mais, com menos de 30 minutos e boa vontade, você vê mais baixaria que o enredo do filme mais complexo no BBB. Deveria ter o ano todo, pois minha capacidade de atenção concentrada não vai além disso. Enfim...
Voltando ao Oscar. Os pais da minha amiga viajaram e, para que ela não dormisse sozinha em casa, eu e o namoladjinho fomos fazer companhia a ela. Combinamos então que ele faria uma pizza e depois nós três assistiríamos à cerimônia da entrega do Oscar. Legal, eu topei. Achei que fosse uma experiência interessante.
Os primeiros minutos foram legais, é bom ver os vestidos bonitos, bem como os queima-filmes-pseudo-sofisticados, nomes dos estilistas, etc. Tava até me divertindo, acreditem! Até que começou o babado. Entra uma cara engraçadinho e solta um mói de frase-feita e piada sem-graça (juro que prefiro as do Juquinha). Depois ele pega a Anne Hathaway, como que por improviso, e todo mundo faz aquela cara de "Oh! Que Surpresa! Nem imaginava que ele fosse fazer isso...". Mas o mais trash de tudo era quando entravam os casais engraçadinhos, com diálogos engraçadinhos e superespontâneos (já ri mais com A Praça é Nossa e Zorra Total), antes de anunciar os premiados. Sabe quando a gracinha é tão ruim que incomoda? Pronto! Fui vencida pelo cansaço. Dormi. E quer saber? Prefiro assistir às escolas de samba do grupo de acesso numa noite de insônia.
É.
Voltando ao Oscar. Os pais da minha amiga viajaram e, para que ela não dormisse sozinha em casa, eu e o namoladjinho fomos fazer companhia a ela. Combinamos então que ele faria uma pizza e depois nós três assistiríamos à cerimônia da entrega do Oscar. Legal, eu topei. Achei que fosse uma experiência interessante.
Os primeiros minutos foram legais, é bom ver os vestidos bonitos, bem como os queima-filmes-pseudo-sofisticados, nomes dos estilistas, etc. Tava até me divertindo, acreditem! Até que começou o babado. Entra uma cara engraçadinho e solta um mói de frase-feita e piada sem-graça (juro que prefiro as do Juquinha). Depois ele pega a Anne Hathaway, como que por improviso, e todo mundo faz aquela cara de "Oh! Que Surpresa! Nem imaginava que ele fosse fazer isso...". Mas o mais trash de tudo era quando entravam os casais engraçadinhos, com diálogos engraçadinhos e superespontâneos (já ri mais com A Praça é Nossa e Zorra Total), antes de anunciar os premiados. Sabe quando a gracinha é tão ruim que incomoda? Pronto! Fui vencida pelo cansaço. Dormi. E quer saber? Prefiro assistir às escolas de samba do grupo de acesso numa noite de insônia.
É.
Sunday, February 08, 2009
Achados do dia
São basicamente dois:
1. Polly me falou que instalou um sensor no carro dela que evita colisões em manobras. Ele avisa quando as laterais e a traseira estão próximos de outro carro (ou obstáculo). Num é legal? Me apaixonei. Quero-mais-que-um-mói! Porque não aguento mais chapar em manobras.
2. Estava assistindo ao festival da academia de ballet da minha prima e me deparei com a coisa mais linda-toba-fashion do mundo: sapatilhas de ponta ver-me-lhas. Looooooooonge do lugar-comum que são aquelas cor-de-rosinhas enjoadas que exalam disciplina. Enfim, quero uma. Falei lá com a professora de dança e ela disse que aquilo era feito sob encomenda. Ok, peguei o cel. dela e vou ligar para dar meu número. Aí minha mãe me perguntou o que vou fazer com um par de sapatilhas de ponta se nem danço mais: "Num tem problema. Eu volto a dançar"... ha ha ha
1. Polly me falou que instalou um sensor no carro dela que evita colisões em manobras. Ele avisa quando as laterais e a traseira estão próximos de outro carro (ou obstáculo). Num é legal? Me apaixonei. Quero-mais-que-um-mói! Porque não aguento mais chapar em manobras.
2. Estava assistindo ao festival da academia de ballet da minha prima e me deparei com a coisa mais linda-toba-fashion do mundo: sapatilhas de ponta ver-me-lhas. Looooooooonge do lugar-comum que são aquelas cor-de-rosinhas enjoadas que exalam disciplina. Enfim, quero uma. Falei lá com a professora de dança e ela disse que aquilo era feito sob encomenda. Ok, peguei o cel. dela e vou ligar para dar meu número. Aí minha mãe me perguntou o que vou fazer com um par de sapatilhas de ponta se nem danço mais: "Num tem problema. Eu volto a dançar"... ha ha ha
Encontro das publicitárias
Foi hoje na hora do almoço. Não estavam tooodas meeesmo, mas boa parte das meninas. Saudade imensa desse povo. Almoçamos juntas e botamos o assunto em dia. Mari vai pra Brasília, Polly tá fazendo direito, Mari e Hanna viraram servidoras públicas (e noivaram) e eu estou fazendo Administração (mas continuo redatora!). Todas com a mesma cara de pirralha dos tempos do CAC.
Saudade de vocês, meninas! Vamos tentar fazer isso sempre.
Saudade de vocês, meninas! Vamos tentar fazer isso sempre.
Friday, February 06, 2009
Dia de fútil
Tentando resumir em poucas palavras...
Fiz aqui uma listinha de coisas de que eu tava precisando, tipo assim... maquiagem. Quem estiver lendo isto deve estar pensando "Que lapa de doida!", porque raramente alguém me vê maquiada. Pois bem, é por isso que de tempos em tempos me deparo com as caixinhas cheias de trecos vencidos. Daí tinha decidido: já que este mês é o meu aniversário, quem quiser me presentear que me dê algo de colorir o rosto, tipo... uma sombra bem gay, batom luxxxo, tudo menos base (porque é um troço muito pessoal). E aí eu andei paquerando uns sites, e a listinha já estava sendo concebida quando uma amiga disse: "Menina, compra sompra baratinha e usa um tal de fixador, tem lá no Boticário...". A outra disse: "Contém 1g é tudo que há de cores travecosas". E a outra: "Rapaz, compra Vult, é baratinha e a pigmentação não é ruim". Aí eu ando pelas brenhas que eu a-d-o-r-o e me deparo com um mói de coisas da tal Vult. Terminei comprando um blush e um duo de sombras e até gostei do babado. Digamos que tenha sido um bom começo. E aí descobri um tal lápis Carbon Black da Tracta pretãããooooo e adorei, mas desconfio que não sejam a melhor opção para quem usa lentes de contato. Enfim, pra quem não usa fica a diquinha.
E continuo na minha busca incessante por sombras u-hu pra soltar as frangas no Carnaval...
Fiz aqui uma listinha de coisas de que eu tava precisando, tipo assim... maquiagem. Quem estiver lendo isto deve estar pensando "Que lapa de doida!", porque raramente alguém me vê maquiada. Pois bem, é por isso que de tempos em tempos me deparo com as caixinhas cheias de trecos vencidos. Daí tinha decidido: já que este mês é o meu aniversário, quem quiser me presentear que me dê algo de colorir o rosto, tipo... uma sombra bem gay, batom luxxxo, tudo menos base (porque é um troço muito pessoal). E aí eu andei paquerando uns sites, e a listinha já estava sendo concebida quando uma amiga disse: "Menina, compra sompra baratinha e usa um tal de fixador, tem lá no Boticário...". A outra disse: "Contém 1g é tudo que há de cores travecosas". E a outra: "Rapaz, compra Vult, é baratinha e a pigmentação não é ruim". Aí eu ando pelas brenhas que eu a-d-o-r-o e me deparo com um mói de coisas da tal Vult. Terminei comprando um blush e um duo de sombras e até gostei do babado. Digamos que tenha sido um bom começo. E aí descobri um tal lápis Carbon Black da Tracta pretãããooooo e adorei, mas desconfio que não sejam a melhor opção para quem usa lentes de contato. Enfim, pra quem não usa fica a diquinha.
E continuo na minha busca incessante por sombras u-hu pra soltar as frangas no Carnaval...
Thursday, February 05, 2009
Inferno astral pré-carnaval (a rima é tão desagradável quanto o famigerado IA)
Começou precisamente quando? Não sei. Dizem que são exatos vinte dias antes do aniversário. Sendo assim, seria dia um. Ou seja, ainda me sobram quinze dias de sobressalto esperando algum fato desagradável ou, no mínimo, inusitado. Para quem não lembra, no ano passado eu fui presenteada com nada mais nada menos que trinta e três aftas. Isso mesmo, não é exagero. E elas perduraram até depois do aniversário para compensar o 2007 sem inferno astral.
Pois bem, o meu assinalou sua chegada ontem, mais ou menos às 17h40, aquele finzinho de tarde bonito em que o céu fica meio cor-de-rosa, nem claro nem escuro. Eram três limpadores de vidros. Um parou mais na frente, um exatamente ao lado da minha janela, o outro mais atrás. Três caras pra limpar um único carro? Já vi que tava f*****. Foi quando o do meio bateu na minha janela, levantou a camisa e me mostrou sua arma. Sim, era um revólver de verdade. Mandou que eu abrisse a janela. E eu lá era doida de me negar a abrir? Pois bem: "Celular e dinheiro senão eu atiro". Eu peguei minha bolsa, que tava atrás do banco: "Leve a bolsa toda". Ele não quis (ou eles não quiseram, sei lá). Mandou que eu desse o celular e o dinheiro. Catava os objetos na bolsa na base do tato (acho que nessas horas a gente fica mais míope), encontrei primeiro a carteira, dei a ele. Mas ele queria o celular, ele dizia que ia atirar na minha cabeça se eu não o desse. O sinal abriu e, mais uma vez, eu ofereci a bolsa toda. Ele disse que esperava. "Celular senão eu atiro na cabeça!" Enfim, perdeu a paciência e me mandou ir embora. Enquanto eu ma afastava do lugar, ouvia o grito do cara, provavelmente de frustração, raiva, sei lá: "P****!". Eu segui, não me queixava. Enquanto dirigia, agradecia a Deus não ter sofrido nenhum tipo de agressão.
O saldo: menos dois (três?) cartões, menos uma carteira da Pucca que comprei por sete conto no chinês e mais a certeza de que o Recife* não tem jeito.
* Este foi meu quinto assalto. Dos cinco, quatro foram no mesmo lugar: nas imediações do Bompreço e da Mc Donald's da Agamenon Magalhães. Esse tipo de coisa é recorrente por lá há anos e eu ainda não vi sinal algum de que aquele local receberia reforço no que diz respeito a segurança. Pra que se faz boletim de ocorrência? Algum dia me disseram que os BOs ajudavam a mapear as áreas mais arriscada. Agora eu pergundo aos que certamente sabem mais que eu: mapear pra quê?
Pois bem, o meu assinalou sua chegada ontem, mais ou menos às 17h40, aquele finzinho de tarde bonito em que o céu fica meio cor-de-rosa, nem claro nem escuro. Eram três limpadores de vidros. Um parou mais na frente, um exatamente ao lado da minha janela, o outro mais atrás. Três caras pra limpar um único carro? Já vi que tava f*****. Foi quando o do meio bateu na minha janela, levantou a camisa e me mostrou sua arma. Sim, era um revólver de verdade. Mandou que eu abrisse a janela. E eu lá era doida de me negar a abrir? Pois bem: "Celular e dinheiro senão eu atiro". Eu peguei minha bolsa, que tava atrás do banco: "Leve a bolsa toda". Ele não quis (ou eles não quiseram, sei lá). Mandou que eu desse o celular e o dinheiro. Catava os objetos na bolsa na base do tato (acho que nessas horas a gente fica mais míope), encontrei primeiro a carteira, dei a ele. Mas ele queria o celular, ele dizia que ia atirar na minha cabeça se eu não o desse. O sinal abriu e, mais uma vez, eu ofereci a bolsa toda. Ele disse que esperava. "Celular senão eu atiro na cabeça!" Enfim, perdeu a paciência e me mandou ir embora. Enquanto eu ma afastava do lugar, ouvia o grito do cara, provavelmente de frustração, raiva, sei lá: "P****!". Eu segui, não me queixava. Enquanto dirigia, agradecia a Deus não ter sofrido nenhum tipo de agressão.
O saldo: menos dois (três?) cartões, menos uma carteira da Pucca que comprei por sete conto no chinês e mais a certeza de que o Recife* não tem jeito.
* Este foi meu quinto assalto. Dos cinco, quatro foram no mesmo lugar: nas imediações do Bompreço e da Mc Donald's da Agamenon Magalhães. Esse tipo de coisa é recorrente por lá há anos e eu ainda não vi sinal algum de que aquele local receberia reforço no que diz respeito a segurança. Pra que se faz boletim de ocorrência? Algum dia me disseram que os BOs ajudavam a mapear as áreas mais arriscada. Agora eu pergundo aos que certamente sabem mais que eu: mapear pra quê?
Friday, January 30, 2009
A descabelada das férias
Janeiro foi meu mês oficial da baranguice. Até que voltei ao trabalho com visual pós-férias de dezembro, bronzeada do sol, cabelos esvoaçantes e douradinhos sob efeito do solzinho de verão e meus xampuzinhos de camomila, amora, bambu, etc. (Parece bizarro, mas eu sou a única perturbada que gosta de comprar shampoo aos "mói".)
Bem, tive a ideia de estudar durante as férias da faculdade pra não perder o tal do ritmo. Já que inventei de fazer outra faculdade depois de formada, no mínimo preciso fazer bem-feita. O fato é que com essa historinha estou barangando de vez. Minha sobrancelha tá uma mata. Minhas pernas idem (desenvolvi uma alergia a depilação, sei lá como vou dar jeito nisso). Meus cabelos são os menos sofridos da história: faz mais de um ano que não pinto, e cuido do bichinho o melhor que posso. Mas ainda não sei o que fazer pra minimizar o efeito estufa que provoco nele mais de uma vez por semana. É que esse negócio de ficar sem lavar porque escovou é nojento, assim preferi montar um arsenal lá em casa e estico o dito cujo várias vezes por semana.
Pra concluir, faz quase um mês que comprei uma estampa suuupertravecosa e ainda não levei à costureira (que é vizinha, pasme!) porque ainda não tive tempo de desenhar um croquis. Pode?
Não reclamo. Adoro tudo isso. Sem essa correria eu não sou eu.
Bem, tive a ideia de estudar durante as férias da faculdade pra não perder o tal do ritmo. Já que inventei de fazer outra faculdade depois de formada, no mínimo preciso fazer bem-feita. O fato é que com essa historinha estou barangando de vez. Minha sobrancelha tá uma mata. Minhas pernas idem (desenvolvi uma alergia a depilação, sei lá como vou dar jeito nisso). Meus cabelos são os menos sofridos da história: faz mais de um ano que não pinto, e cuido do bichinho o melhor que posso. Mas ainda não sei o que fazer pra minimizar o efeito estufa que provoco nele mais de uma vez por semana. É que esse negócio de ficar sem lavar porque escovou é nojento, assim preferi montar um arsenal lá em casa e estico o dito cujo várias vezes por semana.
Pra concluir, faz quase um mês que comprei uma estampa suuupertravecosa e ainda não levei à costureira (que é vizinha, pasme!) porque ainda não tive tempo de desenhar um croquis. Pode?
Não reclamo. Adoro tudo isso. Sem essa correria eu não sou eu.
Wednesday, January 28, 2009
Eu, p da vida comigo mesma
Mermão, como pode alguém ser tão burra? Consegui arranhar a porta do meu carro de novooooo, que saco! Isso me rendeu uma tarde de mau humor. Mas deixa estar... Nada que uma dose de fluoxetina no juízo não resolva. Tipo...
Sem fluoxetina: "Drogaaa, arranhei o menino!"
Com fluoxetina: "Até que ficou bonitinho com essa textura nova!"
Sem fluoxetina: "Drogaaa, arranhei o menino!"
Com fluoxetina: "Até que ficou bonitinho com essa textura nova!"
Thursday, January 22, 2009
Minutos de Grosseria*
* porque minutos de sabedoria é um troço piegas.
estávamos todos conversando sobre bon jovi, outras músicas velhas e saudosismo...
eu: mas sabe o que é bom mesmo? ouvir música velha lendo diário velho.
ele: no dia em que eu fizer isso, vai ter um negão atrás de mim...
estávamos todos conversando sobre bon jovi, outras músicas velhas e saudosismo...
eu: mas sabe o que é bom mesmo? ouvir música velha lendo diário velho.
ele: no dia em que eu fizer isso, vai ter um negão atrás de mim...
Monday, January 19, 2009
Uma pirueta, duas piruetas...
Mês de férias é assim: a casa vira uma delegacia de polícia, sobretudo quando se tem uma prima adolescente passando férias lá. Duvida? Animadíssima minha casa...
O detalhe é que ontem eu esqueci que não tenho mais 11 anos como ela. A farrinha começou quando a mãe dela (minha prima, ex-bailarina) me mostrou as sapatilhas de ponta novas e pediu que eu calçasse para a filha dela ver porque a ponta dela tá um pouco meia-boca. E a sem-noção aqui esqueceu que alguns anos decorreram desde que au abandonei a dança: mais de dez, pra ser mais precisa. E lá vai eu calçar ponteira, meia sapatilha e qual não foi minha suspresa? A ponta estava lá, do mesmo jeitinho que há dez anos, com o mesmo equilíbrio. Então minha prima pediu que eu abrisse escala, e lá estava eu esticana do chão com aquela cara de "nossa, ainda consigo!".
Foi tudo lindo ontem, mas hoje minha musculatura resolveu me lembrar que eu não tenho mais 11 anos e que alongamento de vez em quando é bom. Resultado: estou moída. Preciso me mexer.
O detalhe é que ontem eu esqueci que não tenho mais 11 anos como ela. A farrinha começou quando a mãe dela (minha prima, ex-bailarina) me mostrou as sapatilhas de ponta novas e pediu que eu calçasse para a filha dela ver porque a ponta dela tá um pouco meia-boca. E a sem-noção aqui esqueceu que alguns anos decorreram desde que au abandonei a dança: mais de dez, pra ser mais precisa. E lá vai eu calçar ponteira, meia sapatilha e qual não foi minha suspresa? A ponta estava lá, do mesmo jeitinho que há dez anos, com o mesmo equilíbrio. Então minha prima pediu que eu abrisse escala, e lá estava eu esticana do chão com aquela cara de "nossa, ainda consigo!".
Foi tudo lindo ontem, mas hoje minha musculatura resolveu me lembrar que eu não tenho mais 11 anos e que alongamento de vez em quando é bom. Resultado: estou moída. Preciso me mexer.
Friday, January 16, 2009
Sobre medo de trovão
A gente cria medo e trauma de cada maneira estranha. Pelo menos comigo foi assim. Todo mundo ri da minha cara porque não tenho medo de barata, rato, esses bichos nojentos e tal, mas morro de medo de trovão. E daí? Meu medo é uma longa história.
Começou quando eu tinha mais ou menos uns 17 anos e tava uma história de cair prédio adoidado. Todo dia era uma má notícia, e essa coisa de desabamento sempre mexeu muito com meu juízo (se é que tenho algum). O fato é que, lá por essa época, tive um sonho muito doido em que o prédio que eu morava estava caindo aos poucos. Assim: dava uns estrondos e, a cada estrondo, explodia e destruía um pedaço. Quando faltava um último pedaço desabar (justamente a parte em que eu estava), eu acordei com mais um estrondo. Tava caindo a maior chuvona lá fora, e os estrondos do meu sonho eram justamente os trovões. É aquela história do estímulo sensorial que entra ou desencadeia o sono. Tem algo do tipo no livro A Interpretação dos Sonhos, de Freud (muito bom, hein? recomendo).
O fato é que noiei com essa história pra sempre. A, desde então, trovão me dá nos nervos.
Começou quando eu tinha mais ou menos uns 17 anos e tava uma história de cair prédio adoidado. Todo dia era uma má notícia, e essa coisa de desabamento sempre mexeu muito com meu juízo (se é que tenho algum). O fato é que, lá por essa época, tive um sonho muito doido em que o prédio que eu morava estava caindo aos poucos. Assim: dava uns estrondos e, a cada estrondo, explodia e destruía um pedaço. Quando faltava um último pedaço desabar (justamente a parte em que eu estava), eu acordei com mais um estrondo. Tava caindo a maior chuvona lá fora, e os estrondos do meu sonho eram justamente os trovões. É aquela história do estímulo sensorial que entra ou desencadeia o sono. Tem algo do tipo no livro A Interpretação dos Sonhos, de Freud (muito bom, hein? recomendo).
O fato é que noiei com essa história pra sempre. A, desde então, trovão me dá nos nervos.
Tá caindo a maior chuvona lá fora to tipo: água no meio da canela. É impressionante como o Recife não tem a mínima infraestrutura (agora é coladinho, sem hífen. que feio!) pra receber dez minutos de chuva. E ainda ouvi um escrotinho dizer: "Isso é Santa Catarina lançando moda". Bleargh! Superdemaugosto! Extreeemo mau gosto.
A manhã aqui no escritório foi divertida. Todo mundo olhando de instante em instante pra ver se os carros já estavam flutuando na água. Eu espero que, na hora de sair, a coisa já esteja (ai! um trovão! detesto) mais tranquila (sem trema, letras não têm mais sardas) porque, se eu já dirijo estranhamente em dias insolarados, realize debaixo dessa chuva. Digo logo que morro de medo.
O bom é que aproveitei a hora do almoço pra tirar uma soneca, e nesse friozinho foi ótimo. Queria poder hibernar agora e acordar cheia de energia pra dar conta das (muitas) coisas que estão pendentes. Nada mal, né?
A manhã aqui no escritório foi divertida. Todo mundo olhando de instante em instante pra ver se os carros já estavam flutuando na água. Eu espero que, na hora de sair, a coisa já esteja (ai! um trovão! detesto) mais tranquila (sem trema, letras não têm mais sardas) porque, se eu já dirijo estranhamente em dias insolarados, realize debaixo dessa chuva. Digo logo que morro de medo.
O bom é que aproveitei a hora do almoço pra tirar uma soneca, e nesse friozinho foi ótimo. Queria poder hibernar agora e acordar cheia de energia pra dar conta das (muitas) coisas que estão pendentes. Nada mal, né?
Thursday, January 15, 2009
Depois de mais de uma semana da última visita ao hospital (suspeitinha básica de dengue), o lugar onde o cidadão perfurou pra injetar o soro continua inchado, roxo e dolorido. E ninguém me venha dizer que é frescura, porque, se eu tivesse medo de agulha ou algo do tipo, não tinha um mói de tatuagem. Vôti! Parece que eu malhei loucamente depois de dez anos de sedentarismo e fiquei com o braço f*****. Logo o que eu mais uso pra escrever.
Depois das férias ensolaradas e radiantes, retornei ao processo de embarangamento mais uma vez. Voltei ao meu ritmo de trabalho di-cum-força e chego em casa um caco. Resultado: num faço nada, meu cabelo num vê um cuidadinho faz dias, minha chapinha deve estar com teia-de-aranha. As unhas tão um bagulho e minhas pernas... sem comentários. Todo mundo que me vê na rua faz: "O que é isso nas suas pernas?". Cheias de coisinhas e irritaçõezinhas cuja causa eu acho que descobri, já que num arrumei tempo pra ir à dermatologista: é o tal do Satinelle, tá cravando tudo que é pelo (é, agora não tem mais acento). Bem, o jeito vai ser deixar virar perna de caranguejo de novo e então apelar para a depilação tradicional num salãozinho com sala de espera e mulher falando besteira. Ai, ai, ai. Pelo menos tem revista Gloss pra eu ler (isso se eu não estivar ocupada lendo algo enquanto espero a tortura). Vai saber... Tem tanta coisa pendente que uma lista organizada e um dia 50% maior talvez não resolvesse. E tenho sido acometida por uma estranha preguiça que não me é costumeira e está boicotando meu projetos (que já são escassos, bichinhos). Ah... tem outro detalhe: minha sobrancelha tá parecendo uma fita isolante, num vê uma pinça desde o ano passado. E a história da academia morgou di-cum-força, mas tem o lado bom de tudo isso: tenho lanchado frutinhas (e um passatempo eventualmente) como nunca antes e nem estou achando tão ruim assim. Essa semana já comi um mói de maçã, uva, "jambre" e banana, não é legal? Até iogurte eu encarei, de tanto as meninas dizerem que eu vivo adoecendo porque só como porcaria.
Mas ainda tem um monte de coisas que eu preciso pôr no lugar e aproveitar esses mais de dois meses de férias da UFPE pra deixar de fazer corpo mole e funcionar como sempre funcionei. Deveria trocar Maysa e A Favorita por um mói de livro, mesmo durante as férias, mas esse grau de evolução eu ainda não atingi. É, a luta continua...
Depois das férias ensolaradas e radiantes, retornei ao processo de embarangamento mais uma vez. Voltei ao meu ritmo de trabalho di-cum-força e chego em casa um caco. Resultado: num faço nada, meu cabelo num vê um cuidadinho faz dias, minha chapinha deve estar com teia-de-aranha. As unhas tão um bagulho e minhas pernas... sem comentários. Todo mundo que me vê na rua faz: "O que é isso nas suas pernas?". Cheias de coisinhas e irritaçõezinhas cuja causa eu acho que descobri, já que num arrumei tempo pra ir à dermatologista: é o tal do Satinelle, tá cravando tudo que é pelo (é, agora não tem mais acento). Bem, o jeito vai ser deixar virar perna de caranguejo de novo e então apelar para a depilação tradicional num salãozinho com sala de espera e mulher falando besteira. Ai, ai, ai. Pelo menos tem revista Gloss pra eu ler (isso se eu não estivar ocupada lendo algo enquanto espero a tortura). Vai saber... Tem tanta coisa pendente que uma lista organizada e um dia 50% maior talvez não resolvesse. E tenho sido acometida por uma estranha preguiça que não me é costumeira e está boicotando meu projetos (que já são escassos, bichinhos). Ah... tem outro detalhe: minha sobrancelha tá parecendo uma fita isolante, num vê uma pinça desde o ano passado. E a história da academia morgou di-cum-força, mas tem o lado bom de tudo isso: tenho lanchado frutinhas (e um passatempo eventualmente) como nunca antes e nem estou achando tão ruim assim. Essa semana já comi um mói de maçã, uva, "jambre" e banana, não é legal? Até iogurte eu encarei, de tanto as meninas dizerem que eu vivo adoecendo porque só como porcaria.
Mas ainda tem um monte de coisas que eu preciso pôr no lugar e aproveitar esses mais de dois meses de férias da UFPE pra deixar de fazer corpo mole e funcionar como sempre funcionei. Deveria trocar Maysa e A Favorita por um mói de livro, mesmo durante as férias, mas esse grau de evolução eu ainda não atingi. É, a luta continua...
Monday, January 12, 2009
2009: o ano dos tranquilos
Àqueles que sempre ignoraram a existência do trema, a tranquilidade chegou para ficar. O problema é começar o ano deixando pra trás grafias com que convivemos (no meu caso) há mais de vinte anos. É escrever jóia em um dia e no outro ter de lembrar que não é mais jóia, e sim "joia". Fiquei pensando em Bechara, tão otimista, defendendo o Novo Acordo... E se ele for preencer um cheque (coisa que geralmente a gente faz no automático, mais atenta aos números que às letras)? Será que vai pôr "cinquenta reais" ou insistir nos pontinhos? Das mudanças que o Novo Acordo provocou na nossa ortografia, a queda do trema é a que mais me incomoda. Penso na criança que está se alfabetizando: como vai saber se pronuncia aquele "u"? Cada palavra vai exigir dele um pouco mais até que, pela memorização (e não pela lógica), vai distinguir os sons mudos dos pronunciados. Bizarro? Imagine a minha cabeça. Esse acordo já é realidade há mais de seis meses pra mim (e ainda não superei o trema). Já é realidade desde quando a única fonte de consulta de que se dispunha era uma cópia do documento oficial, todo datilografado e cheio de coisas esquisitas (nem errata tinha ainda). E aí, da noite para o dia, revistas exibem infraestruturas, ideias, autoestimas, autorregulamentações, anti-inflamatórios, etc. E eu leio as notícias e começo a viajar de novo... Nos livros didáticos "obsoletos" que foram inutilizados, das embalagens plásticas e de papel que também sairão de linha, de tudo que se irá desperdiçar para fazer valer o novo. Numa época em que se fala insistentemente em sustentabilidade (que, a propósito, continua com a mesma grafia), vamos derrubar mais árvores ou gastar mais polietileno para recepcionar o novo. E produzir mais... inclusive mais lixo!
Comunidade lusófona, fiquemos todos tranquilos: reflorestamento e reciclagem continuam sem hífen. Senão seria mais um obstáculo pra se pensar em "desenvolvimento" sustentável.
Comunidade lusófona, fiquemos todos tranquilos: reflorestamento e reciclagem continuam sem hífen. Senão seria mais um obstáculo pra se pensar em "desenvolvimento" sustentável.
Thursday, January 01, 2009
Monday, December 01, 2008
Alguém se lembra daquela última faixa do primeiro álbum da Xuxa, cuja capa exibia a rainha do baixinhos com uma blusa ligeiramente transparente? Miragem Viagem, aquela que é interpretada pela ex-Trem da Alegria Patrícia, uma das vozes mais afinadas que já ouvi. Pois bem, se olharmos direitinho no rótulo do vinilzão, tem lá, entre parênteses, Black Orchid. Alguém por acaso conhece essa música? Tenho uma curiosidade enorme de conhecê-la. Pois creiam que, mais de vinte anos depois de ganhar esse disco, continuo adorando a música. Não sei se pela voz de Patrícia, ainda criança (uma coisa doce mesmo de se ouvir), ou se pela relação que a música tem com um sonho da minha infância, que data da época em que ganhei o disco (idos de 1986). Como era o sonho? Não me pergunte, pois, curiosamente, eu não lembro. Sei que ele era bem viajado e que mexeu um bocado com minha cabeça na época. Dele, só me restou uma recordação: Miragem Viagem.
Será que uma regressão me ajudaria?
Será que uma regressão me ajudaria?
Wednesday, November 26, 2008
Eu me abestalho com cada coisa...
Depois de uma terça-feira irritante, a vontade de rir um pouquinho. Ontem recebi a notícia de que vou ter de esperar mais uma semana pelas férias, quer dizer: eu mesma me dei a notícia ao entregar a prova praticamente em branco e confirmar minha presença na final.
Passei o dia chateada com isso, vez por outra pensando no assunto, na iminência de uma reprovação. Até que abro um e-mail velho, que visito a cada trezentos anos, pertencente à lista de discussão da turma de publicidade. E aí, um achado. Fotos do último churrasco da turma, quando terminamos o oitavo período e viramos pré-publicitários. Um mói de gente que nunca mais tinha visto, as amigas que fiz naqueles quatro anos, os demais colegas, meus cabelos vermelhos, farra, tiração de onda, uma catarse... E, olhando para aquela cena, senti um alívio tão grande, lembrei que tudo isso vai passar antes do que a gente imagina...
Depois do fumo de Administração Financeira, rever minha turma de publicidade e ver que tudo isso vai passar foi reconfortante. Mas aqueles cabelos vermelhos...
Depois de uma terça-feira irritante, a vontade de rir um pouquinho. Ontem recebi a notícia de que vou ter de esperar mais uma semana pelas férias, quer dizer: eu mesma me dei a notícia ao entregar a prova praticamente em branco e confirmar minha presença na final.
Passei o dia chateada com isso, vez por outra pensando no assunto, na iminência de uma reprovação. Até que abro um e-mail velho, que visito a cada trezentos anos, pertencente à lista de discussão da turma de publicidade. E aí, um achado. Fotos do último churrasco da turma, quando terminamos o oitavo período e viramos pré-publicitários. Um mói de gente que nunca mais tinha visto, as amigas que fiz naqueles quatro anos, os demais colegas, meus cabelos vermelhos, farra, tiração de onda, uma catarse... E, olhando para aquela cena, senti um alívio tão grande, lembrei que tudo isso vai passar antes do que a gente imagina...
Depois do fumo de Administração Financeira, rever minha turma de publicidade e ver que tudo isso vai passar foi reconfortante. Mas aqueles cabelos vermelhos...
Wednesday, November 19, 2008
Body Piercing
"'Você fura todas bem assim?' Diga aí se não é uma boa cantada? Sério, pô, num é boa não pra um cara que faz piercing?"
Juro que já ouvi isso. E era sério.
Juro que já ouvi isso. E era sério.
Sunday, November 16, 2008
Um domingo ensolarado e um pouco mais iluminado para mim. Fui encontrar Josefina; tentando resolver coisas. Depois de um sábado tão psicossomático, tão atribulado. O domingo doeu menos. Deu até algum prazer. Acho que foi o primeiro dia numa seqüência (ainda com trema) de coisas novas. Aprendendo a ser mais gente, eu acho. Criando novas prioridades. Novos sentidos talvez. É hora de levantar (na medida do possível). E começar (quase) tudo de novo. Fazer certo.
Desejem-me boa sorte.
Desejem-me boa sorte.
Thursday, November 13, 2008
A baranga
Tem uma cidadã que me aparece todo dia no banheiro: cabelos desgrenhados, unhas esculhambadas, sobrancelhas cabeludas, pele cheia de cravos; dá a sensação de que ela vestiu a primeira peça que pulou ao abrir um armário bagunçado, sem mesmo se dar ao trabalho de escolher ou combinar. Ela me olha com um rosto meio triste, tem olheiras, cara de cansaço e preocupação. Ela me olha porque é o jeito, porque eu olho para ela e fico observando esses detalhes.
Preciso comprar um espelho novo. Acho que o meu tá com defeito.
Preciso comprar um espelho novo. Acho que o meu tá com defeito.
Wednesday, November 05, 2008
O próximo passo é benzer todos os meus objetos: roupas, perfumes, acessórios, bolsas, documentos, produtos de cabelo, secador, chapinha, chave do carro, chave de casa, maquiagem, sapatos, canetas, etc. (aceito sugestões).
Pois, acreditem, mais um FDP cruzou meu caminho, e o alvo dele foi... meu carro! Corria tanto que eu até hoje não sei qual era o carro da criatura (quanto mais a placa!). Vinha feito doido, tudo indica que acabara de roubar aquele carro, furando sinal, tirando fino e, claro, batendo de raspão no meu (nada demais, só raiva!).
Benzer tudo! Tudo mesmo!
Eu recomendo.
Pois, acreditem, mais um FDP cruzou meu caminho, e o alvo dele foi... meu carro! Corria tanto que eu até hoje não sei qual era o carro da criatura (quanto mais a placa!). Vinha feito doido, tudo indica que acabara de roubar aquele carro, furando sinal, tirando fino e, claro, batendo de raspão no meu (nada demais, só raiva!).
Benzer tudo! Tudo mesmo!
Eu recomendo.
Thursday, October 30, 2008
Eu luto contra a gravidade que tenta me prender à cama todo dia pela manhã. Não é como aquela saudável preguiça, aquela inércia gostosa de quem tá com sono. É uma sensação diferente, de não querer sair da cama não por cansaço, mas porque isso aborrece, porque acordada a gente pensa e pensar algumas vezes dói. Na cama, é como se tivesse um escudo que me protegesse das preocupações, do dia lá fora, das responsabilidades que me esperam lá fora, dos compromissos, dos medos e dos perigos...
É coisa demais pra cabeça de menos.
(Era mais legal quando eu usava a cabeça pra fazer escova progressiva.)
É coisa demais pra cabeça de menos.
(Era mais legal quando eu usava a cabeça pra fazer escova progressiva.)
Tuesday, October 28, 2008
Eu reviro CDs velhos e decido escutar Legião Urbana. Às vezes, ouvir som ajuda. Se Renato Russo falava de si ao escrever "Já estou cheio de me sentir vazio", eu posso imaginar exatamente como ele se sentia. E eu, como em Baader-Mainhof Blues, também já estou cheia disso. Farta desses dias que mais parecem um amontoado de horas. Um amontoado de horas que não vão nem vêm. Tem horas em que até o sono acaba. Quem agüenta dormir tanto? Mas dormir ajuda a não ver esse amontoado de horas que, em alguns períodos, parecem despropositadas. E, se o sono não vem espontaneamente, por que não a ajuda de uns fitoterápicos?
Isso passa, sempre passa. O grande desafio é não permitir que cada fase dessa leve consigo um pouco de mim. Mas eu gosto de desafios. E nunca deixo que elas levem. Por isso, não me desespero, não me preocupo, tampouco perco meu tempo pensando em soluções a curto prazo. Não adianta enrolar o tempo. Na hora certa, acordo disposta de manhã e vou fazer escova nos cabelos.
Na hora certa...
Mas não adianta desesperar enquanto a hora não chega. Deixa vir. É preciso respeitar o tempo. Mesmo estando "cheia de me sentir vazia".
Isso passa, sempre passa. O grande desafio é não permitir que cada fase dessa leve consigo um pouco de mim. Mas eu gosto de desafios. E nunca deixo que elas levem. Por isso, não me desespero, não me preocupo, tampouco perco meu tempo pensando em soluções a curto prazo. Não adianta enrolar o tempo. Na hora certa, acordo disposta de manhã e vou fazer escova nos cabelos.
Na hora certa...
Mas não adianta desesperar enquanto a hora não chega. Deixa vir. É preciso respeitar o tempo. Mesmo estando "cheia de me sentir vazia".
Friday, October 24, 2008
Alguém, por favor, me dê uma pimenteira
É fato: estou carregada. E, se é verdade que detectar e relatar o mau olhado ajuda a eliminá-lo, aí vai. Leiam, todos, por favor! É importante pra ver se dissipa isso. Em tópicos, pra não deixar faltar nada:
- Fui tirar o carro do estacionamento e quase passo direto de uma altura de mais de 2 m.
- Um cidadão decidiu dar ré e ignorar o retrovisor e bateu no meu carro (não aconteceu nada, só raiva).
- Por pura burrice, bati numa carroça que vinha na contamão.
- Minha colega foi estacionar para me dar uma carona e seu pneu furou (começamos o dia aprendendo a trocar pneu).
- Meus antidepressivos têm feito o mesmo efeito que água (pena que custe um "pouquinho" mais caro que um botijão de água mineral).
- Meu psiquiatra está viajando e não atende o celular nem por decreto (e é claro que o plano de saúde não disponibiliza outro).
- Arrumei uma faringite e estou sem voz há quase uma semana e com a maior tosse de cachorro.
Alguém, por favor, me dá uma boa receita de um banho de descarrego?
Friday, October 17, 2008
História de peixe-fora-d'água
No intervalo
Ela: Ei, você parece com John Greenwood.
Ele: Quem?
Ela: John Greenwood, do Radiohead.
Ele: O que é isso?
Ela: O que você gosta de ouvir?
Ele: Saia Rodada.
Ela: Ah...
Na aula de Psicologia
Professora: [...] primeiro, é preciso entender o significado do termo discriminação. Todo mundo acha que discriminar é sempre uma coisa negativa, mas a palavra tem outros sentidos que não necessariamente esse...
Aluna: Eita, professora, me poupe! E qual é a discriminação que é boa pra alguém?
Na aula de TGA 2
Professor: [...] temos inúmeras características, como o predomínio do Poder Simbólico...
Aluna: Professor, só não entendi uma coisa: o que é simbólico?
- e mais -
Ela: Ei, você parece com John Greenwood.
Ele: Quem?
Ela: John Greenwood, do Radiohead.
Ele: O que é isso?
Ela: O que você gosta de ouvir?
Ele: Saia Rodada.
Ela: Ah...
Na aula de Psicologia
Professora: [...] primeiro, é preciso entender o significado do termo discriminação. Todo mundo acha que discriminar é sempre uma coisa negativa, mas a palavra tem outros sentidos que não necessariamente esse...
Aluna: Eita, professora, me poupe! E qual é a discriminação que é boa pra alguém?
Na aula de TGA 2
Professor: [...] temos inúmeras características, como o predomínio do Poder Simbólico...
Aluna: Professor, só não entendi uma coisa: o que é simbólico?
- e mais -
Friday, October 03, 2008
Wednesday, September 24, 2008
Não tem muito o que se dizer depois do fumo da prova de ontem. Às vezes penso que estudar Administração tem sido uma grande perda de tempo. Não sei o que vou ganhar com isso, só sei às vezes enxergo apenas um monte de aborrecimento despropositado, como o de ontem.
Em vão, procurei alguém que tenha feito boa prova. Nenhuma alma penada. Penso que poderia ter passado meu fim de semana na praia ou dando um destino àquelas Smirnoff Ice que estão mofando na minha geladeira, enquanto eu estudo feito um corno e crio centenas de aftas.
Está decidido: não importa quantos seminários estão por vir, não importa quantas provas vão inventar na última hora, próximo fim de semana me recuso a estudar. Agora, só daqui a duas semanas.
E tenho dito!
Em vão, procurei alguém que tenha feito boa prova. Nenhuma alma penada. Penso que poderia ter passado meu fim de semana na praia ou dando um destino àquelas Smirnoff Ice que estão mofando na minha geladeira, enquanto eu estudo feito um corno e crio centenas de aftas.
Está decidido: não importa quantos seminários estão por vir, não importa quantas provas vão inventar na última hora, próximo fim de semana me recuso a estudar. Agora, só daqui a duas semanas.
E tenho dito!
Sunday, September 21, 2008
Meu FDS é: Tópicos Especiais em Organizações, Cultura Organizacional, Administração Financeira I e Microanálise das Organizações. É também alguma desocupada que desconheço se esgoelando enquando cospe as letras cretinas de Cazuza. Mô véi, se já é um tiro-no-ovo ouvir o próprio cantando, realize essa desocupada.
Tuesday, September 16, 2008
Live to tell
I have a tale to tell
Sometimes it gets so hard to hide it well
I was not ready for the fall
Too blind to see the writing on the wall
A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me
I know where beauty lives
I've seen it once, I know the warm she gives
The light that you could never see
It shines inside, you can't take that from me
A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me
The truth is never far behind
You kept it hidden well
If I live to tell
The secret I knew then
Will I ever have the chance again
If I ran away, I'd never have the strength
To go very far
How would they hear the beating of my heart
Will it grow cold
The secret that I hide, will I grow old
How will they hear
When will they learn
How will they know
Madonna
Sometimes it gets so hard to hide it well
I was not ready for the fall
Too blind to see the writing on the wall
A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me
I know where beauty lives
I've seen it once, I know the warm she gives
The light that you could never see
It shines inside, you can't take that from me
A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me
The truth is never far behind
You kept it hidden well
If I live to tell
The secret I knew then
Will I ever have the chance again
If I ran away, I'd never have the strength
To go very far
How would they hear the beating of my heart
Will it grow cold
The secret that I hide, will I grow old
How will they hear
When will they learn
How will they know
Madonna
Monday, September 15, 2008
Confissões de uma pedestre II
Av. Agamenon Magalhães, 23h15. A cidade já dorme, e eu gostaria de poder fazer o mesmo. Mas se fizer corro o risco de perder a parada (talvez alguns pertences). Eram 6h35 quando vesti a roupa que estou usando agora...
Eu sou mais uma entre um "mói" na integração, tentando preservar o mínimo de sanidade mental a despeito de toda essa correria, das minhas escolhas estranhas e despropositadas. Sabem o que eu vou ganhar com tudo isso? Eu também não.
Tive um dia dos mais compridos. O primeiro ônibus do dia atrasou dez minutos, o que significa uns trinta de retenção mais pra frente. É a estranha matemática do trânsito: apenas dez minutinhos fazem toda a diferença. Duvida? Experimente sair de casa um dia às 7h e no dia seguinte sair às 7h10 fazendo o mesmo percurso. No fim dele, serão mais de 20 minutos de diferença, é a exótica progressão geométrica do atraso. Pensava nisso enquanto olhava a Agamenon pela janela do ônibus: vazia às 23 e tantas... Acho que tenho dificuldade em fechar Gestalts: para mim, é como se fossem duas avenidas, uma clara e tumultuada e outra escura, cheia de refletores e vazia de trânsito. Desde pequena tenho o hábito de olhar o mesmo ambiente de dois ângulos e enxergá-lo como se fossem dois dintintos. Vá entender...
O segundo ônibus (calma, são cinco) ficou um século num congestionamento na Av. Rosa e Silva. O motivo? Sei não. Resolvi aproveitar que o busão não tava trepidando para ler. O terceiro ônibus foram dois: uma para a integração e outro para a universidade. Assim que cheguei ao ponto na integração, o ônibus fechou a porta para sair. Nem sequer tinha dado ré quando acenei. O motorista me ignorou solenemente e saiu. O quarto ônibus foram dois: busão e metrô. Mas foi na estação Barro que não agüentei mais: estava com sono, cansada, precisando de um banho e ainda muito longe de casa. Chorava enquanto o metrô demorava uma eternidade. Me angustiava estar ali. Me angustiava me angustiar por uma coisa tão normal, por chorar por tão pouco. E aquelas pessoas ali? Quantas delas não estariam mais cansadas que eu? Quantas não trabalham muito mais, não estudam muito mais, não chegam muito mais tarde em casa?
O último ônibus do dia (o quinto que na verdade foi o sétimo) me ajudou a recobrar a paciência. Uma mulher que se dizia epilética pedia ajuda. Tinha já uma certa idade. E me incomodou tanto sonhar cum um carro enquanto bem perto de mim há alguém que apenas deseja comida. É estranho ser gente...
Eu sou mais uma entre um "mói" na integração, tentando preservar o mínimo de sanidade mental a despeito de toda essa correria, das minhas escolhas estranhas e despropositadas. Sabem o que eu vou ganhar com tudo isso? Eu também não.
Tive um dia dos mais compridos. O primeiro ônibus do dia atrasou dez minutos, o que significa uns trinta de retenção mais pra frente. É a estranha matemática do trânsito: apenas dez minutinhos fazem toda a diferença. Duvida? Experimente sair de casa um dia às 7h e no dia seguinte sair às 7h10 fazendo o mesmo percurso. No fim dele, serão mais de 20 minutos de diferença, é a exótica progressão geométrica do atraso. Pensava nisso enquanto olhava a Agamenon pela janela do ônibus: vazia às 23 e tantas... Acho que tenho dificuldade em fechar Gestalts: para mim, é como se fossem duas avenidas, uma clara e tumultuada e outra escura, cheia de refletores e vazia de trânsito. Desde pequena tenho o hábito de olhar o mesmo ambiente de dois ângulos e enxergá-lo como se fossem dois dintintos. Vá entender...
O segundo ônibus (calma, são cinco) ficou um século num congestionamento na Av. Rosa e Silva. O motivo? Sei não. Resolvi aproveitar que o busão não tava trepidando para ler. O terceiro ônibus foram dois: uma para a integração e outro para a universidade. Assim que cheguei ao ponto na integração, o ônibus fechou a porta para sair. Nem sequer tinha dado ré quando acenei. O motorista me ignorou solenemente e saiu. O quarto ônibus foram dois: busão e metrô. Mas foi na estação Barro que não agüentei mais: estava com sono, cansada, precisando de um banho e ainda muito longe de casa. Chorava enquanto o metrô demorava uma eternidade. Me angustiava estar ali. Me angustiava me angustiar por uma coisa tão normal, por chorar por tão pouco. E aquelas pessoas ali? Quantas delas não estariam mais cansadas que eu? Quantas não trabalham muito mais, não estudam muito mais, não chegam muito mais tarde em casa?
O último ônibus do dia (o quinto que na verdade foi o sétimo) me ajudou a recobrar a paciência. Uma mulher que se dizia epilética pedia ajuda. Tinha já uma certa idade. E me incomodou tanto sonhar cum um carro enquanto bem perto de mim há alguém que apenas deseja comida. É estranho ser gente...
Thursday, September 11, 2008
Confissões de uma pedestre*
Já me disse, uma certa vez, um sábio: "A vida é como um ônibus lotado; quando você pensa que aquele foi o pior, vem outro mais cheio ainda para desmenti-lo".
Que fosse lotado, que cheirasse mal, que tocasse brega, que queimasse parada... tudo isso seria mais suportável se as pessoas com quem divido - muito a contragosto - aquele espaço tivessem o mínimo de boas maneiras. E, se boa educação é pedir muito, que pelo menos tivessem respeito ao próximo.
O ônibus é um verdadeiro laboratório do comportamento humano. É naqueles pequenos gestos que você vê do que cada um ali seria capaz se tivesse um pouquinho mais de poder. Como diria ironicamente uma colega: "Respeito pra quê, né?". Penso no cara que passa descaradsamente na frente dos outros. O que mais ele seria capaz de fazer para levar vantagem dos outros. E se ali fosse uma fila de doação de órgãos, e não de ônibus, numa oportunidade ele tomaria a vez do outro?
Penso que a falta de caráter se manifesta assim, em coisas mínimas, e que a capacidade de ser FDP com coisas mais sérias é apenas uma questão de expoente: a base é a mesma. Em outras palavras, a situação é quem define a sua capacidade de ser canalha. É o "expoente". O cara que recebe cinqüenta centavos a mais num troco e faz vista grossa, mesmo sabendo o mal que vai causar ao cobrador, falaria pro caixa se recebesse cinqënta a mais? E quinhentos? E 5 mil? O caráter a sua base, a situação é quem exponecia. O cara que perturba a viagem do outro pregando "a palavra da salvação" respeitaria o sono de uma criança em detrimento de uma festa no fim de semana? Penso que não. A situação apenas dimensiona a capacidade de f**** o outro, a "feladaputisse" está na base do ser humano. E isso é lamentável.
Andar de ônibus seria tão mais suportável se cada um tivesse 10% a mais de respeito ao próximo.
Bendita coletividade! E eu cheia de cuidado para não machucar ninguém com minhas bolsas enormes... pra cinco minutos depois pisarem na minha sapatilha de veludo! M***!
Seria mais fácil se fosse uma escolha...
* Este post é dedicado ao FDP que veio pregando a viagem inteira no busão de Porto de Galinhas, à vagabunda que passou na minha frente no terminal de integração (jurando que eu num percebi), ao cretino que parou para provocar a cobradora e atrasou minha chegada ao trabalho, entre outros FDPs. Queria ser um homem de dois metros para descer a mão em vocês, mas, como sou pequena e magra, desejo sinceramente que vocês vão tomar n...
Que fosse lotado, que cheirasse mal, que tocasse brega, que queimasse parada... tudo isso seria mais suportável se as pessoas com quem divido - muito a contragosto - aquele espaço tivessem o mínimo de boas maneiras. E, se boa educação é pedir muito, que pelo menos tivessem respeito ao próximo.
O ônibus é um verdadeiro laboratório do comportamento humano. É naqueles pequenos gestos que você vê do que cada um ali seria capaz se tivesse um pouquinho mais de poder. Como diria ironicamente uma colega: "Respeito pra quê, né?". Penso no cara que passa descaradsamente na frente dos outros. O que mais ele seria capaz de fazer para levar vantagem dos outros. E se ali fosse uma fila de doação de órgãos, e não de ônibus, numa oportunidade ele tomaria a vez do outro?
Penso que a falta de caráter se manifesta assim, em coisas mínimas, e que a capacidade de ser FDP com coisas mais sérias é apenas uma questão de expoente: a base é a mesma. Em outras palavras, a situação é quem define a sua capacidade de ser canalha. É o "expoente". O cara que recebe cinqüenta centavos a mais num troco e faz vista grossa, mesmo sabendo o mal que vai causar ao cobrador, falaria pro caixa se recebesse cinqënta a mais? E quinhentos? E 5 mil? O caráter a sua base, a situação é quem exponecia. O cara que perturba a viagem do outro pregando "a palavra da salvação" respeitaria o sono de uma criança em detrimento de uma festa no fim de semana? Penso que não. A situação apenas dimensiona a capacidade de f**** o outro, a "feladaputisse" está na base do ser humano. E isso é lamentável.
Andar de ônibus seria tão mais suportável se cada um tivesse 10% a mais de respeito ao próximo.
Bendita coletividade! E eu cheia de cuidado para não machucar ninguém com minhas bolsas enormes... pra cinco minutos depois pisarem na minha sapatilha de veludo! M***!
Seria mais fácil se fosse uma escolha...
* Este post é dedicado ao FDP que veio pregando a viagem inteira no busão de Porto de Galinhas, à vagabunda que passou na minha frente no terminal de integração (jurando que eu num percebi), ao cretino que parou para provocar a cobradora e atrasou minha chegada ao trabalho, entre outros FDPs. Queria ser um homem de dois metros para descer a mão em vocês, mas, como sou pequena e magra, desejo sinceramente que vocês vão tomar n...
Monday, September 08, 2008
A gente recarrega as baterias, foge um pouco enquanto se prepara para mais uma temporada de estresses acadêmicos. Lindo o fim de semana de um casal com quase trinta, mas que passeia pelo balneário como dois adolescentes. Entre um raspa-raspa e outro, a gente ri das mulheres que vão à caça. Sim, é a bertura do verão em Porto, é divertido ver as patricinhas catando turistas. Ou simplesmente querendo pegar alguém.
Um cara aborda a gente, "Eu vi vocês hoje de manhã na praia". Eu penso "Impossível não ver um casal exótico como a gente". Me divirto vendo as pessoas nos olhar com cara de espanto, como se um cara muito alto não pudesse namorar uma menina de 1,61 m. Fico rindo por dentro com a cara de mané das pessoas. Insisto em não usar salto. Insisto em rir da jeguice feminina, as obesas de calça ultra-apertada, as peruas de salto alto na praia usando maquiagens que são verdadeiros rebocos na cara. Dá a impressão de que, a qualquer sorriso, o reboco vai rachar e cair. A gente ri de a gente mesmo. Ri dos outros.
O Carreteiro finalmente gelou. A gente dá um trato no vinho lá no jardim da pousada pra não perder o costume. E fica até a hora de dormir contando traquinagens.
Depois do café da manhã e de oziar na rede, o bom-senso manda voltar pro Recife antes do rush. Combinamos dormir no busão. Nada feito. Um cara resolve pregar durante a viagem inteira. Lê insistentemente alguns trechos da Bíblia que tem na mão (antes fosse uma gramática). Grita, esbraveja, julga e condena (e isso, eu creio que ele não tenha aprendido na Bíblia) enquanto assassina cruelmente a língua portuguesa e perturba uma viagem que dura em torno de duas horas. Dessa vez quem reza sou eu, para ter autocontrole e não pular no pescoço daquele FDP. Ele permanece gritando, parece sentir prazer em ver as pessoas irritadas. Tenta converter as pessoas enquanto eu sonho armar um barraco e chamá-lo de tudo que ele precisa ouvir.
Será esse o preço de uma fim de semana?
Filhos da p*** à parte, sempre vale a pena.
Um cara aborda a gente, "Eu vi vocês hoje de manhã na praia". Eu penso "Impossível não ver um casal exótico como a gente". Me divirto vendo as pessoas nos olhar com cara de espanto, como se um cara muito alto não pudesse namorar uma menina de 1,61 m. Fico rindo por dentro com a cara de mané das pessoas. Insisto em não usar salto. Insisto em rir da jeguice feminina, as obesas de calça ultra-apertada, as peruas de salto alto na praia usando maquiagens que são verdadeiros rebocos na cara. Dá a impressão de que, a qualquer sorriso, o reboco vai rachar e cair. A gente ri de a gente mesmo. Ri dos outros.
O Carreteiro finalmente gelou. A gente dá um trato no vinho lá no jardim da pousada pra não perder o costume. E fica até a hora de dormir contando traquinagens.
Depois do café da manhã e de oziar na rede, o bom-senso manda voltar pro Recife antes do rush. Combinamos dormir no busão. Nada feito. Um cara resolve pregar durante a viagem inteira. Lê insistentemente alguns trechos da Bíblia que tem na mão (antes fosse uma gramática). Grita, esbraveja, julga e condena (e isso, eu creio que ele não tenha aprendido na Bíblia) enquanto assassina cruelmente a língua portuguesa e perturba uma viagem que dura em torno de duas horas. Dessa vez quem reza sou eu, para ter autocontrole e não pular no pescoço daquele FDP. Ele permanece gritando, parece sentir prazer em ver as pessoas irritadas. Tenta converter as pessoas enquanto eu sonho armar um barraco e chamá-lo de tudo que ele precisa ouvir.
Será esse o preço de uma fim de semana?
Filhos da p*** à parte, sempre vale a pena.
Monday, September 01, 2008
Monday, August 11, 2008
Friday, August 08, 2008
O que é direito?
"direito é uma coisa da rurgs puon que expõe a reks twuturais [...] é a regueque roisti a ongs troloris tworiqui coquais"
aprendam, vu?
aprendam, vu?
Wednesday, July 30, 2008
Beleza contagia
Para quem gosta de boa publicidade, aí vai.
http://www.youtube.com/watch?v=jtEWDp3RyH8
(Essa menina bem que podia passar perto de mim :))
http://www.youtube.com/watch?v=jtEWDp3RyH8
(Essa menina bem que podia passar perto de mim :))
Monday, July 28, 2008
Elevate me Later
Well you greet the tokens and stamps
Beneath the fake-oil burnin' lamps
In the city we forgot to name
The concourse is four-wheeled shame
And the courthouse's double-breast
I'd like to check out your public protests
Why you're complaining? ta!
You sleep with electric guitars
Range rovin' with the cinema stars
And I wouldn't want to shake their hands
'cause they're in such a high-protein land
Because there's 40 different shades of black
So many fortresses and ways to attack
So why you complaining? ta!
Pavement
Beneath the fake-oil burnin' lamps
In the city we forgot to name
The concourse is four-wheeled shame
And the courthouse's double-breast
I'd like to check out your public protests
Why you're complaining? ta!
You sleep with electric guitars
Range rovin' with the cinema stars
And I wouldn't want to shake their hands
'cause they're in such a high-protein land
Because there's 40 different shades of black
So many fortresses and ways to attack
So why you complaining? ta!
Pavement
Friday, July 11, 2008
Eu estou uma caricatura de mim mesma: o rosto descama, me aparecem umas centenas de espinhas não-sei-de-onde, a pele parece uma lixa, despontam umas seis aftas. "Bendito" o dia em que decidi, por minha exclusiva conta, que deveria suspender meu tratamento alegando que a causa de meus problemas não era meu organismo, mas o que eu andava fazendo da minha vida, "e isso remédio nenhum conserta".
Toco minha rotina elétrica pra frente sem qualquer miligrama de fluoxetina e acho que está tudo maravilhoso porque mantenho o bom humor apesar de toda a pressão. É depois que a pressão alivia, que você fica relativamente de férias (eu acho que minha cabeça nunca entra em clima de férias), que vem a vontade de trabalhar loucamente para não perceber que tá tudo um saco e que não tenho vontade de fazer nada, nem dormir, nem tomar banho (calma, eu tenho feito a despeito da minha falta de disposição). É sempre chato lidar com essa falta de energia que nos puxa para o chão. Para o sofá mais próximo, quando a sensação de que um quilômetro de corredor nos afasta da cama (mesmo sabendo que a apartamento é pequeno).
Chegou a hora de admitir: o tratamento está fazendo falta. Isso está estampado no meu rosto.
Literalmente.
Toco minha rotina elétrica pra frente sem qualquer miligrama de fluoxetina e acho que está tudo maravilhoso porque mantenho o bom humor apesar de toda a pressão. É depois que a pressão alivia, que você fica relativamente de férias (eu acho que minha cabeça nunca entra em clima de férias), que vem a vontade de trabalhar loucamente para não perceber que tá tudo um saco e que não tenho vontade de fazer nada, nem dormir, nem tomar banho (calma, eu tenho feito a despeito da minha falta de disposição). É sempre chato lidar com essa falta de energia que nos puxa para o chão. Para o sofá mais próximo, quando a sensação de que um quilômetro de corredor nos afasta da cama (mesmo sabendo que a apartamento é pequeno).
Chegou a hora de admitir: o tratamento está fazendo falta. Isso está estampado no meu rosto.
Literalmente.
Friday, July 04, 2008
Friday, June 20, 2008
Friday, June 13, 2008
Thursday, June 12, 2008
A Empreitada
Se é verdade que as melhores surpresas chegam quando a gente menos espera, pode-se dizer que eu sou testemunha disso. E, como sempre acontece em histórias do tipo, eu não fazia a menor idéia de que junho se tornaria um mês cheio de boas razões pra comemorar. Porque foi em junho que, formada em Publicidade há apenas alguns dias e a caminho da universidade para meu primeiro dia de aula no curso de Administração, pensava em como seria desagradável começar tudo de novo. Mais desagradável ainda era pensar que não se tratava de começar tudo de novo, afinal não havia tudo que havia anos atrás: ali não era o CAC, eu não tinha mais 20 anos e o povo dali gostava de forró. Pensava: "No mínimo, vão me convidar para o Bar da Kelly (argh!)". E me convidaram mesmo! E foi replicando o convite com outro convite para uma bar mais próximo (o Bigode) que encontrei ali, caladinho, um cidadão que também conhecia o Bigode. E que era mais velho que eu. E que já tinha estudado no CAC. Eu num tava sozinha nessa empreitada!
Apesar da identificação imediata, a disância também o foi e, cheia de prioridades, tive de deixar a nova faculdade em standby. E, convenhamos, ser administradora nunca fora o sonho da minha vida. Mas, para quem não acreditava que eu fosse voltar, deve ter sido estranho ter me visto ali de novo, dessa vez assídua e sem os tradicionais cabelos vermelhos. Acho que até meu amigo ex-CAC estranhou também.
E então passou-se o primeiro período, ainda distante, com direito a uns poucos encontros, horário de almoço e baile carnavalesco. E veio o segundo período com direito a encontros diários na bibliotecas para conversar... o quê mesmo? Apenas conversar. E veio junho: jogo de futebol, jantar no chinês encontro no cinema errado. E veio a idéia de marcar na minha casa pra tomar uns drinques artesanais. E aí já não éramos mais tão (só) amigos. E, já que não teríamos a primeira aula naquele dia 12, por que não jantarmos juntos?
E então terminou o segundo período. Veio o terceiro. Veio o quarto. E seguimos juntos nessa idéia de ter Passe Fácil e pagar meia no cinema por mais alguns anos. Pode ser até que viremos administradores em conseqüência de tudo isso. Só sei que é por causa dele que não estou sozinha nessa empreitada até hoje.
Apesar da identificação imediata, a disância também o foi e, cheia de prioridades, tive de deixar a nova faculdade em standby. E, convenhamos, ser administradora nunca fora o sonho da minha vida. Mas, para quem não acreditava que eu fosse voltar, deve ter sido estranho ter me visto ali de novo, dessa vez assídua e sem os tradicionais cabelos vermelhos. Acho que até meu amigo ex-CAC estranhou também.
E então passou-se o primeiro período, ainda distante, com direito a uns poucos encontros, horário de almoço e baile carnavalesco. E veio o segundo período com direito a encontros diários na bibliotecas para conversar... o quê mesmo? Apenas conversar. E veio junho: jogo de futebol, jantar no chinês encontro no cinema errado. E veio a idéia de marcar na minha casa pra tomar uns drinques artesanais. E aí já não éramos mais tão (só) amigos. E, já que não teríamos a primeira aula naquele dia 12, por que não jantarmos juntos?
E então terminou o segundo período. Veio o terceiro. Veio o quarto. E seguimos juntos nessa idéia de ter Passe Fácil e pagar meia no cinema por mais alguns anos. Pode ser até que viremos administradores em conseqüência de tudo isso. Só sei que é por causa dele que não estou sozinha nessa empreitada até hoje.
Wednesday, June 04, 2008
Dando o anel
Calma, num é nada do que mentes poluídas podem estar pensando. Apenas trocamos alianças. Alianças (porque anel é um termo ambíguo).
Monday, June 02, 2008
Enquanto eu ouvia Tear, do Red Hot Chili Peppers, lembrava da minha terapeuta dizendo que nosso discurso atrai os fatos. "Cada palavra proferida atrai energia equivalente, boa ou má." Sempre achei isso uma grande conversa pra boi dormir, da qual as pessoas assinam embaixo pra evitar que o estresse e a insegurança gerados pelas idéias negativas as tirem da sua zona de conforto. Ou uma bela desculpa para editoras empurrarem goela abaixo livros de auto-ajuda com títulos óbvios, quando não cretinos.
Se procede, eu não sei. O fato é que, passados quase cinco anos, pensei que isso talvez fizesse algum sentido ao me lembrar daquele bloquinho. (Gostava de comprar bloquinhos e escrever esporadicamente, já que a correria não me permitia escrever diários e a verba não me permitia pagar terapias.) Pensei... Será que abrir com os versos "This is my time, this is my tear" seria atrair fatos ou prevê-los inconcientemente (tem também aquela história de intuição feminina; observe quantas coisas interessantes eu aprendi lendo livros de bruxaria...)? Fiquei pensando se essa coisa toda de atrair teria alguma relação com meu bloquinho, já que os fatos registrados ali terminaram por me levar ao último destino aonde eu queria chegar. Mas o fato é que cheguei e, olha, tudo fez um sentido enorme. Por isso que, longe de achar que tudo isso foi uma grande m*** e arrumar mais um sintoma de TOC, toda vez que eu achar que as coisas andam meio malassombradas,compro um novo bloquinho e começo tudo de novo. Vai que minha terapeuta tem razão.
E o bloquinho? Por onde anda? Se a umidade ainda não o tiver consumido, eu deveria catá-lo e escrever no rodapé da última página escrita "The sun will make and I will take breath to be sure of this".
Falta tempo para mais bloquinhos...
Se procede, eu não sei. O fato é que, passados quase cinco anos, pensei que isso talvez fizesse algum sentido ao me lembrar daquele bloquinho. (Gostava de comprar bloquinhos e escrever esporadicamente, já que a correria não me permitia escrever diários e a verba não me permitia pagar terapias.) Pensei... Será que abrir com os versos "This is my time, this is my tear" seria atrair fatos ou prevê-los inconcientemente (tem também aquela história de intuição feminina; observe quantas coisas interessantes eu aprendi lendo livros de bruxaria...)? Fiquei pensando se essa coisa toda de atrair teria alguma relação com meu bloquinho, já que os fatos registrados ali terminaram por me levar ao último destino aonde eu queria chegar. Mas o fato é que cheguei e, olha, tudo fez um sentido enorme. Por isso que, longe de achar que tudo isso foi uma grande m*** e arrumar mais um sintoma de TOC, toda vez que eu achar que as coisas andam meio malassombradas,compro um novo bloquinho e começo tudo de novo. Vai que minha terapeuta tem razão.
E o bloquinho? Por onde anda? Se a umidade ainda não o tiver consumido, eu deveria catá-lo e escrever no rodapé da última página escrita "The sun will make and I will take breath to be sure of this".
Falta tempo para mais bloquinhos...
"Say it now because you never know
Oh! Never know"
Oh! Never know"
Friday, May 30, 2008
Lixo Tattoo
Tatuagem é como um filho: nunca se sabe o que vai sair depois de pronto. Todo dia você tem que agradecer por ele ter nascido perfeito.
http://www.fotolog.com/lixotattoo
Enjoy it!
http://www.fotolog.com/lixotattoo
Enjoy it!
Monday, May 19, 2008
Ouro de Tolo
Eu devia estar contente porque eu tenho um emprego
Sou dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz porque consegui comprar um corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos aqui na cidade maravilhosa
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora me pergunto: e daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concebido o Domingo
Pra ir com a familia no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos
Ah! Mas que sujeito chato sou eu, que não acha nada engraçado
Macaco, praia, jornal, tobogã, eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
E que só usa dez por cento de sua cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
E que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social
Eu é que não me sento no trono de um apartamento
Com a porta escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador
Raul Seixas
Sou dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz porque consegui comprar um corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos aqui na cidade maravilhosa
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora me pergunto: e daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concebido o Domingo
Pra ir com a familia no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos
Ah! Mas que sujeito chato sou eu, que não acha nada engraçado
Macaco, praia, jornal, tobogã, eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
E que só usa dez por cento de sua cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
E que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social
Eu é que não me sento no trono de um apartamento
Com a porta escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador
Raul Seixas
Wednesday, May 14, 2008
Eu sempre saio de casa com meu kit autista: música bem alta nos ouvidos numa tentativa de me isolar do ambiente saudável que é o transporte coletivo. (Quisera também poder isolar o olfato.)
Uma semana dessas atualizei minha sempre eclética lista do mp3 player, coloquei umas novas do Echobelly, umas do New Order, algo de Madonna e umas do meu álbum preferido do Offspring (Ixnay on the hombre). Enquanto ouvia Amazed, pensava: "Putz, já se passaram dez anos". Já se passaram dez anos daquele dia em que Fábio (meu então melhor amigo) me acordou às 9h da manhã do sábado de carnaval com um embrulho na mão, pedindo que eu fizesse cara de surpresa, como se não soubesse que ali estava o CD do Offspring que ele me prometera de aniversário.
Acho que nunca ouvi tanto um CD em um ano. Sempre estudava ouvindo música (ser hiperativa tem lá suas vantagens). Mas aquelas palavras me pesaram horrores: dez anos, dez anos. Será que realizei tudo que tinha projetado para esses dez anos? Chega de pensar nisso. Vou escutar Pavement.
Uma semana dessas atualizei minha sempre eclética lista do mp3 player, coloquei umas novas do Echobelly, umas do New Order, algo de Madonna e umas do meu álbum preferido do Offspring (Ixnay on the hombre). Enquanto ouvia Amazed, pensava: "Putz, já se passaram dez anos". Já se passaram dez anos daquele dia em que Fábio (meu então melhor amigo) me acordou às 9h da manhã do sábado de carnaval com um embrulho na mão, pedindo que eu fizesse cara de surpresa, como se não soubesse que ali estava o CD do Offspring que ele me prometera de aniversário.
Acho que nunca ouvi tanto um CD em um ano. Sempre estudava ouvindo música (ser hiperativa tem lá suas vantagens). Mas aquelas palavras me pesaram horrores: dez anos, dez anos. Será que realizei tudo que tinha projetado para esses dez anos? Chega de pensar nisso. Vou escutar Pavement.
Thursday, May 08, 2008
Abre fácil
Sem contexto:
"Eu nunca abro fácil."
Com contexto:
Comendo na cunzinha da inguinorança. As coleguinhas lutavam bravamente com uma embalagem de bolacha, dessas com aquela fita abre "fácil".
A coleguxa: "Odeio essas embalagens com abre fácil. Eu fico meia hora apanhando da embalagem e termino rasgando tudo."
A menina: "Eu nunca abro fácil."
Atenção, designers de embalagem: elas não estão abrindo fácil! Olhem o prejuízo. Precisamos rever esses projetos.
"Eu nunca abro fácil."
Com contexto:
Comendo na cunzinha da inguinorança. As coleguinhas lutavam bravamente com uma embalagem de bolacha, dessas com aquela fita abre "fácil".
A coleguxa: "Odeio essas embalagens com abre fácil. Eu fico meia hora apanhando da embalagem e termino rasgando tudo."
A menina: "Eu nunca abro fácil."
Atenção, designers de embalagem: elas não estão abrindo fácil! Olhem o prejuízo. Precisamos rever esses projetos.
Wednesday, May 07, 2008
É, começo a me convencer que, de fato, Recife é o lugar mais quente do mundo. (Se houver algum pior, por favor, me avisem pra eu passar bem longe.) E ainda dizem que as mulheres pernambucanas são as mais jegues do Brasil. Também pudera, né? Ninguém fica elegante com a pele oleosa e suando feito porco. Aliás, por falar em pele, eu desafio qualquer Dior, Lancôme, Dolce & Gabbana da vida a fazer uma base que resista a essa suadeira toda. Eu saio de manhã para o trabalho e chego com a sensação de que posso fritar um ovo no meu rosto a qualquer momento. Porque calor e óleo não faltam.
Se alguém souber de algum concurso, mestrado, pós-graduação, qualquer coisa, lá por Curitiba, Floripa ou Porto Alegre, façam a gentileza de me avisar.
Se alguém souber de algum concurso, mestrado, pós-graduação, qualquer coisa, lá por Curitiba, Floripa ou Porto Alegre, façam a gentileza de me avisar.
Sunday, May 04, 2008
Dando adoidado
Sem contexto:
Ela chega à cozinha no exato momento em que a coleguxa dispara a declaração bombástica:
"Aí eu saio dando adoidado..."
Com contexto:
Falavam de guarda-roupas lotados, e a coleguxa criticava as pessoas que mantinham guarda-roupas abarrotados e muitas vezes sequer usava metade das peças.
"Podiam doar. Eu sempre faço uma geral pra ver se tem roupa sobrando. Aí eu saio dando adoidado."
Quanta nobreza...
Ela chega à cozinha no exato momento em que a coleguxa dispara a declaração bombástica:
"Aí eu saio dando adoidado..."
Com contexto:
Falavam de guarda-roupas lotados, e a coleguxa criticava as pessoas que mantinham guarda-roupas abarrotados e muitas vezes sequer usava metade das peças.
"Podiam doar. Eu sempre faço uma geral pra ver se tem roupa sobrando. Aí eu saio dando adoidado."
Quanta nobreza...
Friday, April 18, 2008
saio enjoada, sem filtro solar, a cara amassada e um humor bizarro. queria não estar fazendo nada. queria a rede, mais nada. deveria fazer uma prova hoje. não sei se vou, não estudei, sei nem pra que lado vai. sem vontade de comprar besteiras, fazer futilidades, rir das piadas cretinas de cada dia, falar ao celular, acessar orkut, usar acessórios travecosos, fazer escova progressiva, pintar as unhas de vermelho. sem vontade de ser quem eu sou todo dia. sem vontade de ser eu mesma, mas sem querer ser outra eu. sem vontade de pontuar meu texto, usar maiúsculas e abrir parágrafos. postando por desabafar.
vontade só de descansar.
vontade só de descansar.
Tuesday, April 01, 2008
Todo o sentimento
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu
Cristóvão Bastos - Chico Buarque/1987
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu
Cristóvão Bastos - Chico Buarque/1987
Thursday, March 27, 2008
Mais contexto
Na mesa, ele diz:
"Eu já vi um nu com o agudo pra cima".
Ela: !
.
.
.
Falavam da grafia da palavra nu. Ele dizia que já a tinha visto com acento agudo.
"Eu já vi um nu com o agudo pra cima".
Ela: !
.
.
.
Falavam da grafia da palavra nu. Ele dizia que já a tinha visto com acento agudo.
Tuesday, March 25, 2008
Friday, March 14, 2008
Wednesday, March 12, 2008
Tuesday, March 11, 2008
Friday, March 07, 2008
Coisas estranhas aqui dentro e lá fora
Pois é... vá entender!
Preciso escrever pra ver se de alguma forma consigo digerir isso. Ops! Digerir não tem sido meu ponto forte ultimamente. Auto-sacanagens à parte, tô tentando caber em algum lugar e tem horas que sinto não caber em canto nenhum. Estranho? Tá tudo muito estranhos esses dias, ou melhor essas semanas. Quando brinco dizendo que estou em "maré de azar" ou que "tão me macumbando", é porque realmente não sei se o problema vem de dentro pra fora ou de fora pra dentro. Quando brinco dizendo que "vou mandar bater dez conto de bombo", é porque não sei mais a que recorrer.
Parece brincadeira? Zilhares de médicos opinaram e apontaram possíveis diagnósticos para minhas aftas (exceto a ultracompetente que disse "mulher, e o que tu costuma fazer quando tem isso?"). Até psiquiatra opinou. "É estômago", "é viral", "é estresse", "é o aparelho", "comeu alguma besteira", exame pra ver se tinha bactéria, fungo, cobra, jacaré, elefante... tudo negativo (pelo menos isso!). No fim das contas, não sei o que foi e, sinceramente, o Google me apontou diagósticos e tratamentos mais interessantes.
Passei exatos três dias com saúde. No quarto dia, já não consigo levantar da cama, prassão a 8 x 5 (sim, 8 era a máxima, não a mínima), vômitos, diarréias, febre alta, dores e a sensação de "P*** que pariu, o que é que está acontecendo comigo?". "Gastroenterite viral. Evite café e derivados de leite."
Dois dias perdidos de trabalho. Tá, mas eu fiquei boa. (aparentemente) Mas quer saber? Tá tudo uma grande m****. Não falo do trabalho nem da faculdade, mas de não ter vontade de fazer nada. Aliás, o trabalho e a faculdade são as poucas coisas que me desopilam. Antes dormir resolvia, mas agora não quero dormir: algo me incomoda na minha cama. Deito nela e lembro os espamos que tive até a hora de chamar Raul e pôr até a alma pra fora pela boca.
Eu estava de bom-humor e, quando cheguei em casa, me bateu uma irritação que xinguei até os brasileiros que se f****** na Espanha. É como eu disse, eu num me encaixo em lugar nenhum, é como se eu num fosse de lugar nenhum.
Isso sempre vem e sempre passa, é rapidinho, mas enquanto dura é um saco e parece que num vai acabar nunca. Penso em procurar alguma coisa em que eu acredite (além do receituário médico cheio de verotinas), mas fico ainda mais cética. É tudo muito estranho, vem uma coisa, depois outra, depois outra, e eu começo a acreditar que o problema tá em mim, que eu tô fazendo por onde merecer, que eu preciso descobrir o que ando fazendo de errado, e então esses infortúnios vão passar.
Talvez minha cabeça esteja boicotando minha imunidade. Às vezes ela faz isso.
Deixa eu pelo menos entender, que sempre tem jeito...
Preciso escrever pra ver se de alguma forma consigo digerir isso. Ops! Digerir não tem sido meu ponto forte ultimamente. Auto-sacanagens à parte, tô tentando caber em algum lugar e tem horas que sinto não caber em canto nenhum. Estranho? Tá tudo muito estranhos esses dias, ou melhor essas semanas. Quando brinco dizendo que estou em "maré de azar" ou que "tão me macumbando", é porque realmente não sei se o problema vem de dentro pra fora ou de fora pra dentro. Quando brinco dizendo que "vou mandar bater dez conto de bombo", é porque não sei mais a que recorrer.
Parece brincadeira? Zilhares de médicos opinaram e apontaram possíveis diagnósticos para minhas aftas (exceto a ultracompetente que disse "mulher, e o que tu costuma fazer quando tem isso?"). Até psiquiatra opinou. "É estômago", "é viral", "é estresse", "é o aparelho", "comeu alguma besteira", exame pra ver se tinha bactéria, fungo, cobra, jacaré, elefante... tudo negativo (pelo menos isso!). No fim das contas, não sei o que foi e, sinceramente, o Google me apontou diagósticos e tratamentos mais interessantes.
Passei exatos três dias com saúde. No quarto dia, já não consigo levantar da cama, prassão a 8 x 5 (sim, 8 era a máxima, não a mínima), vômitos, diarréias, febre alta, dores e a sensação de "P*** que pariu, o que é que está acontecendo comigo?". "Gastroenterite viral. Evite café e derivados de leite."
Dois dias perdidos de trabalho. Tá, mas eu fiquei boa. (aparentemente) Mas quer saber? Tá tudo uma grande m****. Não falo do trabalho nem da faculdade, mas de não ter vontade de fazer nada. Aliás, o trabalho e a faculdade são as poucas coisas que me desopilam. Antes dormir resolvia, mas agora não quero dormir: algo me incomoda na minha cama. Deito nela e lembro os espamos que tive até a hora de chamar Raul e pôr até a alma pra fora pela boca.
Eu estava de bom-humor e, quando cheguei em casa, me bateu uma irritação que xinguei até os brasileiros que se f****** na Espanha. É como eu disse, eu num me encaixo em lugar nenhum, é como se eu num fosse de lugar nenhum.
Isso sempre vem e sempre passa, é rapidinho, mas enquanto dura é um saco e parece que num vai acabar nunca. Penso em procurar alguma coisa em que eu acredite (além do receituário médico cheio de verotinas), mas fico ainda mais cética. É tudo muito estranho, vem uma coisa, depois outra, depois outra, e eu começo a acreditar que o problema tá em mim, que eu tô fazendo por onde merecer, que eu preciso descobrir o que ando fazendo de errado, e então esses infortúnios vão passar.
Talvez minha cabeça esteja boicotando minha imunidade. Às vezes ela faz isso.
Deixa eu pelo menos entender, que sempre tem jeito...
Monday, March 03, 2008
Domingo no Campus e afins
Tinha prometido que minha cura seria comemorada com um bom prato de yakissoba cheio de molho agridoce e um sorvete gigante de sobremesa. Jantamos no China de Casa Caiada e depois fomos dar uma volta na praia, a caminhada em busca do sorvete. Não comemos exatamente como queríamos, mas deu pra matar a saudade da comida di-cum-força, depois de duas semana me alimentando como gafanhoto.
Ontem teve domingo no campus, eu e namoladjinho tomamos vinho batizado e raspa-raspa de corante. Nada mais saudável. Espero que meu estômago não tenha atrofiado.
Ontem teve domingo no campus, eu e namoladjinho tomamos vinho batizado e raspa-raspa de corante. Nada mais saudável. Espero que meu estômago não tenha atrofiado.
Friday, February 29, 2008
Férias e "inofensivos" pontinhos brancos
Queria que os dias passassem voando, queria dormir enquanto isso, queria não ter mais de acordar todos os dias com aquela dor terrível, queria não sofrer de aftas, não saber que tudo isso iria continuar me acontecendo de tempos em tempos, como sempre foi desde pequena. Depois de duas semanas e um total aproximado de trinta aftas (entre as que cicatrizavam e logo era substituídas por outras aos montes).
Esperava ansiosa pelo fim de semana, sem saber se era em vão como o foi semana passada, mesmo tendo me atrevido a ir ao Central e ao Cinema. Mas tem horas que a dor aperta e não dá sequer pra beber água. É impressionante como pontinhos tão pequenos fazem um estrago tão grande nos nossos dias, no nosso apetite, no nosso humor.
Metade das férias foram embora entre dores e diagnósticos confusos, remédios bizarros e pitacos dolorosos (sal, vinagre e afins), enquanto eu me desesperava e conseguia a façanha de piorar as coisas. A semana acabou. Graças a Deus. Não quero mais outra dessa.
Esperava ansiosa pelo fim de semana, sem saber se era em vão como o foi semana passada, mesmo tendo me atrevido a ir ao Central e ao Cinema. Mas tem horas que a dor aperta e não dá sequer pra beber água. É impressionante como pontinhos tão pequenos fazem um estrago tão grande nos nossos dias, no nosso apetite, no nosso humor.
Metade das férias foram embora entre dores e diagnósticos confusos, remédios bizarros e pitacos dolorosos (sal, vinagre e afins), enquanto eu me desesperava e conseguia a façanha de piorar as coisas. A semana acabou. Graças a Deus. Não quero mais outra dessa.
Tuesday, January 29, 2008
Blogando para espairecer
Mais uma semana difícil. Começa no domingo à noite, quando me deparo com as notas de Contabilidade: 32 (de 42) provas foram "premiadas" com zero. Sei que, qualquer que seja a nossa atitude, dificilmente isso será revertido. Foi o golpe mais baixo que eu já vi.
É impressionante como ainda há pessoas que se valem se sua posição hierárquica e de sua autonomia para submeter os outros. É lamentável que pessoas assim estejam exercendo ironicamente uma das profissões mais nobres. Essa será a referência de falta de ética e de valores que guardarei comigo para os momentos decisivos para nunca fazer algo parecido quando as pessoas esperarem de mim uma postura minimamente decente. Como um dia talvez tenhamos esperado desse "professor".
É impressionante como ainda há pessoas que se valem se sua posição hierárquica e de sua autonomia para submeter os outros. É lamentável que pessoas assim estejam exercendo ironicamente uma das profissões mais nobres. Essa será a referência de falta de ética e de valores que guardarei comigo para os momentos decisivos para nunca fazer algo parecido quando as pessoas esperarem de mim uma postura minimamente decente. Como um dia talvez tenhamos esperado desse "professor".
Thursday, January 24, 2008
Cansei
Cansei! Pouco me importa qualquer coisa. Queria não estar aqui. Mas queria não estar em lugar nenhum. Queria estar dormindo. Só acordar quando estivesse sossegada. Mas será que vou ficar sossegada?
Queria fluoxetinas mágicas.
Queria fluoxetinas mágicas.
Wednesday, January 23, 2008
Eu estou exausta, um caco, pedindo que tudo isso acabe o quanto antes. Não está sendo nem um pouco fácil administrar essa correria toda, e às vezes a única vontade que tenho é desistir. Faz duas semanas que não paro para fazer uma refeição decente, eu simplesmente troco o almoço por um sanduíche, ou algumas bolachas, ou pastel de nata, ou tapioca, e assim fico com o horário livra pra estudar (ou dormir pra compensar as noites maldormidas em cima dos livros).
No fim das contas, fico sem ter a certeza de que estou fazendo a coisa certa. Só nesse semestre, eu estudei muito mais que em quatro anos e meio de curso de Publicidade (na mesma instituição, por sinal). E, por ironia ou não, vou ter que começar a me familiarizar com coisas inéditas, como final e reprovação.
Estou na final em Introdução à Administração Pública. Corro o risco de ser reprovada. Tudo bem, era só uma disciplina do quarto período que eu estava adiantando.
Tudo indica que eu vá reprovar contabilidade. É pré-requisito. Isso me revolta por saber que estamos sendo submetidos a avaliações muito além do nosso nível. Não há nada que posamos fazer. Eu também não posso me debruçar mais ainda sobre os livros pra correr atrás do prejuízo.
Só me resta me conformar com a reprovação iminente...
No fim das contas, fico sem ter a certeza de que estou fazendo a coisa certa. Só nesse semestre, eu estudei muito mais que em quatro anos e meio de curso de Publicidade (na mesma instituição, por sinal). E, por ironia ou não, vou ter que começar a me familiarizar com coisas inéditas, como final e reprovação.
Estou na final em Introdução à Administração Pública. Corro o risco de ser reprovada. Tudo bem, era só uma disciplina do quarto período que eu estava adiantando.
Tudo indica que eu vá reprovar contabilidade. É pré-requisito. Isso me revolta por saber que estamos sendo submetidos a avaliações muito além do nosso nível. Não há nada que posamos fazer. Eu também não posso me debruçar mais ainda sobre os livros pra correr atrás do prejuízo.
Só me resta me conformar com a reprovação iminente...
Monday, January 21, 2008
Murphy, o incansável
Quem esperava que Murphy não me fosse aprontar mais nada (inclusive eu) dançou. O trabalho de Contabilidade foi uma decepção: ninguém conseguiu bater as contas, nem mesmo os que recorreram à orientação de um contador. Nem contadores conseguiram bater aquelas 182 contas. Revoltada? Sim. Mas não pára por aí. Fui tentar recorrer à coordenadora do curso, que está de férias e só volta em fevereiro. "Não há mais o que fazer neste semestre." Ou seja: começo a me conformar com a idéia da primeira reprovação da minha vida...
Minha cama nova chegou, mas veio empenada. Parece uma gangorrinha. Minha mãe foi à loja solicitar troca: "Dentro de vinte dias". É f***!
Sem comentários. Só de pensar me irrito! Inferno astral retroativo (já que ano passado não tive).
Minha cama nova chegou, mas veio empenada. Parece uma gangorrinha. Minha mãe foi à loja solicitar troca: "Dentro de vinte dias". É f***!
Sem comentários. Só de pensar me irrito! Inferno astral retroativo (já que ano passado não tive).
Sunday, January 13, 2008
E eis que a Lei de Murphy vem, e vem decidida a ficar. Começa que estou há mais de três dias com umas crateras (aftas) que me impedem de me comunicar decentemente.
Só para relatar como meu dia começou legal, liga um amigo meu me convidando para Olinda. Eu prontamente disse que havia marcado com uns colegas do trabalho, mas que o dia estava chuvoso e provavelmente eu não ia ter tempo de estudar tudo. Pronto: foi o suficiente para ele dizer que eu estava inventando desculpas. Ora! Poucas coisas me tiram do sério como suspeitar de que eu estou mentindo, ou melhor, "inventando". Ainda mais para uma pessoa que me conhece há alguns catorze anos e sabe que eu não tenho papas na língua para dizer as coisas. Fiquei profundamente irritada. Bela maneira de se começar um dia...
Passamos boa parte do dia calculando índices de preços só para relembrar. E tinha umas fichas pra ler, que, por sinal, ainda não consegui concluir. Almoçamos. A chuva não passou e a quantidade de textos sobre a mesa não diminuía, então ligamos para o povo e desmarcamos a ida ao escritório. Fazer o quê? Prioridades...
E também a minha cama se quebrou. Eu então a desmontei e estou dormindo na auxiliar. É legal, ela é fofinha, mas tem rodinhas e sai do lugar quando eu me mexo à noite.
Espero que Murphy não tenha mais nada para me aprontar. Principalmente no que diz respeito às 153684267458525 provas que vou fazer essa semana.
Só para relatar como meu dia começou legal, liga um amigo meu me convidando para Olinda. Eu prontamente disse que havia marcado com uns colegas do trabalho, mas que o dia estava chuvoso e provavelmente eu não ia ter tempo de estudar tudo. Pronto: foi o suficiente para ele dizer que eu estava inventando desculpas. Ora! Poucas coisas me tiram do sério como suspeitar de que eu estou mentindo, ou melhor, "inventando". Ainda mais para uma pessoa que me conhece há alguns catorze anos e sabe que eu não tenho papas na língua para dizer as coisas. Fiquei profundamente irritada. Bela maneira de se começar um dia...
Passamos boa parte do dia calculando índices de preços só para relembrar. E tinha umas fichas pra ler, que, por sinal, ainda não consegui concluir. Almoçamos. A chuva não passou e a quantidade de textos sobre a mesa não diminuía, então ligamos para o povo e desmarcamos a ida ao escritório. Fazer o quê? Prioridades...
E também a minha cama se quebrou. Eu então a desmontei e estou dormindo na auxiliar. É legal, ela é fofinha, mas tem rodinhas e sai do lugar quando eu me mexo à noite.
Espero que Murphy não tenha mais nada para me aprontar. Principalmente no que diz respeito às 153684267458525 provas que vou fazer essa semana.
Saturday, January 12, 2008
Eu passei o dia estudando Economia Brasileira, e ainda assim não adiantei quase nada. Tudo bem: hoje as prioridades são outras. Em primeiro lugar, nossa comemoração de mês de namoro. Teve também a festinha de noivado de Carol. Enfim...
Marcamos às 18h, ele iria lá pra casa só para deixar a mochila e sairmos. Mas, junto com a mochila, ele me trouxe mimos: um bolo de chocolate e uma caixa cheia de bombons Ouro Branco e um vinho de valor estimativo (ele comprara na Bienal do Livro e era o primeiro da tão-planejada-desejada-idealizada adega). Íamos tomar no mesmo dia, mas decidi fazer um jantarzinho pra ele, e só então a gente dá um trato no vinho. Deixa as provas passarem...
Ficamos pouco tempo na festinha de noivado, mas Carol e o Fofinho entenderam. Terminamos a noite no Bar Central, ao som de coisas legais, como Radiohead, e (claro!) comendo tranqueiras.
Marcamos às 18h, ele iria lá pra casa só para deixar a mochila e sairmos. Mas, junto com a mochila, ele me trouxe mimos: um bolo de chocolate e uma caixa cheia de bombons Ouro Branco e um vinho de valor estimativo (ele comprara na Bienal do Livro e era o primeiro da tão-planejada-desejada-idealizada adega). Íamos tomar no mesmo dia, mas decidi fazer um jantarzinho pra ele, e só então a gente dá um trato no vinho. Deixa as provas passarem...
Ficamos pouco tempo na festinha de noivado, mas Carol e o Fofinho entenderam. Terminamos a noite no Bar Central, ao som de coisas legais, como Radiohead, e (claro!) comendo tranqueiras.
Friday, January 11, 2008
Wednesday, January 09, 2008
Com o saco definitivamente cheio de andar na rua com aquele cabelo de cantora de brega, decidir pintar e ver no que ia dar. Afinal de contas, o máximo que poderia me acontecer era os cabelos caírem. E ficar sem cabelo naquelas circunstâncias talvez fosse igualmente feio e até mais prático. Enfim...
Funcionou.
Aí mandei cortar bem curtinho e desfiar toda a nuca e agora eu só tenho cabelo na frente. De quebra, aínda mandei o calor da nuca para bem longe.
Estilosinho.
Funcionou.
Aí mandei cortar bem curtinho e desfiar toda a nuca e agora eu só tenho cabelo na frente. De quebra, aínda mandei o calor da nuca para bem longe.
Estilosinho.
Monday, January 07, 2008
De volta ao escritório
É assim que chamo as prévias de Olinda aos domingos, já que eu assino o ponto lá toda semana. Dessa vez, eu levei meu namorado, um cidadão que "nem gosta de carnaval", mas está doido pra voltar lá no próximo domingo.
"A gente vai voltar a esse pólo gastronômico?"
"Sim."
Ontem, porém, não rolou chutada de balde. Vou fazer prova de TGA hoje e ainda ia estudar quando chegasse em casa. Ou seja: nada de álcool em quantidades generosas. Deixa só essa temporada de prova passar, e aí eu chuto o balde com os dois pés.
"A gente vai voltar a esse pólo gastronômico?"
"Sim."
Ontem, porém, não rolou chutada de balde. Vou fazer prova de TGA hoje e ainda ia estudar quando chegasse em casa. Ou seja: nada de álcool em quantidades generosas. Deixa só essa temporada de prova passar, e aí eu chuto o balde com os dois pés.
Friday, January 04, 2008
Everything is all
You and i are here alone
I can see you in my shadow
We both tolerate the good times
For everybody else
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
Show me what it is
Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
You know, you know
Is there room at the innside?
When you’re going nowhere
Everything is all
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
But i know i’d like to see it like you do
Show me what it is
Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
You know, you know
When there’s room at the innside
But you’re going nowhere
Everything is all
You’re a face i might have known
Had i seen you in myself
And i sure would like to see it like you do
Show me what it is
Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
Hello, hello
Any room at the innside?
When you’re going nowhere
Everything is all
Echobelly
Estava escutando essa música no busão e lembrei de um colega meu.
I can see you in my shadow
We both tolerate the good times
For everybody else
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
Show me what it is
Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
You know, you know
Is there room at the innside?
When you’re going nowhere
Everything is all
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
I don’t want to wait another round
But i know i’d like to see it like you do
Show me what it is
Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
You know, you know
When there’s room at the innside
But you’re going nowhere
Everything is all
You’re a face i might have known
Had i seen you in myself
And i sure would like to see it like you do
Show me what it is
Can you see it?
When you’re on the outside
With your eye on the keyhole
Everything is all
Hello, hello
Any room at the innside?
When you’re going nowhere
Everything is all
Echobelly
Estava escutando essa música no busão e lembrei de um colega meu.
Tuesday, January 01, 2008
Seja bem-vindo, 2008!
Não precisa muita coisa para o réveillon ser o máximo. Romper o ano ao lado de duas das pessoas que mais amo vale mais que qualquer megaevento. Eu, minha mãe e meu namorado comemoramos juntos a passagem do ano, regada a vinho espumante, Innamorare, Coca-Cola. O jantarzinho foi feito por nós três, a seis mãos. Uma bela chutada de balde gastronômica para comemorar o término de um ano de chutadas sucessivas de balde e receber um ano que vai exigir de nós um pouco mais de disciplina (mas só depois do carnaval, porque ninguém é de ferro!).
2007 passou num piscar de olhos. O balanço? Positivo! Desde um caranval que foi um verdadeiro videoclipe ao fim de ano digno de bis, só tenho a agradecer. 2008 tem algo particular: começo o ano cheia de expectativas e com alguns projetos ousados. A insegurança não mais me paralisa, e não conseguir alcançar as metas é só uma possibilidade. Ora, se os projetos são ousados, o que se conquistar é lucro, não?
O primeiro dia do ano nos presenteou com um Sol intenso. Na praia de Boa Viagem, ainda sob efeito da lombra da madrugada, fomos tomar o primeiro banho de mar do ano e ficar feito ostras na areia, prestes a dormir a qualquer momento. Mas não: tínhamos hora para voltar. Aproximava-se a hora de voltar para a vida real.
Dormir, né? Amanhã começa tudo de novo.
Feliz 2008 a todos!
2007 passou num piscar de olhos. O balanço? Positivo! Desde um caranval que foi um verdadeiro videoclipe ao fim de ano digno de bis, só tenho a agradecer. 2008 tem algo particular: começo o ano cheia de expectativas e com alguns projetos ousados. A insegurança não mais me paralisa, e não conseguir alcançar as metas é só uma possibilidade. Ora, se os projetos são ousados, o que se conquistar é lucro, não?
O primeiro dia do ano nos presenteou com um Sol intenso. Na praia de Boa Viagem, ainda sob efeito da lombra da madrugada, fomos tomar o primeiro banho de mar do ano e ficar feito ostras na areia, prestes a dormir a qualquer momento. Mas não: tínhamos hora para voltar. Aproximava-se a hora de voltar para a vida real.
Dormir, né? Amanhã começa tudo de novo.
Feliz 2008 a todos!
Monday, December 31, 2007
Tuesday, December 25, 2007
Mais de vinte Natais passados
Eu sempre achei esse negócio de comemorar Natal meio entediante. Minha família pequena, sem tradição de se reunir, meu irmão mora longe, meu pai não está mais entre nós há mais de 20 anos... Todo ano a gente dá uma voltinha aqui, come algo ali, até escuta uma musiquinha, mas nada especial. Também não costumo ir à missa de Natal, apesar de ter a minha fé a as minhas crenças. Enfim...
Este ano o Natal foi na casa do meu namorado: eu, ele, nossas famílias e o tradicional vinho. Minha mãe adorou e eu também. A gente se sente em casa. Acho que o último Natal assim foi há muito tempo, quando meu pai ainda estava vivo e conservava as tradições.
Ontem foi mesmo incrível...
Este ano o Natal foi na casa do meu namorado: eu, ele, nossas famílias e o tradicional vinho. Minha mãe adorou e eu também. A gente se sente em casa. Acho que o último Natal assim foi há muito tempo, quando meu pai ainda estava vivo e conservava as tradições.
Ontem foi mesmo incrível...
Tuesday, December 18, 2007
E eu esqueci de contar que sábado, na confraternização, eu presenciei o primeiro amigo secreto em que todos os participantes saíram satisfeitos com seus presentes.
E o meu coleguinho querido acertou em cheio quando me deu o Lustra do Echobelly. Meu primeiro CD original do Echobelly, com direito a faixas bônus.
Um luxxxo!
Obrigada, coleguinho!
E o meu coleguinho querido acertou em cheio quando me deu o Lustra do Echobelly. Meu primeiro CD original do Echobelly, com direito a faixas bônus.
Um luxxxo!
Obrigada, coleguinho!
Monday, December 17, 2007
O drama dos cabelos de cantora de brega
Foi no último sábado pela manhã. Sacrificando horinhas de sono e estudo, vou ao salão retirar todos os pigmentos pretos do cabelos para voltar a ser loira. A decapagem é um processo agressivo, eu sei, mas, tudo dando certo, eu voltaria a ter a cor natural do meu cabelo (loiro cinza) e não precisaria mais pintá-lo. Assim me disseram.
Depois da primeira descoloração, um laranja horrível. "Vamos ter de descolorir de novo." "E meu cabelo agüenta?" "Aguenta sim." Pois bem... vamos lá.
Depois da segunda descoloração, cabelos mais claros, e a persistência do pigmento laranja. Vamos colocar um loiro cinza, o pigmento cinza vai acabar com o laranja. Muito tempo e expectativa depois... Nasce mais uma cantora de brega. Uma cor horrível. A raiz absurdamente mais clara, o cabelo amarelão-alaranjado, mal-estar ao olhar no espelho. Ai, se eu pudesse, sairia na rua com um saco de papelão na cabeça.
Triste! Bizarro!
No domingo, eu decidir arcar com os riscos de descer mais química no cabelo e coloquei um marrom. Ficou loiro, mas quebrou a cor estravagante. O cabelo tá uma palha, mas valeu a pena: agora consigo me olhar no espelho.
Depois da primeira descoloração, um laranja horrível. "Vamos ter de descolorir de novo." "E meu cabelo agüenta?" "Aguenta sim." Pois bem... vamos lá.
Depois da segunda descoloração, cabelos mais claros, e a persistência do pigmento laranja. Vamos colocar um loiro cinza, o pigmento cinza vai acabar com o laranja. Muito tempo e expectativa depois... Nasce mais uma cantora de brega. Uma cor horrível. A raiz absurdamente mais clara, o cabelo amarelão-alaranjado, mal-estar ao olhar no espelho. Ai, se eu pudesse, sairia na rua com um saco de papelão na cabeça.
Triste! Bizarro!
No domingo, eu decidir arcar com os riscos de descer mais química no cabelo e coloquei um marrom. Ficou loiro, mas quebrou a cor estravagante. O cabelo tá uma palha, mas valeu a pena: agora consigo me olhar no espelho.
Friday, December 14, 2007
Blogando só para não perder a prática
Bem amigos da Rede Blogger, a coisa anda um tanto feia pro meu lado. Literalmente. As minhas olheiras que o digam. A impressão que eu tenho às vezes é de que eu vou cair de cansada a qualquer momento. (Que este momento não seja na rua, pois, do jeito que as coisas andam, os malas são capazes de me roubar até a calcinha.)
Essa semana teve comemoração de datinha especial no Portal do Derby. Comida chinesa até estourar.
A prova de Contabilidade foi adiada, mas ele insinua que vai botar pra f**** na gente, porque nos deu mais tempo pra estudar. Medo!
Hoje também teve almoço da Confraria no Portal. Nem precisa dizer que eu comi um horror, como sempre.
Perdi os desejados três quilos. Agora entro na roupa que quiser. Viva o pão integral!
Antes de entrar em recesso, se der, volto aqui e escrevo mais um pouco.
Essa semana teve comemoração de datinha especial no Portal do Derby. Comida chinesa até estourar.
A prova de Contabilidade foi adiada, mas ele insinua que vai botar pra f**** na gente, porque nos deu mais tempo pra estudar. Medo!
Hoje também teve almoço da Confraria no Portal. Nem precisa dizer que eu comi um horror, como sempre.
Perdi os desejados três quilos. Agora entro na roupa que quiser. Viva o pão integral!
Antes de entrar em recesso, se der, volto aqui e escrevo mais um pouco.
Thursday, December 06, 2007
Reflexos do calor de dezembro
No caminho da Oficina de Brennand...
"Mas as pirocas são o melhor..."
(Calma! Ela estava tentando dizer que as esculturas fálicas são as obras mais famosas.)
Na oficina...
"Eu não quero tirar foto com escultura de pinto atrás de mim!"
No escritório...
"Oba! A gente vai brincar na picadeira de Juquinha."
(Picadeira = triturador de papel. Frase proferida enquanto separavam papéis para a reciclagem. Juquinha, muito prestativo, dissera: "Mais tarde eu trago a minha picadeira de papel", ao que a menina respondeu com tal declaração bombástica.)
"Mas as pirocas são o melhor..."
(Calma! Ela estava tentando dizer que as esculturas fálicas são as obras mais famosas.)
Na oficina...
"Eu não quero tirar foto com escultura de pinto atrás de mim!"
No escritório...
"Oba! A gente vai brincar na picadeira de Juquinha."
(Picadeira = triturador de papel. Frase proferida enquanto separavam papéis para a reciclagem. Juquinha, muito prestativo, dissera: "Mais tarde eu trago a minha picadeira de papel", ao que a menina respondeu com tal declaração bombástica.)
Wednesday, November 28, 2007
Todo dia é mais um motivo pra me estressar. Ontem houve um assalto praticamente em frente ao escritório. Eu estava lá dentro e nem ouvi, mas quem tava mais próximo disse que a vítima gritava muito. Lamentável.
Hoje eu fiquei sabendo que a mulher que foi assaltada era uma funcionária de uma empresa vizinha e que ela sofreu uma pá de agressão: foi jogada no chão, apontaram-lhe arma, parece até que ela feriu a nuca. Enfim, foi abominável. Soube também que está havendo vários assaltos na rua e que são sempre os mesmos caras. Antes, eles assaltavam aleatoriamente, quem quer que fosse. Agora, o foco são os funcionários das empresas da rua. Ou seja: tudo indica que eles estão atentos a todo o movimento, sabem dos horários das pessoas, estão esquematizados.
E a gente, onde é que fica nessa história? E eu, que saio todo dia praticamente na mesma hora e, inevitavelmente, ando pela rua? Do jeito que as coisas andam, só nos resta apelar para os anjos da guarda e sobrecarregá-los ainda mais por terem de fazer o que é da competência (ou seria incopetência?) da segurança pública.
Hoje eu fiquei sabendo que a mulher que foi assaltada era uma funcionária de uma empresa vizinha e que ela sofreu uma pá de agressão: foi jogada no chão, apontaram-lhe arma, parece até que ela feriu a nuca. Enfim, foi abominável. Soube também que está havendo vários assaltos na rua e que são sempre os mesmos caras. Antes, eles assaltavam aleatoriamente, quem quer que fosse. Agora, o foco são os funcionários das empresas da rua. Ou seja: tudo indica que eles estão atentos a todo o movimento, sabem dos horários das pessoas, estão esquematizados.
E a gente, onde é que fica nessa história? E eu, que saio todo dia praticamente na mesma hora e, inevitavelmente, ando pela rua? Do jeito que as coisas andam, só nos resta apelar para os anjos da guarda e sobrecarregá-los ainda mais por terem de fazer o que é da competência (ou seria incopetência?) da segurança pública.
Monday, November 26, 2007
No Surprises
A heart that's full up like a landfill
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal
You look so tired and unhappy
Bring down the government
They don't, they don't speak for us
I'll take a quiet life
A handshake of carbon monoxide
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Silent, silent
This is my final fit, my final bellyache with
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Such a pretty house, such a pretty garden
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises please (let me out of here)
Radiohead
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal
You look so tired and unhappy
Bring down the government
They don't, they don't speak for us
I'll take a quiet life
A handshake of carbon monoxide
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Silent, silent
This is my final fit, my final bellyache with
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Such a pretty house, such a pretty garden
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises please (let me out of here)
Radiohead
Friday, November 23, 2007
Desabafos de uma quase-baranga
Eu não vejo a hora de esse semestre acabar. Estou um bagulho.
Consegui a façanha de passar dois meses sem fazer as unhas. Quando a manicure pôs a mão na massa, saiu cobra, jacaré e elefante.
Meu cabelo tá um lixo.
Minha pele está feia.
Estou com olheiras.
Estou com sono acumulado.
Estou com estresse.
Estou com medo de reprovar Administração Pública e Economia Brasileira.
Estou gorda.
Estou sem tempo para meu namorado.
Estou sem tempo para meus amigos.
Estou sem tempo para minha família.
Estou sedentária.
Blah!
(Rugas precoces)
Consegui a façanha de passar dois meses sem fazer as unhas. Quando a manicure pôs a mão na massa, saiu cobra, jacaré e elefante.
Meu cabelo tá um lixo.
Minha pele está feia.
Estou com olheiras.
Estou com sono acumulado.
Estou com estresse.
Estou com medo de reprovar Administração Pública e Economia Brasileira.
Estou gorda.
Estou sem tempo para meu namorado.
Estou sem tempo para meus amigos.
Estou sem tempo para minha família.
Estou sedentária.
Blah!
(Rugas precoces)
Tuesday, November 20, 2007
Pão e Circo estudantil
Aí eu vou entrando calmamente lá na Universidade e me deparo com um cartaz anunciando as "atrações" da ocupação da reitoria, com direito a xote e coisas do tipo. Piada? E de péssimo gosto. Assim até eu vou protestar. Há quem ache mais cômodo brincar de protesto na reitoria fazendo piquenique. Afinal de contas, estudar deve dar um trabalhão. Se é que esse povo tinha o que estudar. Como diz um amigo meu, o atraso do mundo é o tal do desocupado. Não é que faz todo o sentido?
Já se foram os tempos em que o movimento estudantil era consistente e tinha fins. Porque, se formos nos basear pela ocupação da reitoria na UFPE, vamos concluir que pra esse povo os meios são os próprios fins. Quero acreditar que o movimento estudantil não se resuma a isso. Senão, aimeupai(!), olha só em cujas mãos estão os meus direitos!
Medo, véi!
Já se foram os tempos em que o movimento estudantil era consistente e tinha fins. Porque, se formos nos basear pela ocupação da reitoria na UFPE, vamos concluir que pra esse povo os meios são os próprios fins. Quero acreditar que o movimento estudantil não se resuma a isso. Senão, aimeupai(!), olha só em cujas mãos estão os meus direitos!
Medo, véi!
Monday, November 19, 2007
De volta à vida real
O tão sonhado, programado, desejado passeinho. A gente precisava de uns dias fora do Recife e longe dos livros e esse dia chegou. O feriado foi maravilhoso, Sol na medida certa (apesar dos dias levemente nublados), pousada muito boa e a melhor companhia do mundo: quem precisa de mais do que isso?
Passeamos por lá, tomamos banho de mar e comemos porcarias na areia, ogramos à noite, tomamos um vinho no jardim da pousada e dormimos muito - sem hora pra acordar e livros pra estudar. Consegui encontrar o anel de pedra-da-lua que eu procurava há um tempão. E compramos Havaianas estilosinhas numa loja que só vente Havaianas: tem muitos modelos, cada um mais estilosos que o outro.
Voltamos no domingo à tarde, passamos no shopping para dar uma ograda básica e dormimos o restinho de tarde que sobrou lá em casa. Acordamos quase 20h da noite, nem deu vontade de jantar, de tanto que a gente tinha comido. Prontos para a próxima temporada prova-seminário-prova? Tomara!
Há quem diga que é muito difícil acordar de um sonho bom, mas eu acredito que, quanto melhor o sonho, mais fácil é voltar para a vida real... para sonhar de novo.
Passeamos por lá, tomamos banho de mar e comemos porcarias na areia, ogramos à noite, tomamos um vinho no jardim da pousada e dormimos muito - sem hora pra acordar e livros pra estudar. Consegui encontrar o anel de pedra-da-lua que eu procurava há um tempão. E compramos Havaianas estilosinhas numa loja que só vente Havaianas: tem muitos modelos, cada um mais estilosos que o outro.
Voltamos no domingo à tarde, passamos no shopping para dar uma ograda básica e dormimos o restinho de tarde que sobrou lá em casa. Acordamos quase 20h da noite, nem deu vontade de jantar, de tanto que a gente tinha comido. Prontos para a próxima temporada prova-seminário-prova? Tomara!
Há quem diga que é muito difícil acordar de um sonho bom, mas eu acredito que, quanto melhor o sonho, mais fácil é voltar para a vida real... para sonhar de novo.
Friday, November 09, 2007
No fim de agosto...
"Você vai pagar Economia Brasileira no próximo semestre?"
"Sim." [Eu]
"E vai inventar de pagar Admnistração Pública no mesmo semestre?"
"É." [Eu]
"Já comprou seu KY Gel?"
"Não." [Eu]
"Pois compre. Você vai levar o maior fumo. É pra doer menos."
Eu deveria ter pensado nessas sábias palavras...
"Sim." [Eu]
"E vai inventar de pagar Admnistração Pública no mesmo semestre?"
"É." [Eu]
"Já comprou seu KY Gel?"
"Não." [Eu]
"Pois compre. Você vai levar o maior fumo. É pra doer menos."
Eu deveria ter pensado nessas sábias palavras...
Monday, November 05, 2007
Quase doze horas me separam da prova de Economia Brasileira, mas não poderei dedicar nenhuma delas aos estudos. Estou no trabalho, depois estarei no busão, depois na revisão de TGA e depois... na prova. Estudei menos que gostaria, embora tenha resolvido quase toda a ficha de índices e lido meio mundo de coisa. Também há meio mundo de coisa que eu deixei de ler.
Não paro de sonhar com essa prova. Não tenho dormido direito.
Rezem por mim.
Não paro de sonhar com essa prova. Não tenho dormido direito.
Rezem por mim.
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